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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

700 PRESOS POR MANIFESTAÇÃO PACÍFICA EM NOVA YORK

Protesto pacífico em Wall Street move os EEUU

Denise Chrispim Marin acompanhou ao vivo, pela Agência Estado, o maior protesto da organização Ocupar Wall Street que terminou domingo com a prisão de 700 dos cerca de 1.500 manifestantes que bloqueavam a ponte do Brooklin, um dos principais acessos a Manhattan, em Nova York. Nas últimas duas semanas, esse movimento pacífico contra os excessos econômicos e políticos das grandes corporações e do mercado financeiro dos Estados Unidos manteve-se concentrado no Parque Zucotti (ou Liberdade), na vizinhança da Bolsa de Valores de Nova York. Na tarde de sábado, o protesto tomara as vias espressas da ponte.
Respaldada pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, a reação da polícia, considerada antidemocrática pela população, chamou ainda mais a atenção do país (e de todo o mundo) para o movimento pacífico e de cidadania nos States. Trata-se de uma versão americana dos protestos em favor da democracia, no mundo árabe, e dos acampamentos contra o ajuste fiscal e a recessão, nos países europeus com risco de quebra. Ou das manifestações ecológicas no Brasil, contra a megausina de Belo Monte no Xingu ou por causa das reformas ruralistas no Código Florestal.

A prisão de manifestantes jovens e pacíficos contradiz a democracia dos USA?

Profissionais liberais, donas de casa e artistas também foram detidos
...os 700 presos tornaram-se um escândalo em NY



















Nos EUA, o foco está na ação de grandes companhias e de agentes do mercado financeiro, supostamente beneficiados até agora pela crise de 2008. Assim como nas manifestações da cidadania nos países árabes e na Europa, não há lideranças, e as decisões são ditadas pelo voto da maioria em assembleias, das quais qualquer um pode participar. Em Portugal, algo similar cresceu muito nos últimos meses.
A ocupação simbólica de Wall Street foi acompanhada por manifestações similares em Washington, em Los Angeles, em Boston, em Chicago, em Albuquerque e em Portland, realizadas no fim de semana. "É chegada a hora de os 99% serem ouvidos. Somos sindicatos, estudantes, professores, veteranos, famílias, empregados e desempregados. Somos de todas as raças, sexos e credos. Nós somos a maioria. Nós somos os 99%. E não vamos mais continuar silenciosos", resume o Ocupar Wall Street em sua página na Internet. Nas últimas duas semanas, cerca de 300 manifestantes do Ocupar Wall Street foram detidos durante os protestos no Parque Zucotti, aos quais se juntaram celebridades, como a atriz Susan Sarandon e o cineasta Michael Moore, e veteranos dos protestos contra a Guerra do Vietnã nos anos 70. Ontem, porém, a polícia de Nova York foi acusada de ter permitido o acesso dos manifestantes à ponte sobre o East River para, horas depois, iniciar a trabalhosa e demorada operação de prisão das 700 pessoas. Era uma armadilha. Os presos foram levados em ônibus para as delegacias, com as mãos presas por algemas de plástico. Liberados em seguida, responderão à Justiça por desordem pública. A prisão das centenas de manifestantes, entretanto, acabou sendo comparada ao pequeno número de encarcerados entre os responsáveis pela crise financeira de 2008. "A economia mundial tem sido arruinada por esses negociantes gananciosos. Porém, são os manifestantes que vão para a cadeia", disse o escritor Salman Rushdie, por meio do Twitter.

Fontes: www.estadao.com.br
             http://folhaverdenews.blogspot.com

2 comentários:

  1. Mirando-se no exemplo da sociedade civil dos Estados Unidos, a população brasileira também precisa ir às ruas para buscar uma alternativa de solução para casos de corrupção política ou de abusos e variadas formas de violência, também contra a ecologia e os interesses da Nação, como são o caso de megausinas nucleares, termoelétricas e hidrelétricas gigantescas como a de Belo Monte, no Xingu, na Amazônia ou ainda, para o Senado usar o mínimo de bom-senso e legitimidade para não transformar o Código Florestal em uma tragédia brasileira.

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  2. De agora em diante, quando as autoridades norteamericanas forem criticar dirigentes ou policiais de outros países, terão que pensar duas vezes: a polícia de Nova York agiu como numa Ditadura, os Estados Unidos falam em democracia, mas não a praticam: em que país do mundo afinal existe realmente a liberdade?...

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