Os alimentos orgânicos proporcionam benefícios
ambientais significativos para dietas ricas em frutas e vegetais: este estudo feito com mais de 34 mil pessoas é o primeiro a
investigar os impactos ambientais das escolhas alimentares e dos sistemas de
produção agrícola transformando a utopia em ciência e assim avança a busca pelo desenvolvimento sustentável a partir da alimentação
Este novo
estudo é importante e confirma que uma dieta rica em frutas e vegetais é melhor
para o planeta (muito mais) do que produtos de origem animal.A pesquisa feita pelo jornal especializado Frontiers In Nutrition também conclui que em geral todos alimentos orgânicos proporcionam benefícios climáticos
significativos e adicionais para dietas à base de plantas, mas isso não acontece com dietas
com carnes e uso apenas moderado de vegetais.Este estudo com todos os detalhes foi publicado
no jornal de acesso aberto Frontiers in Nutrition, sendo o primeiro estudo a
investigar os impactos ambientais dos padrões alimentares e dos sistemas de
produção agrícola. Também é o primeiro a investigar o impacto que se dá no meio ambiente com o
consumo de alimentos orgânicos usando dietas observadas em vez de modelos. Confira a seguir informações e conclusões, que chegaram até a gente aqui no blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News graças ao jornalista Henrique Cortez, que é o editor do site nacional de assuntos socioambientais EcoDebate. Confira a seguir.
Muitas
organizações de nutrição e saúde, incluindo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação,
defendem a adoção urgente de dietas mais sustentáveis em nível global. Essas
dietas incluem consumo reduzido de produtos de origem animal, que têm um
impacto ambiental maior do que os produtos à base de plantas. Isto se deve aos elevados requisitos de energia da pecuária, bem como à
grande contribuição do gado para consumo excessivo de água e as emissões de gases de efeito estufa. A
produção de gado intensivo também é responsável pela perda significativa da
biodiversidade em nossa natureza por causa da conversão de habitats naturais em pastagens e culturas
alimentares.
O método
de produção de alimentos também pode influenciar ou não dietas sustentáveis. A
agricultura orgânica geralmente é considerada mais ecológica do que todas outras
técnicas modernas de produção. No entanto, embora muitos estudos tenham
investigado dietas ambientalmente sustentáveis, raramente consideraram escolhas
dietéticas e o método de produção dos alimentos consumidos: "Nós
queríamos fornecer uma visão mais abrangente de como dietas diferentes afetam o
meio ambiente", comenta Louise Seconda, da Agência Francesa do Ambiente e integrante da
Maitrise De L’Energie, bem como da Unidade de Pesquisa em Epidemiologia Nutricional, ela que é uma dos autores do artigo: "É bom esclarecer que é de considerável interesse considerar
os impactos tanto de alimentos à base de plantas quanto de alimentos
orgânicos, para termos uma conclusão definitiva".
Os pesquisadores obtiveram informações sobre ingestão de alimentos variados
e consumo de produtos orgânicos de mais de 34 mil adultos franceses. Eles
usaram o que é chamado de provegetarian para determinar as preferências para
os produtos alimentares baseados em plantas ou baseados em animais. Os
pesquisadores também realizaram avaliações de impacto ambiental do ciclo de
vida de produção no nível da fazenda em relação a três indicadores ambientais:
emissões de gases de efeito estufa, também demanda de energia cumulativa e ocupação da
terra: combinando
dados do consumo e da produção agrícola, descobrimos que, em geral, os impactos
ambientais relacionados à dieta foram reduzidos com uma alimentação baseada em
plantas: "As emissões de gases de efeito estufa foi o efeito mais significativo", informa ainda Louise
Seconda: "O consumo de alimentos que são orgânicos adicionou ainda mais benefícios
ambientais para uma dieta toda baseada em plantas". Em contrapartida, o consumo de
alimentos orgânicos não adicionou benefícios significativos a dietas com alta utilização de produtos de origem animal e apenas um consumo moderado de
produtos vegetais”. Enfim, é hora de radicalizar.
Numa outra consideração final, os pesquisadores advertem que os efeitos ambientais dos sistemas de produção não são uniformes e podem ser afetados pelo clima, os tipos de solo e o manejo da fazenda: "Nós não olhamos para outros indicadores, como no caso o uso de pesticidas, lixiviação e qualidade do solo, que são relevantes para os impactos ambientais dos sistemas de produção”, detalha ainda Louise Seconda: "Creio que estudos futuros também deverão considerar este conteúdo, bem como também a cadeia de suprimentos e os impactos de distribuição da produção de alimentos”. A pesquisa conclui que será cada vez mais importante realizar estudos adicionais para confirmar esses resultados e expandir a nossa compreensão de como todo o ciclo de vida da produção de alimentos afeta a saúde das pessoas, o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.
(Confira na seção de comentários aqui mesmo no blog da gente mais informações, bem como, mensagens e opiniões sobre o valor hoje da alimentação orgânica e vegetariana)
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A pesquisa Frontiers In Nutrition afirma que orgânicos não é utopia... |
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...e combate as mentiras, os mitos, os lobbies |
Fontes: www.ecodebate.com.br
folhaverdenews.blogspot.com
O site nacional de assuntos socioambientais destaca esta pesquisa do jornal Frontiers in Nutrition como uma forma de divulgar a alimentação orgânica e vegetariana, fazendo parte dum modelo sustentável de desenvolvimento e de vida.
