Comemorada como uma boa nova deste ano de 2012 pelo jornalista ambiental Randáu Marques, a ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis informa em seu website que 4.187 postos de combustível já devem estar comercializando diesel de baixo teor de enxofre (S50) desde 1º de janeiro. Randáu explica que esta é uma luta de mais de 30 anos das entidades verdes e dos ecologistas do Brasil. Informações da Petrobras indicam que o litro do diesel S50 custa seis centavos de real a mais do que o S500, sendo usado hoje. O uso do diesel S50 é fundamental para o bom funcionamento dos motores com tecnologias apropriadas para atender as emissões de gases previstas no programa Proconve P7, que adota padrões equivalentes a Euro 5. Desde o início de janeiro todos os caminhões e chassis de ônibus destinados a comercialização no mercado interno devem obedecer as normas Proconve P7. Os veículos remanescentes nos pátios de montadoras correspondentes a Proconve P5 (Euro 3) deverão ser faturados para as concessionárias até 31 de março. As fábricas locais continuarão produzindo veículos comerciais Euro 3 para exportações.
Para controlar os níveis de poluição do ar é fundamental o combustível menos poluente |
O diesel de baixo teor de enxoofre é um avanço para a saúde das pessoas e do meio ambiente |
O assunto do momento no setor de transportes é a nova legislação que reduz a emissão de gases poluentes, a chamada Proconve P7. Mas você sabe exatamente o que é? O Proconve – Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores – foi criado em 1986 pelo Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente – como uma forma de controle da qualidade do ar nos centros urbanos. Ele nada mais é que uma adaptação das metodologias internacionais, especialmente o Euro, às necessidades brasileiras. O Proconve P7 é a versão brasileira para o Euro V, que já está em vigor na Europa e representa a quinta etapa de diminuição progressiva de emissão de gases. No Brasil, a diminuição dos níveis de emissão permitidos vem sendo implantada gradativamente através do Proconve desde a sua primeira versão. Ele garante que todos os lançamentos de novos veículos e motores nacionais e importados funcionem dentro dos limites de emissões permitidos. Todas as emissões de escapamento são testadas, quantificadas e comparadas rigidamente aos limites. Esta é a sétima fase do Proconve e prevê uma diminuição significativa nos níveis de emissões permitidos para a linha de veículos pesados produzidos a partir de 1º de janeiro de 2012. A análise é feita a partir de quatro tipos de emissões de poluentes:
http://www.cntdespoluir.org.br/Downloads/A%20Fase%20P7%20do%20Proconve%2...
"O ano de 2012 dará um impulso nas mudanças por igualar os padrões definidos na fase P7 do Proconve aos de países europeus.
Nesse contexto, o grande desafio para a CNT é auxiliar o transportador brasileiro a adequar-se a essa realidade."
http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_meio-am...
"Com a proposta de resolução do Conama da fase P7 do Proconve para o ano de 2012, a procuradora Ana Cristina Bandeira Lins, autora da recomendação, requereu que a ANP conclua o procedimento administrativo para a definição do diesel de teste S10 e publique as especificações até 31 de dezembro deste ano."
Fontes: www.anp.gov.br
http://folhaverdenews.blogspot.com
Com certeza não é somente um diesel menos poluente que irá melhorar a condição de ar nas grandes cidades especialmente, mas isso é realmente um avanço ao custo somente de 6 centavos de real a mais por litro de combustível. Vale a pena pelos reflexos na saúde das pessoas e no equilíbrio ambiental nos grandes centros urbanos, hoje ainda focos de doenças respiratórias, pulmonares, alérgicas por excesso de resíduos de combustíveis na atmosfera.
ResponderExcluirEm pequenas e médias cidades do interior do país, como Franca, este problema não chega a ser de tanta gravidade, mas é pontualmente grave também: por exemplo, na cidade dos calçados nas avenidas Major Nicácio e Champagnat os índices de poluição do ar por diesel chegamn aos mesmos níveis que o das grandes cidades como São Paulo.
ResponderExcluirEm médias cidades, como Ribeirão Preto, também por aqui na macrorregião, as condições topográficas, geográficas, bem como, econômicas (devido a ser um polo de cana de açúcar) e em especial no inverno, os índices de poluição do ar atingem os piores graus do país, misturando resíduos e partículas em suspensão provenientes dos combustíveis com as queimadas da cana: neste contexto, o diesel de baixo teor de enxofre vem a ser importantíssimo para a saúde da população e equilibrio ambiental.
ResponderExcluirEsta boa notícia é um oásis no meio de péssimas informações e perspectivas no setor do meio ambiente no Brasil, complicado por projetos energéticos errôneos (como as megausinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares ao invés de energias mais limpas, como a Eólica e a Solar) e também pela opção prioritária no país ao petróleo e ao transporte via automóveis, bem como, a baixa qualidade da gasolina: em termos ambientais, urge um Desenvolvimento Sustentável neste universo de problemas.
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