Os índios querem ser ouvidos mas já sabem que isso só na COP20 no ano que vem no Peru
Um panorama da situação dos povos indígenas frente às mudanças climáticas já foi desde já resumido antecipadamente para a COP19, por Juan Carlos Jintach e Arlen Ribeira Calderon, integrantes da Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA) que tem a participação também dos índios brasileiros através da sua entidade nacional, a COIAB. Para o movimento indígena do Brasil e de toda a América do Sul e do Caribe, é fundamental que a discussão a respeito da preservação ambiental leve em conta o papel dos povos indígenas, agentes essenciais na conservação da natureza, por exemplo, no que diz respeito à vivência real da ecologia pelos povos da floresta e à coerência do mercado de créditos de carbono. Agora em Varsóvia, na Polônia, nesta cúpula mundial da ONU, antes mesmo dela vir a se formalizar, os indígenas estão denunciando problemas como desmatamento exagerado, um aumento indiscriminado da mineração, da poluição dos recursos naturais, bem como, uma manipulação dos créditos de carbono: esta é a informação que nos manda Juliana Winckel, da Agência Jovem de Notícias, em especial para sites ecológicos, como Envolverde, Outras Palavras e também aqui para o nosso blog Folha Verde News. Em síntese as entidades dos índios de todo o continente latinoamericano, esperam que na COP 20, que acontecerá em Lima no Peru, em 2014, exista uma maior participação indígena nas pautas e nas decisões.
Carlos Jintach e Arlen Ribeira Calderón, falaram em nome da América do Sul e da Bacia Amazônica |
“Existem, na América Latina, milhões de hectares em territórios indígenas titulados e eles já podem contribuir para regular a temperatura do planeta. Mas, para isso, as prioridades das comunidades – sua herança cultural e genética, o equilíbrio ambiental – precisam ser ouvidas. Estamos falando de muito mais do que apenas carbono", deixou claro o portavoz indígena do continente sulamericano. Para ele, o mercado privado de carbono chega a ser é uma séria ameaça à integridade territorial dos indígenas. Os representantes das variadas comunidades indígenas demonstraram ter grandes expectativas em relação à COP20, que será realizada no próximo ano em Lima, no Peru. “Esperamos que uma cúpula realizada na América Latina nos traga a possibilidade de ampliar o debate. Governos de diversos países, como Peru e Equador, têm-se reunido conosco para discutir as nossas propostas originais”, afirmou Arlen Ribeira Calderon, lado a lado com Jintach na entrevista coletiva em Varsóvia. Segundo ele, um passo importante nesta discussão será dado durante a II Cúpula Amazônica, que deverá acontecer na Colômbia já agora em dezembro próximo: “As comunidades indígenas não irão aceitar intervenções baseadas em lógicas verticais. Queremos um plano de desenvolvimento sustentável de verdade, que envolva educação ambiental e capacitação, para que possamos fazer parte do processo de forma decisória. Não existem cores diferentes, somos todos da cor da terra", expressou ele essa realidade na linguagem poética dos índios. Nesta COP19 há uma delegação Jovens do Brasil, composta por representantes de toda a aliança mundial das ACMs, Engajamundo, Fundação Luterana Mundial e Viração Educomunicação, basicamente estas entidades apoiaram a manifestação dos povos da floresta de toda a América Latina. Apaches e outros índios da América da Norte também deverão se manifestar em apoio a este posicionamento autêntico dos povos índígenas da América do Sul e Caribe.
Os índios são o principal guardião da floresta |
...em toda América do Sul e no Caribe |
Os índios do Brasil deram apoio a esta manifestação feita na COP19 na Polônia |
Fontes: www.envolverde.com.br
www.outraspalavras.net
http://folhaverdenews.blogspot.com
Representantes dos povos da floresta de toda a América Latina afirmam que as comunidades internacionais não reconhecem a voz indígena, mas se coloca, geograficamente e socialmente, como a voz do índio, das regiões onde a natureza ainda resiste e aonde existem não só projetos de crédito de carbono mas também de desenvolvimento sustentável na Amazônia.
ResponderExcluirJuliana Winkel, repórter da Agência Jovem de Notícias, coordenada pela ONG Viração Educomunicação,explica também que pretende levar propostas da juventude latinoamericana para serem contempladas pelos negociadores brasileiros e de todos os outros países durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas agora na Polônia.
ResponderExcluirJuan Carlos Jintach e Arlen Ribeira Calderon, integrantes da COICA, formada por organizações indígenas de países da América Latina, deram um importante panorama da questão indígena relacionada ao meio ambiente durante a a COP19, que resumimos aqui no blog da ecologia e da cidadania, sempre abrindo nosso webespaço à luta da natureza.
ResponderExcluirRealmente, os índios em tudo o que envolve ecologia precisam ser ouvidos e pautar as decisões dos países. E a gente destaca aqui mais uma vez a voz do índio: não existem cores diferentes; somos todos da cor da terra.
ResponderExcluirMande vc tb a sua informação ou o seu comentário sobre esta pauta ou assuntos relacionados aqui para o e-mail da redação do nosso blog: navepad@netsite.com.br
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