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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

CINEGRAFISTA DA BAND ASSASSINADO FEZ DOCUMENTÁRIO SOBRE VIOLÊNCIA

Gelson Domingos era prudente e experiente

Gelson Domingos, o cinegrafista da Band morto na manhã de domingo, sempre se destacou na cobertura de operações policiais em várias TVs, antes de vir a ser assassinado em operação contra traficantes no Rio.
Gelson Domingos se destacou pela cautela em operações policiais / Reprodução/ BandNews TV
Gelson havia sido premiado por um documentário sobre a violência
Ele foi morto por bala de fuzil que perfurou o colete de segurança e era reconhecido pela experiência e cautela no trabalho. Seu início na emissora aconteceu em setembro deste ano, quando foi escalado para participar do programa Brasil Urgente Rio. Ao lado do repórter Ernani Alves, produziu algumas das matérias mais importantes veiculadas neste período. Durante vários anos, ele trabalhou em diversas emissoras, sempre se destacando pelas coberturas de operações policiais. No ano passado, recebeu menção honrosa do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, na categoria TV, com o documentário “Pistolagem: Tradição ou Impunidade?”. Feito em parceria com o repórter Paulo Garritano, o material exibiu entrevistas com parentes de vítimas, pessoas perseguidas e pistoleiros e foi divulgado no programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, além de exibições em circuitos alternativos. O filme e o seu trabalho ficam como heranças culturais para o telejornalismo do Brasil e também para a luta por mudanças na realidade de violência, de que ele foi mais uma vítima. (Padinha)

Fontes: noticias@band.com.br
             http://folhaverdenews.blogspot.com

7 comentários:

  1. Urge uma ação dos mais variados setores e lideranças do país, tanto governamentais como da sociedade civil, para que todos juntos mudemos as condições atuais da realidade. A morte de Gelson Domingos, em operação policial contra traficantes em favela do Rio de Janeiro, pode vir a ser um marco para esta luta por uma realidade sem tanta violência como é hoje.

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  2. A luta para mudar a realidade não deve ser "contra a violência" e sim, estrategicamente "a favor da não-violência", o que não motivará reações mais violentas ainda e poderá acelerar a mudança da situação.

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  3. O Prêmio de Anistia e Direitos Humanos que o documentário do cinegrafista Gelson Domingos ganhou pode sim, eventualmente, ter sido uma das causas de ele ter sido atingido, se é que o tiro de fuzil que vazou o colete à prova de bala não tenha sido acidental.

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  4. O prêmio que o documentário de Gelson ganhou leva o nome de Vladimir Herzog, que foi um jornalista da TV Cultura assassinado pelos órgãos policiais da época da Ditadura.

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  5. Profissionais da imprensa que acompanham a polícia em operações de conflito deveriam utilizar coletes resistentes a tiros de metralhadora e fuzil. Entretanto, o uso desse equipamento no Brasil ainda é restrito ao Exército e às unidades especiais da polícia, explica o repórter especial da Folha Ricardo Bonalume Neto, especializado em história militar.

    Para ele, utilizar uma proteção mais resistente diminuiria os riscos tanto para os jornalistas quanto para os policiais. Ele ressalta, contudo, a importância de haver um rígido controle para que esses equipamentos não caiam nas mãos de traficantes.
    (UOL)

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  6. Nós da imagem, sempre estamos à frente para a captação da melhor imagem. Paz amigos.

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  7. NOTA OFICIAL - ARFOC-BRASIL - ARFOC-RIO

    Em razão da morte em serviço do repórter cinematográfico Gelson Domingos da Silva, da TV Bandeirantes, que acompanhava incursão policial na Favela Antares no último dia 6, a ARFOC-BRASIL e a ARFOC-RIO solicitaram a convocação urgente da COMISSÃO DE SEGURANÇA, prevista nas cláusulas 41ª e 55ª das Convenções Coletivas de Trabalho. O pedido foi encaminhado ao Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Município do Rio de Janeiro, ao Sindicato das Empresas de Radiodifusão no Estado do Rio de Janeiro e ao
    Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.

    No documento, as associações também solicitaram que as empresas de comunicação disponibilizem capacete e colete contra tiro de fuzil aos jornalistas que atuam em reportagem policial. Solicitaram ainda a retomada do Curso de Capacitação de Jornalistas para os profissionais que atuam em confrontos violentos e guerras, além do direito de se recusar a acompanhar incursões policiais quando julgar necessário.

    Cláusula 41ª e 55ª — COMISSÃO DE SEGURANÇA — Fica mantida comissão paritária integrada por representantes dos sindicatos profissional e dos SINDICATO DAS EMPRESAS DE RADIODIFUSÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO e do SINDICATODAS EMPRESAS PROPRIETÁRIAS DE JORNAIS E REVISTAS DO MUNICÍPIO DO RIODE JANEIRO para, em 10(dez) dias, se reunir com o objetivo de consensar sobre treinamento para jornalistas cujo trabalho seja em cobertura de assuntos policiais, locais ou de alguma forma relacionados com a temática
    de violência que deverá se realizar no prazo máximo de seis meses a contar da assinatura da presente Convenção Coletiva.

    Alberto Elias Guimarães Jacob Filho
    Presidente da ARFOC-RIO

    Paulo Dias
    Presidente da ARFOC-BRASIL
    http://www.arfoc.org.br

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