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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

MAIS UMA PROVA DO AUMENTO DO DESMATAMENTO NO BRASIL

Ibama embarga mais uma área de desmatamento ilegal em Mato Grosso

Uma operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Mato Grosso resultou na aplicação de mais de R$ 3,5 milhões em multas e no embargo de 700 hectares de áreas desmatadas ilegalmente, o equivalente a 700 campos de futebol. Deflagrada no começo de dezembro, a Operação Custódia Juína concentrou suas ações no noroeste do estado, onde os satélites registraram um aumento significativo de desmatamento este ano.

Mais um desmatamento ilegal na região noroeste do Mato Grosso, uma das regiões com o problema

Greenpeace, WWF, lideranças socioambientais e sites de ecologia vem alertando faz tempo

Em 2011, Mato Grosso desmatou 1.126 quilômetros quadrados de floresta, aumento de 20% em relação a 2010, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A operação do Ibama atuou principalmente nos municípios de Colniza e de Juara, próximos à região conhecida como Três Fronteiras, na divisa entre Mato Grosso, Amazonas e Tocantins, onde, segundo o instituto, o desmatamento está ligado à exploração ilegal de madeira. A operação teve apoio de agentes do Ibama de Minas Gerais, do Tocantins e Rio Grande do Norte.
Lideranças ambientalistas vinham alertando sobre um maior desmatamento, não só a noroeste do Mato Grosso, desde maio, quando foi aprovado em primeira instância, na Câmara, o novo Código Florestal, de inspiração ruralista, tendência que se agravou mais recentemente quando o Senado também aprovou esta legislação, que tem alguns pontos onde há claramente retrocessos na lei ambiental", comentou o ecologista Antônio de Pádua, o editor do blog Folha Verde News, que vem fazendo uma campanha sobre este problema há cerca de um ano e meio. Padinha afirmou ainda que "diante de fatos como este e da tendência de votação no Congresso, influenciado por lobbies e grandes interesses, que não são o do zelo com a natureza, o equilíbrio ambiental e o Desenvolvimento Sustentável, em todo o Brasil cresce no movimento socioambiental o pedido para que Dilma Rousseff vete estes pontos mais retrógrados do novo Código Florestal no momento em que for sancioná-lo". Estas lideranças lembraram várias vezes na mídia que na campanha presidencial a atual Presidente do Brasil se comprometeu publicamente e por escrito com este veto, caso o Congresso não atendesse o interesse nacional e somente da minoria ruralista. Esta discussão invadirá 2012.

Crítica aos parlamentares em Brasília na questão do Código Florestal

Fontes: Uol
             Agência Brasil
             http://folhaverdenews.blogspot.com
    

4 comentários:

  1. Fatos como estes endossam as denúncias e os alertas de cerca de 200 entidades socioambientalistas, bem como de sites de ecologia de todo o país: o desmatamento aumentou após a posição dos parlamentares quanto ao Código Florestal, com pontos ruralistas que não atendem à necessidade de um Desenvolvimento Sustentável.

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  2. Esta apreensão de agora do Ibama em Mato Grosso não é a primeira nem será a última caso não mude a tendência em Brasília, Senado e Câmara estão refletindo interesses de lobbies ruralistas no Código Florestal, isso acaba incentivando um vácuo legal na atual legislação e faz aumentar também os desmatamentos ilegais e clandestinos no país.

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  3. Esta situação chegou a uma situação-limite, só o Veto da Presidente Dilma ao pontos mais claramente ruralistas do novo Código Florestal poderá estimular uma mudança na realidade e um início na implantação de uma gestão pública de Desenvolvimento Sustentável, equilibrando os avanbços da economia e da ecologia no meio rural do Brasil, a bem de toda a Nação.

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  4. O apicultor, técnico agrícola e ecologista Valdivino Franco por telefone faz o seu comentário: "Fica mal para o Brasil, agora situado como a 6ª economia mundial, estas questões de desmatamento e ruralismo. O ministro Guido Mantega já fala que em 2012 o país passará além da Inglaterra, a França, assumindo a 5ª posição e nesse contexto internacional os erros e limites quanto ao meio ambiente prejudicam a imagem e os negócios no exterior, tem esse lado também".

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