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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

MAIS UMA QUEBRA DO DIREITO À LIBERDADE DE INFORMAÇÃO DESTA VEZ EM MIANMAR CONTRA JORNALISTAS DA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS REUTERS


Dois repórteres foram presos em Mianmar sob acusação de lei colonial de violação de segredos oficiais quando faziam matéria sobre a violência contra refugiados da minoria Rohingya em Rakhine

 
 Madrugada agitada com a prisão de repórteres em Mianmar

 

YANGON (Reuters) - O governo de Mianmar confirmou nesta quarta-feira que a polícia prendeu dois jornalistas da Reuters, Wa Lone e Kyaw Soe Oo, que estavam trabalhando em matérias sobre uma repressão militar contra a minoria muçulmana Rohingya no Estado Rahkine que causou a fuga de quase 650 mil pessoas para o vizinho Bangladesh  

 



O governo de Mianmar informou nesta quarta-feira que a polícia prendeu dois jornalistas da Reuters, Wa Lone e Kyaw Soe Oo, que estavam trabalhando em matérias sobre uma repressão militar contra a minoria muçulmana Rohingya no Estado Rahkine que causou a fuga de quase 650 mil pessoas para o vizinho Bangladesh.Apesar da recente visita do Papa Francisco ao país, quando pediu respeito aos direitos humanos e à minorias, o estado de violência tem continuado. O Ministério da Informação disse em um comunicado na página do Facebook que os jornalistas e dois policiais enfrentam acusações sob a lei de segredos oficiais da era colonial britânica. A lei de 1923 tem uma pena de prisão máxima de 14 anos. Os repórteres "adquiriram informação ilegalmente com a intenção de compartilhá-la com a mídia estrangeira", tentou justificar o comunicado, que foi acompanhado por uma foto dos dois jornalistas com algemas. A foto foi em seguida censurada. A nota informou ainda que eles estavam detidos em uma delegacia nos arredores de Yangon, a principal cidade do país. 

 

Os dois jornalistas cobriam a situação da minoria Rohingya

Wa Lone e Kyaw Soe desapareceram na terça-feira à noite depois de terem sido convidados para uma reunião com oficiais da polícia durante o jantar. A chefe global de comunicação da Reuters, Abbe Serphos, disse: "Estamos urgentemente buscando mais informações sobre as circunstâncias da prisão deles e sobre sua situação atual". Wa Lone, que entrou na Reuters em junho de 2016, tem relatado uma gama de histórias, incluindo a crise dos refugiados Rohingya no Estado de Rakhine. Kyaw Soe Oo tem escrito para a Reuters desde setembro deste ano. A embaixada dos Estados Unidos em Yangon disse em um comunicado divulgado em seu site na quarta-feira que "estava profundamente preocupada com as prisões altamente irregulares de dois jornalistas da Reuters depois que eles foram convidados a se reunir com agentes da polícia em Yangon à noite". "Para uma democracia ter sucesso, os jornalistas precisam ser capazes de fazer seu trabalho livremente", comentou o assessor de imprensa da embaixada. "Instamos o governo a explicar essas prisões e permitir o acesso imediato aos jornalistas". 


 Os repórteres da Reuters acompanhavam sofrimento da minoria


(Confira depois na seção de comentários deste blog de cidadania e ecologia mais informações e também mensagens e opiniões)


Fontes: www.terra.com.br
             www.folhaverdenews.com

8 comentários:

  1. Prisão de jornalistas da Reuters mostra erosão de liberdade de imprensa em Mianmar, alerta nota da ONU.



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  2. "A prisão de dois jornalistas da Reuters em Yangon nesta semana é um sinal de que a liberdade de imprensa está encolhendo em Mianmar e a comunidade internacional precisa fazer tudo que puder para libertá-los": comentário do secretário geral da ONU, António Guterres, ainda hoje.



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  3. António Guterres disse que sua principal preocupação sobre Mianmar são as "dramáticas violações de direitos humanos" desencadeadas por uma repressão militar no Estado de Rakhine que forçou mais de 600 mil muçulmanos Rohingya a fugir do país para Bangladesh, a prisão dos jornalistas provavelmente está relacionada com essa situação.


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  6. "Claramente é uma preocupação em relação à erosão da liberdade de imprensa no país, se concluiu na coletiva de imprensa em Tóquio, em referência à prisão de Wa Lone e Kyaw Soe Oo, que estavam trabalhando em reportagens sobre o conflito no Estado de Rakhine: "Provavelmente a razão pela qual esses jornalistas foram presos é porque eles estavam relatando aquilo que viram em relação a essa enorme tragédia humana": comentário do correspondente da Franca Press.

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  7. O Ministério de Informação de Mianmar manifestou em nota que os jornalistas da Reuters e dois policiais enfrentam acusações sob "a lei de segredos oficiais da era colonial britânica". A lei de 1923 tem uma pena de prisão máxima de 14 anos. Acusa que os repórteres "adquiriram informação ilegalmente com a intenção de compartilhá-la com a mídia estrangeira", afirma ainda o comunicado oficial.

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  8. Também em comunicado, o presidente e editor-chefe da Reuters, Stephen J. Adler, reagiu assim: "Estamos indignados com este flagrante ataque à liberdade de imprensa e ao trabalho com a informação".

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