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domingo, 30 de outubro de 2011

JÁ SOMOS 7 BILHÕES EM TODA A TERRA

Celso Ming analisa o ser humano multidão

"Amanhã seremos 7 bilhões de seres humanos. E o bebê recordista tem tudo para ser um dos 51 nascidos por minuto em Uttar Pradesh, na Índia. A humanidade chegou ao primeiro bilhão em quase 120 milênios, no século 19; em mais dois séculos atingiu 6 bilhões, em 1999; e demorou somente 12 anos para completar o sétimo bilhão. As projeções das Nações Unidas (ONU) impressionam. Mantido o atual índice de natalidade de 2,5 filhos por mulher, como mostra o gráfico, em 2050 o Planeta abrigará 10 bilhões de pessoas e em 2100, quase 16 bilhões".


Esta imagem criada na Índia exemplifica o desafio da humanidade

Somente populações indígenas e aborígenes não crescem neste rítmo...
 "Alguns analistas aplicam a essa evolução o termo bomba demográfica. O demógrafo José Eustáquio Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, no entanto, vê no adjetivo crítica indevida, à medida que a enorme multiplicação de gente resulta de objetivos positivos fortemente perseguidos: queda da mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida (30 anos, em 1900; 69, hoje). Mas não dá para ignorar o acirramento de dificuldades atreladas ao surgimento de tantos novos consumidores. Uma delas é exposta pela divisão para Agricultura e Alimentação (FAO) da ONU: há 925 milhões de famintos no globo, quase cinco Brasis. Os preços dos alimentos saltaram 250% em 11 anos e devem subir mais. Para a FAO, a nova demanda exigirá a expansão da oferta mundial em 75% até 2025. E isso só se fará com enormes investimentos. Hoje já são 2,8 bilhões os que enfrentam séria falta de água doce. Além disso, pelos estudos da ONU, 1,4 bilhão se abastece de volume maior do que a capacidade de reposição natural dos reservatórios. Assim, em 2025, dois terços da humanidade teriam o abastecimento comprometido.
O que se passou com o petróleo talvez seja boa base de comparação. Em 1973 a cotação do barril ainda oscilava na casa dos US$ 3. Hoje, gira em torno dos US$ 100 e influencia a alta dos alimentos. Não renováveis, suas reservas mínguam e, há décadas, geram graves conflitos. A partir daí se pode imaginar o que virá se a água potável se tornar insumo ainda mais raro. A ordem bíblica “crescei, multiplicai-vos, enchei a Terra e sujeitai-a” prevaleceu até George Malthus (século 18), primeiro a questionar o equilíbrio entre expansão demográfica e produção de alimentos. A explosão populacional e seus desdobramentos não são o único fenômeno demográfico a provocar sérios impactos na economia mundial. O crescimento da população idosa, também. Hoje, em cada nove pessoas, uma tem mais de 60 anos; em 2050, será uma em cada cinco, aponta a ONU. Até lá, por exemplo, o Banco Mundial estima que o Brasil eleve gastos com aposentadorias de 11% para 16% do PIB. Para obter reequilíbrio entre índices de natalidade e mortalidade, a ONU calcula que a média mundial de filhos por mãe teria de baixar de 2,5 para 2,1. Ainda assim, haveria estabilização demográfica apenas no século 22, quando os habitantes da Terra já serão então pelo menos 10 bilhões de seres humanos". (Texto de Celso Ming, colaborou Gustavo Santos Ferreira)

Fontes: www.estadao.com.br
             http://folhaverdenews.blogspot.com

4 comentários:

  1. Já estamos chegando a 7 bilhões de seres humanos ou 7 bilhões de ...problemas: mais do que nunca é urgente uma gestão de desenvolvimento sustentável para alimentar e empregar toda essa multidão e ao mesmo tempo, preservar os recursos naturais da vida, cada vez mais escassos. O texto de Celso Ming analisa esta equação e nós todos, contemporâneos do futuro, temos que resolvê-la.

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  2. A luta para garantir a produção econômica, os alimentos e os bens essenciais a toda esta multidão tem que se equilibrar com o cuidado de preservação dos recursos naturais, com a ecologia e neste contexto do que precisamos preservar, nesta bomba de superpopulação, temos que nos lembrar também dos indígenas, dos aborígenes, que estão em extinção junto com a natureza, eles são as raízes do atual ser humano.

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  3. Assim como temos que lutar por gestão sustentável em todos os governos da Terra,m equilibrando economia com ecologia, temos também a nossa geração de preparar o ser humano que virá a ser: nesse sentido, temos que buscar uma nova maneira de viver, para isso, é fundamental analisar e respeitar o modo de vida dos indígenas, dos aborígenes e dos povos mais nativos e primitivos. Aprendendo com o passado, podemos criar o futuro.

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  4. Conhecido ativista das causas ambientais, o ator Robert Redford alerta: "projeto de indústria petrolífera em curso nos EUA pode poluir terras cultivadas e água potável". Informação do UOL Notícias.

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