PODCAST

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

PENTÁGONO LIBERADO NOS USA PARA A GUERRA NA INTERNET

Net War dispara a cultura da violência na web

Os parlamentares norte-americanos autorizaram oficialmente seu exército a se dedicarem às chamadas "ações militares cinéticas", nada mais do que um eufemismo triste para não dizer literalmente "guerra": uma nova dimensão para a violência 

Ilustração de artistas norteamericanos sobre a nova forma de guerra
Enquanto Julian Assange se notabilizou por usar as webferramentas em busca da cidadania e da liberdade de informação no site WikiLeaks, estas mesmas armas, mas com objetivo de predomínio de um país sobre outro, de uma cultura sobre outra, estão preparadas para a Net War: como sempre nestes casos, o anúncio não veio com alarde, mas discretamente, em um pequeno parágrafo que integra o orçamento militar até 2012, o orçamento militar, aprovado com a classificação da lei, declara o seguinte: “O Congresso afirma que o departamento de defesa tem potencial e, sob a orientação específica, pode realizar operações ofensivas no ciberespaço para defender nossa nação, parceiros e outros interesses, de acordo com os princípios e sistemas legais que o Departamento define para o potencial cinético, incluisve dentro de conflitos armados e diante da resolução depoderes de guerra”.
Propositadamente obscuro, o texto acima reconhece como “capacidades cinéticas” e “princípios e sistemas legais”, se alguém não se recorda, a intervenção do exército norte-americano na Líbia, na guerra que iniciou a derrocada de Kadafi,k e que não foi uma “guerra”, mas uma “ação cinética militar”. E por que chamar de ação cinética e não de guerra? Porque para o presidente dos Estados Unidos declarar uma guerra ele tem que pedir permisssão ao Congresso e ser por esse autorizado. Isso não ocorreu no que se refere à Líbia. Mas com a autorização nas entrelinhas do documento acima, o presidente dos Estados Unidos e seu comandante-chefe de Exército agora têm caminho livre para declarar, também, a guerra na Internet quando tiverem vontade, sem a necessidade de seguir os princípios e sistemas legais” que exigem permissão do Congresso. Também há outros termos obscuros, como, por exemplo, o que eles consideram uma “ação ofensiva”? Embora não especificado, a Estratégia do Pentágono para a Segurança na Internet, outro bonito eufemismo, já se ocupou de definir o teor dessa tal ofensiva há meses. Vale explicar que as “ações ofensivas” podem incluir o lançamento de virus de todo tipo, a destruição de serviços e a possibilidade de invadir os sistemas de controle de energia em outros países, desabilitando suas redes elétricas e gerando apagões completos. Frisamos o fato de que as ações “podem incluir” porque não há precedentes em relação a uma net war ou guerra cibernética, e essas ações podem receber como respostas verdadeiros ataques bélicos, tendo-se em vista tudo o que foi apontado como ofensivas neste texto. Essa ameaça bélica é ipatrocinada pela ciber-paranoia, que profetiza toda sorte de ciber-apocalipse e outras ciber-engodos para promover o medo. Não há registro de nenhum ataque de hackers que tenha colocado em real perigo, nem sequer em risco, as “infraestruturas altamente dependentes da Internet”.

Um novo espaço para a guerra e para a cultura da violência

Poder governamental vs. liberdade e direitos do cidadão

Mais um canal para ampliar a cultura da violência da atualidade


Fontes: WikiLeaks
              www.vermelho.com.br
              http://folhaverdenews.blogspot.com

4 comentários:

  1. Uma notícia de muita gravidade, que demonstra o alcance atual da tecnologia e também dimensiona a cultura da violência na atualidade.

    ResponderExcluir
  2. Enquanto Julian Assange, um ícone da liberdade de informação e do jornalismo mais independente na Internet, usava as webferramentas para defender a cidadania (direitos dos cidadãos e cidadãs diante do estado e do poder político ou econômico dos países ou das multinacionais), por oiutro lado, com esta permissão o Congresso dos Estados Unidos oficializa a Net War.

    ResponderExcluir
  3. São duas faces da mesma moeda ou da mesma tecnologia digital da atualidade, cabe às lideranças de cidadania se alertarem e mais uma vez fazerem prevalecer a liberdade de informação e os direitos fundamentais das pessoas diante do poder dos estados, dos governos, dos países, das megaempresas multinacionais. No caso, este blog e toda a luta pela liberdade e independência na Internet estão desde já alertando a população.

    ResponderExcluir
  4. Como a Internet é um meio de comunicação interativo, alternativo e com liberdade relativamente maior do que as outras mídias, é possível que possamos estabelecer no país, no planeta uma webrede do bem...

    ResponderExcluir

Translation

translation