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domingo, 6 de novembro de 2011

MAIS UMA RAZÃO PARA TOMAR SUCO NATURAL E NÃO REFRI


Fabricantes obrigados a reduzir nível de benzeno em três marcas de refrigerantes bem populares no Brasil

A repórter Carolina Pimentel, direto de Brasília, informa aqui em nosso blog de ecologia que as principais marcas de refrigerante light ou diet cítrico conterão menos benzeno nos próximos anos, substância que pode provocar câncer. Responsáveis por quase 90% do mercado brasileiro, as empresas Coca-Cola, Schincariol e Ambev comprometeram-se a reduzir a quantidade de benzeno em suas bebidas ao máximo de 5 ppb (partes por bilhão) ou 5 microgramas por litro, o mesmo parâmetro usado para a água potável. A meta foi acertada com o Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais, deve ser atingida até 2017 e vale para todo o país. O acordo chega dois anos depois que a Associação de Consumidores Proteste apontou alta concentração de benzeno em refrigerantes de diferentes marcas. Em 2009, a Proteste analisou 24 amostras de diversos refrigerantes e detectou a presença de benzeno em sete delas. Em duas amostras de bebidas cítricas – Fanta Laranja Light (da Coca-Cola) e Sukita Zero (Ambev) - o nível foi superior ao considerado tolerável para o consumo humano. Depois da pesquisa, o MPF começou a investigar o caso. Finalmente agora, medidas a bem da saúde dos consumidores: nos refrigerantes light, diet e zero, o benzeno surge da mistura do ácido benzóico com a vitamina C. Nos refrigerantes normais, esse processo não ocorre por causa do açúcar, que inibe a reação química, embora causa outros prejuízos à saúde, ainda que de menor gravidade. Estudos científicos de mais de três décadas atrás já apontavam que a exposição ao benzeno eleva o potencial de câncer e doenças no sangue. “Ele é tóxico e potencial causador de leucemia e outros tumores, dependendo da quantidade e do tempo de exposição”, disse o presidente da Associação Brasileira de Hemoterapia e Hematologia (ABHH), Cármino de Souza.

Contendo benzeno o refri pode causar...

..até câncer e problemas no sangue dos consumidores

Há outros problemas com os refrigerantes além do benzeno
A maioria das pesquisas avaliou públicos específicos, como trabalhadores dos setores petroquímico e de siderurgia que lidam diretamente com a substância. O médico explicou que ainda há pouca informação sobre os efeitos do benzeno na saúde da população em geral, mas advertiu que a menor  exposição a este agente químico diminui as chances de doenças sanguíneas. “Temos contato com benzeno diariamente. O ideal é zero, o mínimo possível”.
O benzeno está presente na fumaça do cigarro e dos carros. É também usado na fabricação de plásticos, borrachas e detergentes.
Para o procurador da República Fernando Martins, que conduziu as negociações, o acordo com a indústria foi a saída mais rápida para garantir a proteção da saúde dos consumidores. Segundo ele, se o caso fosse parar nos tribunais, poderia se arrastar por anos sem solução. “É uma questão que fica resolvida a partir de agora”.
O prazo de cinco anos, conforme Martins, serve para as empresas adaptarem o processo de produção, com o foco na redução do benzeno. Quem descumprir o compromisso, terá de pagar multa ou sofrer outras penalidades.
Em nota, a Ambev informou que já adota o limite da água potável em seus produtos. "A empresa reforça que trabalha sob os mais rígidos padrões de qualidade, em total atendimento à legislação brasileira e que seus produtos estão de acordo com o parâmetro adotado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), inclusive para a água potável”.
A Schincariol informou que vai continuar cumprindo as exigências das autoridades.  “A Schincariol assumiu o compromisso junto ao Ministério Público Federal na assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e, portanto, continuará atendendo normalmente às premissas exigidas pelas autoridades”, diz a nota da empresa.
Na página da Coca-Cola na Internet, a empresa informa que a presença de benzeno em bebidas não é ameaça significativa à saúde. Segundo a fabricante, órgãos internacionais reguladores da alimentação, como dos Estados Unidos e da União Européia, apontam o ar como a principal forma de exposição do  homem ao benzeno por causa da fumaça e queima de combustível dos carros nas cidades. “Alimentos e bebidas são responsáveis por menos de 5% da exposição total do ser humano ao benzeno”, conforme informações publicadas no site da Coca-Cola no Brasil.
As três empresas argumentam também que traços da substância nos produtos estão relacionados à quantidade de benzeno pré-existente na água. No Brasil, não existe limite de benzeno para os refrigerantes. A legislação sanitária prevê valor somente para a água potável, de 5 ppb (partes por bilhão), igual ao adotado pelos Estados Unidos. De acordo com a associação Proteste, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece em até 10 ppb a quantidade de benzeno para a água. Na União Europeia, é 1 ppb. Ou seja, é preciso ainda restringir mais este limite, a bem da saúde das pessoas.

Fontes: Agência Brasil
              http://folhaverdenews.blogspot.com

5 comentários:

  1. Esta matéria de advertência aos consumidores e aos fabricantes de refrigerantes é de muito valor, pena que - por pressão dos anunciantes - ela não venha a ter o necessário espaço na mídia: de toda forma, nos webespaços e sites de ecologia ou de saúde, esta informação está sendo divulgada, como uma forma de avançar o grau da saúde pública no Brasil e de alerta aos consumidores.

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  2. Vale destacar que as crianças e as pessoas mais sensíveis ou alérgicas e com baixa resistência orgânica são as mais suscetíveis de sofrerem os efeitos negativos do benzeno, que pode causar cânceres e doenças no sangue.

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  3. Diante da gravidade dos malefícios desta substância, ela deveria ser proibida ou substituída imediatamente e não, no prazo de 5 anos que foi dado pelos órgãos públicos às empresas fabricantes. O benzeno não está apenas alguns dos refrigerantes, existem outras fontes, isso não é uma atenuante e sim, agravante da situação.

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  4. Recebemos por e-mail do apicultor, técnico agrícola e ecologista Valdivino Franco, co comentário: "Diante destes fatos, mais do que nunca é necessário orientar aos consumidores e em especial as crianças que optem por sucos naturais e não refrigerantes, inocentes só na aparência".

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  5. Depois dessa notícia, nosso amigo do futebol Alexandre Bezzera nos telefonou dum barzinho onde aguardava um jogo pela TV e comentou: "Depois desse lance de benzeno, agora que eu vou mesmo tomar cerveja"...Não era bem este o objetivo da matéria, caro Bezerra, mas paz aí.

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