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sábado, 5 de novembro de 2011

WWF FAZ 50 ANOS SALVANDO RINOCERONTES NA ÁFRICA

Salvando rinocerontes na África e várias espécies em toda a Terra, WWF busca salvar a vida

A ONG de conservação animal WWF transportou 19 rinocerontes-negros, ameaçados de extinção, para um novo habitat na África do Sul. Os animais tiveram que ser transportados por 1,5 mil quilômetros da Província do Cabo Oriental até a Província de Limpopo, no nordeste do país. Cada rinoceronte foi sedado e levado por um helicóptero, pendurado pelos tornozelos, até um veículo que o aguardava para o resto do trajeto. A nova técnica de transporte é mais eficiente para locais de difícil acesso: "Antes, os rinocerontes eram levados por um caminhão em trilhas muito difíceis ou suspendidos no ar com uma rede. Mas o novo procedimento é mais gentil com o animal porque ele fica menos tempo sob o efeito de drogas sedativas, sua respiração não é tão prejudicada e ele não precisa viajar por locais complicados", disse o veterinário Jacques Flamand, líder do projeto. Segundo os especialistas, o transporte com helicóptero leva menos de dez minutos. A operação aconteceu nesta semana e faz parte de um projeto desta ONG  - que  celebra nestes dias 50 anos de atividades -  para aumentar o número e a área de abrangência dos rinocerontes-negros no país, que são vítimas constantes de caçadores ilegais . Sete novas populações desses animais foram criadas em oito anos de luta por eles por parte de ecologistas da WWF.  Esta luta exemplifica bem o dia a dia deste meio século de dedicação à vida da natureza, cada vez mais ameaçada em sua sobrevivência, "isso significa também", comenta Padinha, editor do blog de ecologia Folha Verde News, "duas coisas, que o próprio futuro da vida da gente está  cada vez mais ameaçado também e que a WWF é fundamental para mudar esta situação-limite: mais meio de século de luta é pouco diante do desafio de agora".

Flamand da WWF cuida carinhosamente dos últimos rinocerantes daquele região da África

Transporte aéreo é mais rápido e menos agressivo...

...animais sedatos por somente 10 minutos

A luta da WWF e de todos os ecologistas é garantir o futuro da vida

Na água, no ar, na terra, em todas as formas de vida...

