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domingo, 15 de janeiro de 2012

FACEBOOK REPERCUTE MAIS DO QUE FORUM SOCIAL MUNDIAL

Especialistas afirmam que o Facebook mobiliza mais do que o FSM e avança a cidadania

Daniel Favero, do site Terra, desde Porto Alegre escreve que as primeiras edições do Fórum Social Mundial (FSM), nascido em Porto Alegre no começo da década passada, geraram muito estardalhaço em um evento que se propunha a ser um contraponto ao Fórum Mundial Econômico de Davos. Desde então, passou a adotar diferentes formatos em diversos países, mas sem deliberações ou ações significativas. Para muitos especialistas no assunto, como o sociólogo Sérgio Coutinho, autor do livro Movimento dos Movimentos, o Facebook tem contribuído muito mais que o FSM para as mobilizações sociais: "Desses movimentos mais recentes como o Occupy Wall Street, a Via Campesina, na América Latina, e a Primavera Árabe nenhum deles surgiu desses fóruns. Não há nenhum movimento significativo internacional de protesto ou mudança da realidade que tenha surgido daquele que seria o maior deles. Ele talvez contribua para que se encontrem, mas o Facebook tem contribuindo muito mais", afirma Coutinho. As críticas quanto ao formato e a orientação ideológica-partidária do FSM são muitas na avaliação do sociólogo. Para ele, apesar do grande estardalhaço gerado na década passada, os compromissos firmados eram sempre muito genéricos. "Centenas de pessoas unidas assistindo a mesma mesa ou conferência, parecia ser mais significativo do que o que fariam depois", disse Coutinho sobre o formato pós-moderno que o evento acabou adotando. Segundo ele, os organizadores são vinculados ao Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio Grande do Sul, o que fez com que, depois da internacionalização, o evento se tornasse "a expressão internacional de um partido", enfraquecendo o evento, mas fortalecendo as organizações. "À medida que ele se internacionaliza, vai perdendo essa identidade complicada que ele teve nas primeiras edições no Brasil e permite a integração de organizações também não partidárias que estavam espalhadas em cada país. Se marca se enfraquece, os movimentos tem se fortalecido", disse ao comparar o fórum a eventos como o Rock In Rio e até ao Fórum Mundial Econômico. "Se tornou um primo do fórum de Davos. Ambos discutem redução de juros internacionais, ambos discutem impostos sobre a riqueza, desenvolvimento sustentável, não ficou mais algo de um ser capitalista e o outro se anticapitalista". Lutando para mudar a realidade o FSM também muda aos poucos...

A líder do movimento estudantil do Chile, Camila Vallejo estará no FSM agora

Movimento ecológico e de cidadania usa a web para mobilizar

Cidadania pede ética....

...ecologistas,  energias limpas

A juventude usa a criatividade quando vai à rua

Gisele Bundchen usa também a Internet pela ecologia
Na Rio+20 deverá estar a ecologista Severn Cullis-Susuki, do Canadá...

...que criança já participara da Eco-92 e hoje usa muito a web como ferramenta de mobilização























