PODCAST

domingo, 13 de outubro de 2013

BRASIL TEM 3 VEZES MAIS ASSASSINATOS POR ANO QUE A MÉDIA MUNDIAL

Parece estar acontecendo uma nordestinação e uma interiorização dos homicídios no país

Muita gente ficou surpresa aqui no país e no exterior com o discurso do escritor brasileiro Luiz Roffato, na Feira Internacional de Livros nesta semana em Frankfurt na Alemanha: falando que considera a onda de crimes o principal problema do Brasil, ele citou dados do Mapa da Violência (IBGE) que em cima de dados e fatos demonstram haver no momento 20 assassinatos por cada 100 mil habitantes, o que é um número 3 vezes maior do que a média anual e mundial de homicídios: "A violência brasileira não se resume somente ao aumento do número de crimes ou de homicídios", comenta aqui no blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News o nosso editor, o repórter e ecologista Antônio de Pádua Padinha: "Ela tem várias caras, há várias  formas de violência em nosso país, a injustiça social, o crescimento do crime organizado como o PCC,  fatos como a corrupção dos políticos, os lobbies que dominam o Congresso Nacional, a censura econômica que impede a expressão do mais pobres, a condição desumana da vida em regiões mais remotas e até também na periferia de grandes cidades, a distribuição de renda muito desigual, os crimes de natureza socioambiental, enfim é um universo muito violento o Brasil da atualidade, isso se dá também no caso dos homicídios, citados por Luiz Ruffato, 20 assassinatos por cada 100 mil habitantes é o dobro do mínimo tolerado pelos padrões de qualidade de vida da ONU". O jornalista Fábio Alex Pereira, que mantém no Nordeste, um blog com grande vizualização, vem lutando direto contra o crescimento em Maceió e em toda região nordestina do país dos índices de crimes, no caso dele, priorizando o que ele interpresta como um erro estratégico - as campanhas de desarmamento da população - o que deixaria os cidadãos mais desprotegidos, por estarem desarmados. Reportagens e dados da Agência Brasil, do jornal O Globo, do Portal Último Segundo (iG) também debatem em variados ângulos como o aumento em todo o país  - especialmente no Nordeste e em pequenas ou médias cidades do interior, sem a estrutura que já têm São Paulo e Rio para combater os criminosos - como um dos maiores problemas brasileiros de hoje. Até mesmo o crescimento do PCC (Primeiro Comando da Capital), que se tornou um império no Brasil com negócios ligados às drogas, controlando hoje  90% de toda massa carcerária paulista (atualmente, são cerca de 200 mil prisioneiros) e já sendo "exportado" para outros estados e regiões, como Paraná, Sergipe, Bahia, Pernambuco, Mato Grosso. As deficiências no setor da segurança pública também ajudam a expansão dos negócios e do poder do PCC, em grandes, médias e pequenas cidades, em todos os lugares do país: alguns estados vêm sendo acusados de maquiar os números das ocorrências violentas ao invés de combater a criminalidade ou as causas de todo o universo brasileiro de violência. Aqui no Brasil (e em praticamente todo o planeta) um dos fatores em maior expansão dentro do modelo de sociedade de consumo em todos os países é a cultura da violência, quem têm diversas faces mas todas elas desumanas, que aumentam a crueldade e aviltam a vida de todos nós. Pode ser uma luta de UFC ou de MMA e jogadas bruscas no futebol que parecem diversão inocente mas estão ligadas a esta indústria de violência, até músicas, games, costumes e comportamentos que vão se tornando rotina na relação entre pessoas, tendências que vão se afirmando e acabam "virando normal", como o aumento ainda maior de mortes e de desaparecimentos de jovens de periferia, em especial os que são negros e pobres, como bem demonstrou o caso icônico de Amarildo de Sousa na favela de Rocinha, no Rio de Janeiro. Enfim, é toda uma onda cult que mostra que precisamos já avançar a cidadania e exigir mudanças estruturais para mudar esta situação do país e da vida. "A violência faz parte da própria estrutura da nossa realidade", argumenta o ecologista Padinha.


A violência é multifacetal no Brasil tem muitas faces e formas


A polícia atacando ou desarmando cidadãos desprotegidos...

A violência da UFC tornou Bruce Lee poesia...

A falta de saneamento e de uma condição humana de vida...

Os milhares de desaparecimentos e mortes...

Os crimes socioambientais...

