O coordenador criminal do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, o procurador José Maria Panoeiro, disse à BBC que uma análise inicial do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco aponta para o possível envolvimento de policiais ou agentes milicianos no crime: a jovem líder negra de cidadania que vinha críticando bastante a violência policial foi assassinada anteontem no Rio de Janeiro, está virando de hoje em diante um ícone pela não violência no Brasil
Os indícios são de execução na morte da vereadora carioca Marielle Franco (Psol), uma líder ativista do movimento negro e de cidadania que combatia a violência policial e de todos os tipos no Rio de Janeiro, assassinada a tiros na noite de ontem: além da mídia brasileira, sites mundiais, a Anistia Internacional, a própria ONU, se manifestam sobre este fato no Rio de Janeiro, o coletivo popular de imprensa Maré Vive pede punição aos responsáveis e o nosso blog da ecologia, que luta também pelos direitos dos cidadãos e cidadãs, dentro da filosofia da Não Violência, protesta contra mais este acontecimento que mancha a imagem pública do Brasil, atestando também má condição de vida da população com menos recursos e falta duma estrutura humanitária nos governos e na rotina da ação das autoridades políticas. Simultaneamente, em manifestação contra alterações na previdência pela prefeitura em São Paulo, uma professora que protestava foi agredida na Câmara Municipal, aumentando o tom das críticas no país e no exterior contra este tipo de situação que não combina com estado de direito e democracia.
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Também nos Estados Unidos estudantes protestam e ONU critica violência |
Os fatos: Marielle,
38 anos, estava dentro de um carro no bairro de Estácio, centro da capital
fluminense, quando criminosos emparelharam outro veículo e abriram fogo. O
motorista do automóvel onde estava a vereadora, Anderson Pedro Gomes, também
morreu. Já uma assessora de Marielle foi atingida apenas por estilhaços e
sobreviveu. Ela prestou depoimento pouco depois da meia-noite e é terstemunha do crime, que tem todas as características duma execução, com emboscada sem roubo. Ao menos nove
cápsulas de bala foram achadas ao lado do carro da vereadora, que voltava de um
encontro com jovens negras e coletivo de imprensa popular Maré Vive. Nascida e criada na favela da
Maré, Marielle foi a quinta vereadora mais votada nas eleições municipais de
2016, com 46.502 votos. Nos últimos dias, postou mensagens nas redes sociais
denunciando a violência policial no Rio, "Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?",
escreveu na sua time line no Facebook. Revoltada com a situação crônica, ela chamou o 41º Batalhão da Polícia Militar de
"Batalhão da Morte" por causa de denúncias de crimes no bairro de
Acari. Marielle Prado também era crítica
da intervenção no Rio de Janeiro que no entanto promete ajudar na investigação desta ocorrência trágica para a imagem do país e para o clima de violência que entristece a população, em especial das periferias, exCidade Maravilhosa mais uma vez mostra o outro lado da sua realidade.
(Confira na seção de comentários aqui em nosso blog mais informações, críticas da ONU sobre fatos no Rio e sobre situação nos Estados Unidos, detalhes sobre o coletivo popular de informação livre Maré Vive, além de mensagens e de opiniões)
"No Brasil, um jovem afrodescendente é morto a cada 21 minutos": Maurizio Giuliano, executivo italiano que dirige o Centro de Informações da Organização das Nações Unidas para o Brasil, com sede no Rio de Janeiro.
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Quantos mais vão precisar morrer para essa guerra acabar?... |
(Confira na seção de comentários aqui em nosso blog mais informações, críticas da ONU sobre fatos no Rio e sobre situação nos Estados Unidos, detalhes sobre o coletivo popular de informação livre Maré Vive, além de mensagens e de opiniões)
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Marielle morreu mas sua luta e sua voz continuam mais vivas agora |
"No Brasil, um jovem afrodescendente é morto a cada 21 minutos": Maurizio Giuliano, executivo italiano que dirige o Centro de Informações da Organização das Nações Unidas para o Brasil, com sede no Rio de Janeiro.
A Anistia Internacional vem alertando sobre situação de risco dos jovens e crianças pobres e negros na periferia das grandes cidades do país |
Fontes: BBC - Terra - Observatório da Imprensa
anistia.org.br
folhaverdenews.blogspot.com
"Um jovem afrodescendente é morto a cada 21 minutos no Brasil": comentário de Maurizio Giuliano, executivo das Nações Unidas; ele disse ainda na BBC esperar que autoridades brasileiras esclareçam motivações da morte de Marielle Franco.
ResponderExcluir"A carioca Marielle Franco alvejada na noite desta quarta-feira após sair de um debate com mulheres negras no centro do Rio de Janeiro, é para ser sincero "definitivamente chocante", mas infelizmente não chega a surpreender quem acompanha as estatísticas de violência atual no Rio e em várias regiões do país e do planeta": comentário também do executivo da ONU no Rio, Maurizio Giulliano.
ResponderExcluirA morte a tiros da quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro, eleita em 2016 com 46.502 votos, gerou uma onda de comentários e condolências que incluiu esferas federais, estaduais e municipais.
