Aquecimento global intensificará agora os efeitos do El Niño
El Niño do Oceano Pacífico impacta clima e chuvas em todo o planeta
O repórter especializado em meio ambiente da BBC, Matt McGrath trouxe as informações, também inseridas no site de assuntos socioambientais EcoDebate, sobre o novo estudo [Robust twenty-first-century projections of El Niño and related precipitation variability] publicado nesta semana na revista Nature, indicando que existe uma relação grande entre o aquecimento global o fenômeno climático El Niño. Abrimos nosso webespaço de ecologia e de cidadania aqui no blog Folha Verde News para este aprofundamento do entendimento sobre El Niño – nome informal da Oscilação El-Niño Sul (ENSO, na sigla em inglês) – que ocorre no Oceano Pacífico e tem um impacto importante em todo o sistema climático mundial. Com ele, as regiões Leste e tropical do Pacífico sofrem forte aquecimento. O outro fenômeno simultâneo ou paralelo – o La Niña – provoca o esfriamento das mesmas regiões. Como em uma banheira, as águas quentes e frias do Pacífico se chocam. Isso é responsável pelos padrões de chuva na Austrália e em diversas regiões ao redor da linha do Equador, no Pacífico. Os efeitos deste choque também são sentidos em regiões distantes. A fase mais quente do El Niño provoca invernos mais chuvosos no Sul dos Estados Unidos. Por anos, cientistas estavam preocupados com a forma pela qual o El Niño poderia ser afetado pelo aquecimento global, com temperaturas médias maiores em todo o planeta. Nesta pesquisa, os cientistas fazem uma projeção de como os dois fenômenos – aquecimento global e El Niño – se relacionam. A conclusão é que as mudanças climáticas intensificam os efeitos do El Niño. Agora, a partir destas conclusões espera-se que os meterologistas, os climatologistas e os cientistas ambientais faça uma avaliação e uma projeção do que virá a acontecer no Brasil também, agora e no verão, a época bastante chuvosa que se aproxima, no sentido de serem previstas as enchentes desta época, bem como, que as autoridades criem finalmente uma estrutura de prevenção para este problema da atualidade brasileira", comentou por aqui o editor de conteúdo do nosso blog, o ecologista Antônio de Pádua Padinha. O principal autor do estudo, o pesquisador Scott Power, do Australian Bureau of Meteorology, afirma que o aquecimento global interfere na forma como o El Niño afeta as chuvas no mundo, em vários países. O modelo mostra que, com o aquecimento global, as chuvas provocadas pelo El Niño se deslocam do Oeste do Pacífico para a região tropical central e Leste. Um cientista que não participou da pesquisa – Wenju Caum, da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation – disse que o estudo é importante, porque as projeções feitas por computador parecem apresentar resultados mais substanciais e isso pode auxiliar medidas sustentáveis em todos países.
- Robust twenty-first-century projections of El Niño and related precipitation variability, Nature (2013) doi:10.1038/nature12580
BBC
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A pesquisa em cima do que acontecerá agora com o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, feita pela revista Nature, lado a lado com o estudo do outro fenômeno simultâneo ou paralelo – o La Niña – que provoca o esfriamento das mesmas regiões, pode determinar e levar a uma previsão de chuvas, bem como de enchentes e de inundações.
ResponderExcluirO enfoque sobre esta pesquisa que priorizamos é: agora, a partir destas conclusões espera-se que os meterologistas, os climatologistas e os cientistas ambientais façam uma avaliação e uma projeção do que virá a acontecer no Brasil também, agora e no verão, a época bastante chuvosa que se aproxima, no sentido de serem previstas as enchentes ou inundações e outros acidentes desta época.
ResponderExcluirNão basta só analisar a pesquisa e em cima dela melhorar o sistema de prevenção de catástrofes, a partir do melhor conhecimento prévio das chuvas, Wenju Caum, da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation – acredita que este estudos via computação poderão auxiliar medidas sustentáveis que possam efetivamente mudar a realidade precária em vários países (também no Brasil) no que se refere a clima, chuvas, enchentes e inundações.
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ResponderExcluir"Acabo de curtir agora mesmo um post no Facebook, chamando para esta matéria aqui deste blog e concordo com esta pauta: cientistas e em especial autoridades governamentais precisam discutir menos e fazer mais para acharem uma solução sustentável para os desastres ambientais que têm vitimado milhões de pessoas, a maioria por enchentes": este é em resumo o comentário do estudante de Físia da USP, José Alcântara, nos enviando também inbformações da EFE. Obrigado, José.
ResponderExcluirErrata, corrigindo: José Alcântara que nos enviou informações da Agência EFE é estudante de Física da USP: fala sobre 179 millhões de vítimas de desastres naturais nos últimos anos, sendo que 164 delas foram mortas em enchentes...
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