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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

NA GRANDE BH NO MESMO LUGAR DE LUIZA NOVA DESCOBERTA

Descoberta a gravura mais antiga das Américas na região metropolitana de Belo Horizonte


 Datada em 10 mil anos, esta nova descoberta reforça Lagoa Santa como local privilegiado para o estudo da origem do homem no continente, como informa a matéria de Gustavo Werneck aqui em BH, onde está o editor do blog de ecologia Folha Verde News, abrindo assim espaço para esta reportagem de arqueologia do jornal Estado de Minas, algo que recoloca esta região como destaque da pré-história do ser humano na América do Sul: "Conhecer nosso passado é fundamental para a criação do futuro, que é o objetivo central do movimento ecológico e também do nosso blog, prá avançar a realidade futura temos que entender como foi a sua formação em todos estes milhares de anos", comenta Padinha.
A representação da figura humana em ritual de fertilidade foi encontrada a quatro metros de profundidade quando pesquisadores já se preparavam para desmontar o acampamento em Lagoa Santa, junto a BH: perto de uma das maiores cidades sulamericanas, as marcas da pré-história do Brasil.
Uma descoberta na Lapa do Santo, em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, destaca, em todo o planeta agora, a importância arqueológica da região cárstica de Lagoa Santa. Depois de sete anos de escavações, foi encontrado e identificado o mais antigo petróglifo – gravura feita na rocha com uso de martelo e formão de pedra, no chamado método de picoteamento – a mais antiga gravura do continente americano. O trabalho é do chefe do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB/USP), bioarqueólogo Walter Neves, que acaba de publicar o resultado das pesquisas na revista científica norte-americana PloS One. “Lagoa Santa tem o esqueleto humano mais antigo das Américas, o de Luzia, e agora o mais antigo petróglifo. Esse fatos mostram a relevância da região no cenário internacional”, diz o bioarqueólogo.
Com 30 centímetros de altura, 20cm de largura e datação entre 9.500 e 10.500 anos, o petróglifo foi apelidado de “Taradinho” pela equipe de Neves, que atuou em Lagoa Santa entre 2002 e 2009. A brincadeira seria pela semelhança da figura representada na rocha com um homem em estado de excitação sexual e, ao que tudo indica, o grafismo faria parte de painel que mostra um ritual da fertilidade. O restante das imagens ainda está sob o chão à espera de novas escavações. O Brasil precisa urgente de investir também na pesquisa arqueológica, assim como na energética e em todos os setores da ciência e da vida.

Equipe trabalhou em várias profundidades durante as escavações em Lagoa Santa  

O bioarqueólogo conta que a descoberta ocorreu já no fim das pesquisas, quando a equipe se preparava para retornar a São Paulo: “O petróglifo estava a quatro metros de profundidade, sob a terra. A sorte é que havia, sobre ele, uma fogueira. A partir dos testes com o carvão, foi depois verificada e comprovada a idade de 9.400 anos, e, na sequência, verificou-se que a descoberta cultural tem mais de 9.500 anos”, explica o professor. No mesmo sítio arqueológico em que os pesquisadores encontraram a gravura rupestre, foram localizados e exumados 27 sepultamentos humanos. A investigação do crânio de um dos esqueletos clareou ainda mais o trabalho na Lapa do Santo, levando a equipe à conclusão de que esse povo pré-histórico vivera pouco depois de Luzia. A descoberta joga mais luz sobre os estudos a respeito da ocupação do continente e põe em xeque os modelos tradicionais específicos para estudar a colonização, segundo o qual o homem teria chegado ao Novo Mundo no período de 10 mil a 12 mil anos atrás. A partir da diversidades das pinturas rupestres será possível chegar a novos resultados e questionar o que é proposto pelo modelo tradicional.
“O resultado da pesquisa é de interesse tanto das pessoas que estudam arte rupestre como daquelas que se dedicam a estudar o povoamento das Américas”, diz o estudante de doutorado e coautor do artigo publicado na revista norte-americana Danilo Bernardo. Para fazer a gravura rupestre, o grupo de homens pré-históricos usou o método do picotamento, que, grosso modo, consistiria em bater uma pedra pontiaguda em forma de martelo sobre um formão do mesmo material. O sítio arqueológico da Lapa do Santo fica numa propriedade rural, a Fazenda Cauaia, na zona rural de Matozinhos se soma a vários outros que reforçam a relevância de Minas nesse campo. A chefe do Centro de Arqueologia Annette Laming Emperaire (Caale), de Lagoa Santa, arqueóloga Rosângela Albano, considerou um avanço a descoberta do petróglifo e está certa de que isso vai fortalecer os estudos sobre os primeiros habitantes das Américas.


Luiza, a primeira brasileira
A reconstituição de um crânio de 11 500 anos, o mais antigo da América, revolucionara as teorias
sobre a ocupação do continente ides, que são as características dos ancestrais dos nossos índios:
ele foi encontrado no mesmo local desta nova desoberta fantástica perto de BH por pesquisadores brasileiros, que atuam sem as melhores condições mas com muita tenacidade, sorte e grande talento.

Fontes:  www.em.com.br
              http://folhaverdenews.blogspot.com.br

3 comentários:

  1. Em mais de 40 anos desde a descoberta do fóssil Luíza até agora, com estes novos achados arqueológicos em Lagoa Santa, o que se questiona é a evolução muito lenta da estrutura de pesquisa e trabalho dos pesquisadores e não só na Arqueologia. O Brasil poderia estar muito mais avançado, estes fatos fantásticos de BH hoje sinalizam esta realidade.

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  2. A pesquisa do passado histórico, pré-histórico, ancestral do nosso povo e da formação da Nação brasileira são uma forma direta de também buscarmos um avanço na realidade cultural que possibilite a criação do futuro de nossa vida, nas atuais condições, isso não é possível.

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  3. Estas descobertas, a pioneira na década de 70 e esta agora em 2012, na mesma Lagoa Santa, são um sinal do valor desta região de Belo Horizonte para o Brasil, tanto como um polo avançado do interior do país hoje em dia, como pelo alcance cultural destas descobertas ancestrais, que podem mudar a história e ajudar a criação de uma nova realidade, sem a qual não existirá futuro para nosso povo. Nesse ponto, a pesquisa arqueológica e a ecologia (sob o ângulo do desenvolvimento sustentável) se unem num mesmo objetivo.

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