ResponderExcluirEm nota oficial, o Palácio do Planalto afirmou que acompanhará toda a apuração e que "o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, falou com o interventor federal no Estado, general Walter Braga Netto, e colocou a Polícia Federal à disposição para auxiliar em toda investigação".
Já a Secretaria de Segurança Pública do Estado informou somente que "determinou à Divisão de Homicídios ampla investigação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e de Anderson Pedro Gomes (motorista da vereadora), além da tentativa de homicídio da assessora que a acompanhava".
ResponderExcluirNas redes sociais, em parte da mídia e em entidades de cidadania ou de direitos humanos continua a grande repercussão dos acontecimentos no Rio (e também na Câmara Municipal em São Paulo) além da situação do protesto de estudantes contra o uso indiscriminado de armas nos Estados Unidos, a manifestação se remete a outras anteriores por exemplo contra violência policial em Baltimore.
ResponderExcluir“Acontecimentos como este são um lembrete devastador de que a violência armada nos EUA é uma crise de direitos humanos que afeta a todos. Nossos pensamentos estão com as vítimas e suas famílias”, comentário de Margaret Huang, diretora executiva interina da seção da Anistia Internacional nos EUA.
ResponderExcluirDiante dos últimos acontecimentos de violência letal ocorridos nos Estados Unidos, a Anistia Internacional fez um pronunciamento oficial reafirmando o direito à vida comum a todos os cidadão“Assassinatos tanto cometidos pela polícia quanto de próprios policiais também demandam justiça. O direito à vida é universal e todos – tanto civis quanto oficiais – devem ser capazes de viver livre do medo e se sentirem seguros em suas comunidades”.
ResponderExcluir"Urgente imediata investigação imparcial e ao mesmo tendo analisando todo o contexto de mais esta violência no RIO": comentário da Anistia Internacional.
ResponderExcluir"No Brasil, assassinatos de jovens negros pela polícia também são rotineiros. Mais de 2.500 pessoas foram mortas pela polícia na cidade do Rio de Janeiro desde ainda sua escolha como sede dos Jogos Olímpicos. Apenas em 2015, a polícia cometeu 1 em cada 5 homicídios registrados na capital. É tão absurdo que estas mortes chegam a totalizar 20% do total de homicídios registrados na cidade. E quem morre não é somente o jovem, pobre e negro, o número de policiais mortos também tem aumentado. O estado e a nossa sociedade estão criando uma espécie de aniquilação da vida em decorrência dessa política de segurança pública baseada na lógica da guerra e do confronto. É como se tivéssemos vidas descartáveis – a vida do jovem, do negro, do pobre e também do PM”: comentário de Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional Brasil.
ResponderExcluir"A gente lembra que numa sexta-feira, 4 de abril de 2014, quando um grupo de moradores da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, se reunia ao redor de uma mesa de bar dentro da favela. O propósito, no entanto, era maior do que um simples encontro entre amigos. Eles estavam ali dispostos a planejar uma cobertura colaborativa do primeiro dia de ocupação da comunidade por militares do Exército. Menos de 24 horas depois, as Forças Armadas começaram a avançar pelas ruelas das 15 favelas que compõem o Complexo da Maré. Em meio ao clima de desconfiança dos moradores e à atuação inicial dos militares – que revistavam carros, caminhões e cidadãos – nascia um dos coletivos de comunicação mais atuantes na região, o Maré Vive": comentário de Paulo Roberto Junior, do Coletivo de imprensa Maré Vive que, por sinal tinha também a colaboração de Marielle Franco.
ResponderExcluirLogo mais, mais comentários, você pode por aqui sua opinião ou informação, se precisar envie a mensagem pro e-mail da redação do nosso blog de ecologia e de cidadania navepad@netsite.com.br e/ou mande fotos ou vídeos ou notícias pro e-mail do nosso editor do blog padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Espero que essa situação dramática e até trágica avance a situação no Rio, no país, em vários lugares do mundo, onde a violência vem prevalecendo sobre os direitos contra todo tipo de cidadãos e de cidadãs, claro que os mais pobres e sem poder nenhum sofrem mais": comentário de Jonas Ribeiro, Psicólogo, São Paulo.
ResponderExcluir"Quero mostrar um outro enfoque diferente nestes muito tristes": comentário de Mariana Martins, do Rio de Janeiro, pesquisadora na UFRJ, que nos envia esta informação a seguir. "Atingir a felicidade pode ser difícil, mas um grupo de pesquisadores vem tentando há alguns anos refletir em números a satisfação percebida em diferentes países. E, segundo o mais recente Relatório Mundial da Felicidade, de 2018, é da Finlândia o título de país mais feliz do mundo - com pontuação de 7,6 em uma escala de 0 a 10 (em que 10 é a melhor nota). Nas últimas edições do Ranking da Felicidade, os mesmos países têm se revezado nas dez melhores colocações Já o Brasil caiu seis posições no ranking em relação à última pesquisa e ocupa, em 2018, o 28ª lugar dentre os 156 países pesquisados. A nota atual do país é de 6,419".
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