...a poluição é violenta tanto quando o PCC na atualidade


Fontes: Agência Brasil
               Portal Último Segundo
               Revista Exame
               cidadaodesarmadoedesprotegido.blogspot.com
               www.oglobo.globo.com
               http://folhaverdenews.blogspot.com

9 comentários:

  1. Citamos todos os principais dados e números do aumento dos crimes no país, mas também algo que o Mapa da Violência do IBGE ainda não registra, a onda cult de fatos violentos, a cultura da violência que está na própria estrutura da nossa realidade, no país e na vida atual.

    ResponderExcluir

  2. O Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americano (Cebela) divulgou no Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil, dados que revelam que Maceió é a capital mais violenta do país, seguida por João Pessoa e Salvador. A capital registrou um aumento de 116,1% no número de homicídios. Em 2001, foram registrados 485 assassinatos contra 1.048 em 2011. A nordestinização dos homicídios já é um fato mas precisa ser analisada também a interiorização, o aumento de crimes em cidades pequenas ou médias e em regiões onde há muitas falhas na segurança pública.

    ResponderExcluir
  3. A violência contra os jovens brasileiros também aumentou nas últimas três décadas de acordo com o Mapa da Violência 2013: com dados do Subsistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. Entre 1980 e 2011, as mortes não naturais e violentas de jovens – como acidentes, homicídio ou suicídio – cresceram 207,9%. Se forem considerados só os homicídios, o aumento chega a 326,1%. Do total de 46.920 mortes na faixa etária de 14 a 25 anos, em 2011, 63,4% tiveram causas violentas (acidentes de trânsito, homicídio ou suicídio). Na década de 1980, o percentual era 30,2%, a metade do que é hoje.

    ResponderExcluir
  4. O homicídio é a principal causa de mortes não naturais e violentas entre os jovens. A cada 100 mil jovens, 53,4 assassinados. Os crimes foram praticados contra pessoas entre 14 e 25 anos. Os acidentes com algum tipo de meio de transporte, como carros ou motos, foram responsáveis por 27,7 mortes num mesmo período de um ano.

    ResponderExcluir
  5. Segundo o Mapa da Violência 2013, o aumento de problemas entre pessoas da faixa etária jovem demonstra a omissão da sociedade e do Poder Público em relação aos jovens, especialmente os que moram nos chamados polos de concentração de mortes, no interior de estados mais desenvolvidos; em zonas periféricas, de fronteira e de turismo predatório; em áreas com domínio territorial de quadrilhas, milícias ou de tráfico de drogas; e no arco do desmatamento na Amazônia que envolve os estados do Acre, Amazonas, de Rondônia, Mato Grosso, do Pará, Tocantins e Maranhão, crimes socioambientais.


    “O malandro não é otário, não vai atacar um banco bem protegido, no centro da cidade. Ele vai onde a segurança está atrasada e deficiente, gerando um novo desenho da violência. Não foi uma migração meramente física, mas de estruturas”, destacou Waiselfisz.

    Nos estados e capitais em que eram registrados os índices mais altos de homicídios, como em São Paulo e no Rio de Janeiro, houve redução significativa de casos, devido aos investimentos na área. São Paulo, atualmente, é a capital com a maior queda nos índices de homicídios de jovens nos últimos 15 anos (-86,3%). A Região Sudeste é a que tem o menor percentual de morte de jovens por causas não naturais e violentas (57%).

    Em contraponto, Natal (RN), considerado um novo polo de violência, é a capital que registrou o maior crescimento de homicídios de pessoas entre 15 e 24 anos – 267,3%. A região com os piores índices é a C

    ResponderExcluir
  6. Diante de tantos argumentos, números, fatos e debates, vc tb precisa de posicionar, se quiser, mande sua informação, mensagem, opinião ou comentário pro nosso blog: navepad@netsite.com.br

    ResponderExcluir
  7. "Estava vendo um telejornal de manhã e vi mais uma cena de faroeste nas ruas de São Paulo, um motoqueiro roubando armado a moto de outro e sendo baleado, é o normal aqui, a violência faz parte do dia a dia da gente": este foi o comentário a nós enviado pela estudante da PUC, Mariana dos Santos, completando assim: "Anormal é a gente ficar em paz".

    ResponderExcluir
  8. Nesta segunda, no site UOL, notícia diz que PCC planeja novos ataques e se infiltrar em protestos, para "participar" de manifestações, isso, segundo escutas feitas por policiais em "salves", ligações de celulares em penitenciárias entre integrantes do comando, vandalismo anunciado.

    ResponderExcluir
  9. No domingo, no clássico do Brasileirão no Morumbi, SP X Corinthians, torcedores sãopaulinos provocaram confusão e foram contidos até com excesso de força por PMs, mais um reflexo da onda de violência que ataca em todos os setores do país, também no esporte.

    ResponderExcluir

Translation

translation