Hora da Merenda, artigo de Maria Beatriz Martins Costa
O Brasil distribui mais de 40 milhões merendas diárias (uma Espanha por dia) e são as Prefeituras que decidem onde e de quem comprar: já está na lei mas falta o hábito de prestigiar na merenda escolar a agricultura familiar e os produtos orgânicos
Há tudo para um crescimento da agricultura familiar e da alimentação orgânica... |
...o que ajudaria um desenvolvimento sustentável em cada região e a saúde das crianças e adolescentes |
Segundo esta Lei, 30% no mínimo de todo recurso para merenda escolar deve ser comprado de produtos da Agricultura Familiar. O mínimo é 30%, mas pode ser comprado da agricultura familiar até 100% do recurso repassado para alimentação escolar pelo FNDE ( Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação)
O que pouquíssimos brasileiros sabem é que ”os produtos da agricultura familiar e dos empreendedores familiares rurais a serem fornecidos para Alimentação Escolar serão gêneros alimentícios, priorizando, sempre que possível, os alimentos orgânicos e/ou agroecológicos .( de acordo com a Resolução no 38/2/2009). O papel das merendeiras neste cenário é estratégico, sendo reconhecido e valorizado pelo Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar. Criado pela Ação Fome Zero, este prêmio em 2011 contemplou 22 municípios que tiveram iniciativas bem-sucedidas. Neste ano, o Ministério do Desenvolvimento Social propôs a instituição de mais duas categorias: a de compra de merenda usando produtos orgânicos da agricultura familiar e a de compra de merenda com produtos da sociobiodiversidade, que contemplam a produção e os serviços dos agricultores familiares, extrativistas, povos e comunidades tradicionais, entre outros.
O tema é apaixonante é os desafios ainda são muitos: desde assistência técnica permanente até quebrar preconceitos sobre a capacidade de abastecimento e a qualidade dos produtos da agricultura familiar.
Há um ditado que diz “a palavra convence, o exemplo arrasta”. Quanto mais municípios reconhecerem os benefícios de se promover uma merenda de qualidade em parceria com produtores locais, mais alunos se beneficiarão e mais renda será gerada para cada região. É a hora da merenda no Brasil". (Maria Beatriz Martins Costa).
Fontes: www.ecodebate.com.br
www.planeta.orgânico.com.br
http://folhaverdenews.blogspot.com
Conheço o trabalho no dia a dia dos produtores e processadores de alimentos orgânicos (sem agrotóxicos) e da pequena agricultura familiar, pelo convívio com José Alexandre Ribeiro, líder e presidente nacional do setor, que é de Franca: um setor que tem tudo para crescer a bem da qualidade de vida no país.
ResponderExcluirÉ fundamental que as Prefeituras e as Merendeiras se informem sobre esta legislação, que favorece os alimentos orgânicos e a compra de produtos da agricultura familiar, o que por sua vez irá aumentar enormemente a qualidade da alimentação escolar e o potencial positivo na vida de todas as novas gerações brasileiras.
ResponderExcluirCada vez estão mais valorizados pelos médicos melhor informados, pelas nutricionistas e pela mídia em geral, os alimentos sem agrotóxicos e mais naturais (de produção orgânica e ligados a uma rede de agricultura familiar existente em todas as regiões do país). Esta realidade objetiva e mais a atual legislação formam uma condição exepcional para uma evolução no setor.
ResponderExcluirAtravés de várias matérias ao longo de dois anos de existência, este blog da ecologia - Folha Verde News - tem procurado estimular esta verdadeira revolução da qualidade de vida que são os alimentos orgânicos, mais naturais, mais ecológicos. Apesar de reconhecidos legal e culturalmente como melhores, apenas uma minoria melhor informada prioriza o seu consumo. Está na hora de concretizar este grande avanço, já aprovado pela vanguarda brasileira da ecologia e da alimentação. Isso sim colocará o Brasil na liderança mundial, pela saúde do seu povo.
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