Emissões de CO2 estão destruindo a vida marinha e ONU discutirá isso nestes dias
Corais, como estes na Indonésia, e toda a vida dos mares ameaçados pela acidificação |
Desde o início da revolução industrial, os cientistas acreditam que as águas dos oceanos ficaram 26% mais ácidas. "Meus colegas não encontraram nos registros geológicos de velocidades de mudança maiores do que as que vimos atualmente", afirmou o professor Jean-Pierre Gattuso, da CNRS, a agência nacional de pesquisas da França. O que preocupa os cientistas e ambientalistas é o potencial de impacto destas mudanças em muitas espécies marinhas de vida. Pesquisas realizadas em fontes hidrotermais nas profundesas dos oceanos, nas quais as águas são naturalmente ácidas graças ao CO2, indicam que cerca de 30% da biodiversidade marinha poderá ser perdida até o fim deste século. Elas afirmam que as fontes podem ser uma "janela para o futuro". "Você não encontra um molusco no nível de pH esperado para o ano de 2100, e este é um fato chocante", afirmou Gattuso. "As fontes hidrotermais são uma janela imperfeita, apenas a acidez do oceano está aumentando nestes lugares, eles não refletem o aquecimento que veremos neste século. Se você combinar os dois, tudo poderá ser ainda mais dramático do que vemos nestes orifícios de CO2", avaliou o pesquisador francês da CNRS.
Fontes: BBC
http://folhaverdenews.blogspot.com
.
O efeito da acidificação atualmente está sendo observado de forma mais grave no Mar Ártico e na região da Antártida. Estas águas geladas retêm uma quantidade maior de CO2 e os crescentes níveis do gás estão acidificando estes mares mais rapidamente do que no resto do mundo.
ResponderExcluirOs pesquisadores afirmaram que até 2020, 10% do Ártico será um ambiente inóspito para espécies que fazem suas conchas a partir do carbonato de cálcio. Até 2100, o Ártico todo será um ambiente hostil.
ResponderExcluirDe acordo com Gattuso, os efeitos da acidificação já são visíveis. "No oceano do sul já vemos a corrosão de pterópodes, que são como caramujos marinhos. No oceano, vemos a corrosão das conchas. Eles (os pterópodes) são elementos importantes na cadeia alimentar, consumidos por peixes, aves e baleias, então, se um elemento está desaparecendo, haverá um impacto em efeito cascata na cadeia toda", alerta o cientista.
Os autores do relatório afirmam que além do conteúdo ecológico o impacto econômico poderá ser enorme. O custo global do declínio nas populações de moluscos pode ser de US$ 130 bilhões até 2100, se as emissões de CO2 continuarem no padrão atual. Há algumas alternativas para restaurar o equilíbrio ambiental marinho, mas segundo os cientistas, apenas os cortes nas emissões poderá desacelerar o avanço da acidificação e do caos nos mares.
ResponderExcluirMande sua mensagem, informação ou comentário dentro desta pauta para o e-mail do nosso blog de ecologia e de cidadania: navepad@netsite.com.br
ResponderExcluir"Foi aqui nesse blog que fiquei informado que vai acontecer a Conferência Mundial do Clima nesta semana que vem, na Polônia, em Varzóvia, acho que a grande mídia não dá bola a esses eventos tão importantes": é o e-mail que recebemos de Patrícia Morais, de Ubatuba (SP), que pretende estudar Oceanografia e curtiu a nossa postagem de hoje.
ResponderExcluirCoordenado pelo Laboratório Marinho Ambiental, está sendo produzido para esta Conferência Mundial do Clima da ONU um relatório coletivo com a participação de 540 cientistas de todo o mundo: os oceanos estão se tornando mais ácidos a uma taxa sem precedentes, mais rápido do que em qualquer outra época dos últimos 300 milhões de anos, segundo o relatório. Mas é a maneira como isso interage com outros efeitos do aquecimento global nas águas que preocupa cada vez mais os especialistas. Os oceanos cada vez com menos oxigênio e menor chance vida futura.
ResponderExcluirOs gases de efeito estufa estão tornando os oceanos mais quentes, ácidos e com menos oxigênio. O modo como essas mudanças interagem está criando um panorama mais desolador para as águas do mundo: esta é a conclusão do relatório preparado por 54o cientistas de vários países para a conferência do Clima da ONU nesta semana que vem na Polônia. Este resumo foi-nos enviado por um inernauta que não assinou o e-mail e pegou a informação no site Ambiente Brasil.
ResponderExcluir