Sem formato definido, fórum procura seu espaço: o  FSM foi realizado pela primeira vez em 2001 com o lema: "Um mundo onde todos os mundos sejam possíveis", uma celebração à pluralidade e critica ao neoliberalismo. Após as primeiras edições, passou a ser realizado simultaneamente em diversos países ou de forma centralizada, principalmente, em países africanos. A última edição brasileira ocorreu em Belém (PA), em 2009. De acordo com a comissão organizadora, por diferentes motivos, as últimas edições foram realizadas a cada dois anos, mas não se trata de uma regra. No ano que vem, o fórum deve ser realizado novamente no continente africano - na região de Magrebe (noroeste da África) ou no Egito. No entanto, o martelo ainda não foi batido. As mudanças para o local da realização do FSM surgiram após a organização observar a necessidade de expandir os horizontes do encontro. Desde então, Porto Alegre passou a participar de eventos simultâneos ou hospedar eventos diferentes. É o caso do Fórum Social Temático, que acontece a partir do dia 24 de janeiro, com o tema a "Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental", com presenças confirmadas de Dilma Rousseff, do presidente do Uruguai, José Mujica, e da líder estudantil chilena - que ganhou notoriedade não só pelas ideias, como também pela beleza - Camila Vallejo. O evento é uma preparação a Rio+20, reunião das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável, que acontece na capital fluminense em junho. Esse evento faz parte da dinâmica do FSM, mas possui organização própria e independente. Apesar das críticas, o FSM tem recebido uma peregrinação de movimentos sociais em suas diversas edições. No ano passado, em Dacar, 75 mil pessoas de 135 países participaram do evento, número bem superior aos 20 mil participantes das primeiras edições em Porto Alegre. Para o fórum temático deste ano, a organização espera entre 40 e 50 mil pessoas. "Todos participantes podem inscrever atividades no evento, são as atividades autogestionárias nas quais o próprio grupo ou participante diz qual estrutura precisa e a organização o aloca em algum lugar dentro do fórum. Já estamos com mais de 800 inscrições para os cinco dias, nas quatro cidades: Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo", afirma Ivan Trindade, um dos organizadores. Estão previstas atrações todos os dias de evento. A abertura acontece no dia 24 de janeiro, com a tradicional marcha no Centro de Porto Alegre, com saída do largo Glênio Peres até o anfiteatro Pôr-do-Sol. O cantor argentino Fito Paes e o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil estão entre os nomes já confirmados para o evento que está marcado para começar a 24 de janeiro em Porto Alegre.
"A vantagem das redes sociais é que elas têm mobilizado muita gente para lutas ecológicas como críticas à Belo Monte ou ao Código Florestal, em campanhas para mudar as decisões governamentais ou do Congresso ou ainda manifestações internacionais ou movimentos como Occupy Wall Street, a Via Campesina, na América Latina, a Primavera Árabe e outros vários eventos de cidadania como em Portugal, em todos eles o Facebook tem sido uma ferramenta, assim como os blogs e os sites mais independentes, que com a liberdade e a rapidez da Internet, podem ajudar muito a mudar ou avançar a realidade", comentou por sua vez Antônio de Pádua, o ecologista Padinha, editor do Folha Verde News. Ele acredita também que a Rio+20, a Conferência Mundial da ONU no Rio de Janeiro em junho, tenha um reforço de mobilização on-line de mais lideranças do movimento ecológico, científico e de cidadania, do Brasil e de todo o planeta, pelas ferramentas da web do que participações ao vivo no evento oficial da Organização das Nações Unidas.



Fontes: www.terra.com.br
              http://folhaverdenews.blogspot.com

3 comentários:

  1. A vantagem das redes sociais é que elas têm mobilizado muita gente para lutas ecológicas como críticas à Belo Monte ou ao Código Florestal, em campanhas para mudar as decisões governamentais ou do Congresso ou ainda manifestações internacionais ou movimentos como Occupy Wall Street, a Via Campesina, na América Latina, a Primavera Árabe e outros vários eventos de cidadania como em Portugal, em todos eles o Facebook tem sido uma ferramenta, assim como os blogs e os sites mais independentes, que com a liberdade e a rapidez da Internet, podem ajudar muito a mudar ou avançar a realidade.

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  2. Tem todo o fundamento na realidade de hoje esta reportagem de Daniel Favero, do site Terra, assim como também a visão do sociólogo Sérgio Coutinho: além disso, as ferramentas da web, a sua rapidez e a liberdade de informação, a sua força cultural está criando toda uma nova tendência, a Geração Internet.

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  3. Seja nas ruas, em eventos mais tradicionais ou em campanhas e agitos nas redes sociais, a Geração Internet está avançando a cidadania e pode também adiantar o processo coletivo da criação do futuro.

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