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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

MIDIA INTERNACIONAL DESTACA PROBLEMAS AMBIENTAIS DO BRASIL

Líder indígena nos States e entrevista com  Prêmio Nobel da Paz estimulam discussão

Sheyla Juruna. Divulgação
Juruna defendeu a ecologia, o direito dos povos da floresta e o desenvolvimento sustentável
Talvez para atenuar o impacto das declarações de Juruna, aumentando também a onda de visitas de lideranças e ativistas brasileiros, a mais recente foi a da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), representante do setor rural, assumidamente ruralista e também é presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), que desembarcou nesta semana nos Estados Unidos. Com paradas em Nova York e Washington, no roteiro reuniões com representantes do Congresso americano, do Banco Mundial e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), além de encontros com investidores e visitas a universidades. Mas o impacto deste visita ruralista não chegou a ter a mesma repercussão na mídia que as posições ambientalistas da integrante do Movimento Xingu Vivo Sempre, também por exemplo, falando da necessidade do Brasil investir em energias mais sustentáveis como a Eólica e a Solar, também, além de hidrelétricas menores e menos agressivas ao equilíbrio do meio ambiente.
"De certa maneira a visita de Juruna e outras lideranças aos Estados Unidos é uma busca por apoio moral ou  político, que pode se manifestar de diferentes maneiras, e também por apoio financeiro", disse à BBC Brasil Andrew Miller, coordenador da ONG Amazon Watch, que intermediou a visita da líder indígena Sheyla Juruna a Washington na semana passada. Juruna, líder do Movimento Xingu Vivo para Sempre, que se opõe à hidrelétrica de Belo Monte: como o governo brasileiro acabou não enviou representantes, a audiência se transformou em uma reunião informal. No entanto, Juruna e os outros integrantes da comitiva aproveitaram a passagem pela capital americana para manter contatos com ONGs e com a imprensa: "É preciso conscientizar as pessoas não só no nosso país, mas fora do Brasil também", disse Juruna aos repórteres.

‘Nenhum país trata tão mal os seus índios como o Brasil’

Rigoberta Menchú, líder socioambientalista da Guatemala, Nobel da Paz
Desde a adolescência, Rigoberta Menchú engajou-se na luta por melhorias sociais na Guatemala. Ainda jovem lutou por causas feministas, mas ganhou destaque mundial e o prêmio Nobel da Paz em 1992 pela reivindicação dos direitos de povos indígenas, dos quais descende. Ela foi entrevista pelo site brasileiro CartaCapital e as suas declarações repercutiram bastante, no país e também no exterior. Oriunda de uma família camponesa, Menchú superou a infância pobre e violenta marcada pela morte da mãe, pai e irmão torturados pelas forças do regime militar guatemalteco. Também envolvida com causas ambientais e melhoria nas condições de trabalho campestre, seu ativismo despertou a ira de círculos influentes, lhe rendendo diversas ameaças de morte. Presença garantida no 2º Fórum Global de Sustentabilidade do festival de música SWU, em Paulínia (SP), no dia 12 de novembro, Menchú conversou com o site de CartaCapital, por telefone. A ativista destacou, entre outros comentários, a relutância do Brasil em aceitar a resolução da Organização dos Estados Americanos (OEA), para suspender o licenciamento da Usina de Belo Monte até que as comunidades indígenas sejam consultadas. Além disso, segundo a Nobel da Paz, o Brasil é o País que mais negligencia os seus povos indígenas no mundo. “Os índios são os mais marginalizados da sociedade brasileira e o País se opõe às soluções debatidas no âmbito internacional. O Brasil permanece a nação mais conservadora na concessão de direitos aos povos indígenas.”
Na entrevista, Menchú também debate a indisposição de Israel e Palestina para chegar a um acordo de paz verdadeiro, o movimento mundial dos “indignados” e a necessidade de se realizar uma reforma econômica e social ampla capaz de melhorar a qualidade de vida da população do planeta, que se atualiza com a realização do G20 em Cannes, na França.
Enfim, dois destaques da mídia internacional e nacional destes dias, ambos, femininos, lideranças que vão à luta pela ecologia, pela criação do futuro da vida e da paz, nem só de escândalos e notícias negativas ou de violência vive o mundo agora. (Padinha)

Fontes: BBC
             CartaCapital
             Folha Verde News

2 comentários:

  1. Uma pauta positiva para o noticiário destes dias, entre muita violência, notícias de corrupção, escândalos, desvios do interrese público na cúpula mundial do G20 na Franca, enfim, estas duas notícias com mulheres líderes na Guatemala e no Brasil direcionam nossa energia para a criação do futuro ou pelo menos para mudar a atual realidade.

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  2. Estes dois sites aqui no nosso blog Folha Verde News destacados, BBC e CartaCapital, são dois que levam adiante a mídia mais independente, com valorização também da reportagem e de uma visão crítica ou cultural da realidade. Fazem valer a liberdade da informação na Internet.

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