ResponderExcluirEste site - o EcoDebate - indica também fontes e referências da pesquisa realizada pelo jornal Fronteiers in Nutrition para você que queira mais detalhes e informações:
ResponderExcluirEnvironmental Impacts of Plant-Based Diets: How Does Organic Food Consumption Contribute to Environmental Sustainability?
Front. Nutr., 09 February 2018 | https://doi.org/10.3389/fnut.2018.00008
https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnut.2018.00008/full?utm_source=G-PRS&utm_medium=WEXT&utm_campaign=ECO_FNUT_20180205_organic-food
A gente aqui da equipe do blog Folha Verde News consultou também como fonte complementar o site Jornalismo Ambiental, que por sua vez, também indica mais informações para os internautas que queiram se aprofundar na questão dos alimentos orgânicos e vegetarianos como integrantes dum desenvolvimento sustentável:
ResponderExcluirhttp://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf/programas
http://www.agricultura.gov.br/pap
http://www.undp.org/content/brazil/pt/home.html
http://ibd.com.br/
http://codaf.tupa.unesp.br/informacoes/a-importancia-da-agricultura-familiar
http://www.agricultura.gov.br/desenvolvimento-sustentavel/organicos
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Desenvolvimento_Sustentavel/Organicos/Legislacao/Nacional/Instrucao_Normativa_n_0_046_de_06-10-2011_regulada_pela_IN_17.pdf
"Alimentos orgânicos: qualidade de vida e sustentabilidade. Seriam os orgânicos o alimento do futuro? A busca por estes alimentos e a qualidade de vida crescem cada vez mais, esta é a tendência": comentário da repórter Giulia Medeiros, no site Jornalismo Ambiental,
ResponderExcluir"Vivemos em uma época na qual doenças derivadas de alimentos são muito frequentes, por isso estamos numa constante busca por novos hábitos de alimentação. Somos uma geração que questiona os problemas e que corre atrás de soluções e respostas, entre elas a alimentação orgânica. Mas o que este tipo de alimentação propicia? Ela é benéfica para saúde, bem-estar e ambiente? A produção de alimentos orgânicos visa maior desenvolvimento sustentável e o equilíbrio entre o meio ambiente e o ser humano, onde todos possam interagir com respeito. Estes alimentos são aqueles cultivados na ausência de quaisquer insumos químicos, respeitando o meio ambiente e as relações sociais": comentário de Roberto Belmonte, ecologista.
ResponderExcluir"O mercado brasileiro dos alimentos orgânicos teve taxas de crescimento de 30% a 50% ao ano e já possui a segunda maior área de agricultura orgânica do mundo. Como estaa produção objetiva a realização de processos produtivos em equilíbrio com o ambiente, no cultivo estão proibidos agrotóxicos sintéticos, adubos químicos e sementes transgênicas. Os animais são criados sem uso de hormônios de crescimento, anabolizantes ou antibióticos, e de rações comerciais. Para assegurar uma qualidade de vida maior para cada indivíduo, foram criadas normas de certificação muito rígidas. A produção deve obedecer a princípios rigorosos de manejo do solo, dos animais, da água e das plantas, buscando promover a preservação de recursos naturais": comentários e dados do Instituto Biodinâmico (IBD).
ResponderExcluir"A instrução normativa Nº 46, publicada em outubro de 2011, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento regulamenta os orgânicos. Este órgão (Mapa) é responsável pela gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, visando à garantia da segurança alimentar da população brasileira e a produção de excedentes para exportação, fortalecendo o setor produtivo nacional e favorecendo a inserção do Brasil no mercado internacional. Dentro deste contexto, a procura por alimentos produzidos de forma orgânica, isto é, livres de fertilizantes químicos, agrotóxicos, antibióticos, hormônios e outras drogas usualmente utilizadas, tem aumentado gradativamente. O que ainda assusta o consumidor é a diferença de preço deste produto dentre os demais nos supermercados, mas em determinadas regiões há uma “segunda opção” e a que mais faz sucesso entre as donas de casa: as feirinhas": comentário de Jerônimo Barros, nutricionista pela USP, de São Paulo (SP).
ResponderExcluir“Eu realizo minhas compras semanais aqui nessa feirinha e sempre encontro tudo o que eu preciso, verduras, frutas e legumes bem fresquinhos. Levo uma melhor qualidade para a nossa mesa lá em casa. Nos mercados não tem tanta variedade de produtos e com um preço mais acessível do que nos supermercados": comentário da professora Simone Machado, que frequenta assiduamente uma feirinha orgânica há 15 anos, na região de Brasília (DF).
ResponderExcluir"Principal responsável pela comida saudável que chega às mesas das famílias, a agricultura familiar corresponde a cerca de 70% dos alimentos consumidos em todo o Brasil. O pequeno agricultor ocupa hoje papel decisivo na cadeia produtiva que abastece o mercado brasileiro: mandioca, feijão, carne suína, leite, carne de aves e milho são alguns grupos de alimentos com forte presença da agricultura familiar na produção. Com condições de crédito favoráveis e a ampliação de mercado por meio de programas como o de aquisição de alimentos, a agricultura familiar segue estruturada e com investimentos crescentes. O Plano Safra 2016/2017, por exemplo, é um dos incentivos atuais para que este mercado cresça. A agricultura familiar teve investimento recorde de R$ 28,9 bilhões pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), no ano passado": comentário em matéria no site Jornalismo Ambiental.
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