...que podemos conviver em equilíbrio e em paz

Diretor-geral da WWF faz balanço dos 50 anos 

Espécies que viraram ícones da preservação ambiental como a baleia, o tigre, o elefante e o urso panda foram salvas da ameaça de extinção graças ao incansável trabalho durante 50 anos da organização ambiental WWF. Conhecida por várias gerações pelo seu símbolo, o urso panda, a ONG comemora meio século de existência durante o qual foi uma das vozes líderes em defesa da preservação do meio ambiente.
"Várias gerações no mundo todo cresceram com a WWF, milhares de pessoas aderiram à nossa causa, conscientizadas da importância de preservar os recursos naturais", disse em entrevista à agência Efe o diretor-geral da WWF Internacional, Jim Leape, na sede central da organização em Gland, na Suíça.
Questionado sobre qual seria a maior conquista da WWF nestes 50 anos, Leape escolhe a introdução do conceito de "desenvolvimento sustentável", em 1972, junto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A existência desse conceito seria impensável sem a experiência de uma década de conscientização social que a WWF já acumulava.
Isto pode parecer uma conquista menor se comparada com a sobrevivência do urso panda ou com a campanha de 2010 para salvar o tigre asiático, que contou pela primeira vez com o compromisso de governos de todos os países que abrigam esta espécie, como China, Índia e Indonésia. No entanto, para Leape, a introdução do conceito de desenvolvimento sustentável na agenda pública representa um "ponto de inflexão" na maneira de abordar a conservação do meio ambiente, porque muita gente entendeu que o ritmo de crescimento voraz que marcou o século passado era "pão para hoje, mas fome para amanhã".
"Acho que podemos sentir orgulho de termos contribuído para criar uma consciência coletiva de que a proteção do meio ambiente requer um debate público sobre o desenvolvimento sustentável", afirmou Leape, que está há mais de 15 anos na WWF, seis deles no comando da entidade. Apesar de todo o avanço no árduo caminho para salvar o planeta, a WWF sustenta que não chegou nem à metade do percurso, pois para suprir as atuais necessidades energéticas e de consumo do mundo seria necessário mais meio planeta.
"Usamos ao ano 50% a mais dos recursos que o planeta pode fornecer de maneira segura para garantir sua regeneração", denunciou o americano, de 55 anos. Ou seja, ainda estamos muito longe de alcançar a meta do "desenvolvimento sustentável". Um dos efeitos mais nocivos do processo excessivo e voraz de crescimento do último século foi uma perda sem precedentes do número de espécies e de biodiversidade, que caiu em 30% desde 1970.
Mas nem tudo são más notícias no tema da conservação. Nestes últimos meses foi descoberta uma nova espécie de primatas no Brasil e, segundo um estudo recente da WWF, 90% do total de espécies que vivem no planeta - cerca de 8,7 milhões - ainda são desconhecidas. "É um dado assombroso e encorajador, mas a contrapartida é que o número de espécies que já desapareceram pela ação do homem e que nem sequer chegamos a conhecer é provavelmente maior", lamentou.
O passo fundamental para conseguir um mundo melhor, que atinja esse estágio ideal de desenvolvimento sustentável, que preservaria a riqueza e biodiversidade do planeta e garantiria sua regeneração natural seria, segundo Leape, a conversão para um mundo alimentado exclusivamente por energias limpas e renováveis. "Não só é possível, mas é algo absolutamente urgente e imperativo", explicou Leape, que chama de "dementes e cegos" os que ainda negam a mudança climática.
No entanto, o diretor da WWF - organização que emprega mais de 5 mil pessoas no mundo todo - é realista, e admite que os interesses das grandes companhias energéticas, especialmente as petrolíferas, são um grande empecilho para a "reconversão verde" do planeta. Após analisar tudo o que foi consquistado até o momento e à luz dos desafios que o planeta ainda enfrenta, Leape afirmou que nos próximos 50 anos a WWF vai ter que trabalhar mais duro do que nos seus primeiros 50 anos de existência como "catalisador da mudança".
"É uma ironia cruel que na comemoração do nosso aniversário, quando vemos tudo o que conseguimos juntos, termos que pensar ainda que precisemos fazer muito mais", afirmou. As emissões de carbono, a escassez de água, a poluição dos oceanos, o aquecimento global, a superexploração da pesca e a perda de biodiversidade são os problemas ambientais mais urgentes.Para o principal dirigente da WWF, estes são os indicadores do "desprezo com o qual o homem, em sua vida urbana e moderna, continua tratando a natureza". O homem, principal agente da violência da atualidade.

Fontes: BBC
             EFE
             Terra
             Folha Verde News

3 comentários:

  1. Em vez de fazer um discurso político, para marcar os 50 anos de luta pela ecologia da WWF, estamos mostrando uma das ações que está sendo feita nestes dias, o salvamento dos rinocerontes negros da África. Em meio século de atuação, esta grande entidade ambientalista tem salvo centenas de espécies animais selvagens, dando também à mais selvagem espécie - o homem - um exemplo de como podemos garantir o futuro de nossa própria vida.

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  2. Cada animal ou cada espécie que qualquer ecologista ou toda entidade séria como a WWF conseguem salvar ou preservar, isso significa que o ser humano está sendo digno da vida, que está cumprindo a sua função.

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  3. Como somos seres inteligentes, além de cumprir a nossa função, temos que descobrir e de praticar a nossa missão na Terra: para isso, o exemplo que nos dá a WWF é uma supervaliosa herança cultural neste meio século de atuação, 50 anos de amor à vida.

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