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sexta-feira, 6 de maio de 2011

GREENPEACE ADVERTE QUE RURALISTAS PREPARAM VIRADA

Ambientalistas pedem continuidade da mobilização e Temer reconhece que liminar verde procede
"O adiamento da votação sobre o Código Florestal em Brasília foi uma vitória. Mas parcial. Os ruralistas voltam à carga semana que vem. Precisamos seguir alertas", informa o comunicado do Greenpeace: "Não
foi dessa vez. Mesmo após um forte lobby ruralista, o projeto que derruba ou fragiliza o Código Florestal acabou não sendo votado a 4 de maio, como queriam. Boa parte desta vitória em favor de nossas florestas deve-se às lideranças  e pessoas que atenderam ao nosso apelo e foram para as redes sociais, protestando contra a aprovação de um projeto de lei que abandona a nossa tradição legal de proteção da natureza e premia o desmatamento".

O mapa da mina de ouro: nossa última natureza

Arte do site estadão.com sintetiza  principais pontos em debate no projeto de mudanças do Código Florestal
Com certeza, neste elogio a lideranças e parceiros, é preciso incluir Marina Silva, dezenas de líderes Verdes, alguns políticos conscientes de outros partidos (Psol, PT, Frente Ambientalista) bem como de centenas de entidades e ONGs ambientalistas. Quando a nota do Greenpeace cita as redes na Internet, está falando também, claro, da RedePV, do Movimento Marina Silva, de blogs como Folha Verde News, de sites como SOS Florestas, Avaaz, WWF, Última Instância, Xingu Vivo e dezenas de webespaços em todas as regiões do país, agitando a defesa do ecodesenvolvimento, a alternativa para manter firmes as leis ambientais e apoiar o avanço econômico do meio rural, sem fragilizar a ecologia: em última análise, com um gradativo desequilíbrio ecológico cada vez maior  - sem os limites do Código Florestal -  a própria agricultura brasileira será enfraquecida e não terá futuro. (Padinha)
Vice-Presidente reconhece que liminar verde tem procedência e pode ser aprovada pelo STF

Segundo avalia ainda a comunicação do Greenpeace "foi uma aparição tardia da presidente Dilma nesta discussão, feita através da intervenção de seu fiel escudeiro, Antonio Palocci, Chefe da Casa Civil. Foi como se só de repente, o Governo tivesse se dado conta que na questão do Código Florestal, o que está em jogo é o país que queremos ser: o Brasil deve se preocupar com um modelo de desenvolvimento atrasado, de curto prazo, que aposta na devastação, ou virar uma Nação diferente, que concilia a prosperidade econômica do seu povo com a preservação ambiental?"...

"O projeto de Aldo, com o explícito patrocínio dos ruralistas, aposta no país do atraso e ameaça conquistas importantes, como a redução do desmatamento na Amazônia na última década e os compromissos do Brasil de redução das emissões de gases que provocam o aquecimento global.
Agora,  precisamos manter a pressão para que os governantes continuem se mexendo a fim de impedir que a bancada ruralista consiga finalmente realizar seu sonho de transformar o Brasil numa nação sem árvores. E sem futuro", conclui a mensagem do Greenpeace.
Enquanto isso, o Vice-Presidente da República dá entrevista ao jornal O Estado de São Paulo: ele acredita em acordo entre Governo, ruralistas e ambientalistas, propiciando um novo Código Florestal, comentando que foi um impasse entre ruralistas e ambientalistas em determinados pontos do texto que causou o adiamento da votação e não "nenhuma pressão de ninguém"...
Michel Temer, acredita num acordo sobre a proposta do novo Código Florestal: "Espero que consigamos votar a proposta nas próximas semanas e acho que teremos um acordo".
Temer considerou legítima a ação que o PV moveu no STF para adiar mais a votação do Código Florestal e se mostra favorável à posição de partidos, até da oposição, que pretendem levar no Supremo Tribunal Federal sobre o excesso de assuntos em uma mesma medida provisória. A oposição deve recorrer ao Supremo tendo como exemplo o texto que concedeu ajuda a estados atingidos por tragédias naturais. Ela foi chamada de "Árvore de Natal", a medida provisória recebeu emendas com diversos assuntos desconexos com o texto principal, como a emissão de títulos públicos e o auxílio ao Haiti. Agora, o texto com todas e tantas remexidas chegou a ser definido, pelo próprio relator Aldo rebelo, como "vestido de noiva": na verdade, como ele está parece mais uma "colcha de retalhos", como classificam alguns ecologistas.
"Quando fui presidente da Câmara, não permitia que as emendas que fossem estranhas ao texto entrassem na MP. O que não é possível é propor emendas fora do contexto, com quatro ou cinco assuntos diferentes", disse Temer, advogado muito respeitado antes de se transformar em parlamentar e Vice-Presidente do país.

Fontes: http://www.greenpeace.org/
             http://www.estadao.com.br/
             Agência Brasil
             http://folhaverdenews.blogspot.com/

2 comentários:

  1. A radicalidade do Greenpeace neste momento é a estratégia mais eficiente para encarar o esquema montado pelo lobby ruralista que, a título de defender a agricultura familiar ou a produção de mais alimentos ou até um crescimento da agropecuária, na realidade, está defendendo outros interesses dos grandes agronegócios, que incluem sim os agrotóxicos e a ameaça de desequilíbrio maior ainda da natureza, e não o ecodesenvolvimento, hoje, a necessidade maior no meio rural do Brasil.

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  2. Faltam menos de 96 horas para a votação do Código Florestal do relator Aldo Rebelo, ligado aos ruralistas, sendo que 48 horas destas, caem no fim de semana: também sob este ponto de vista do prazo exíguo vale a advertência dos ambientalistas. Mais ainda, o PV através de lideranças como Marina Silva, Alfredo Sirkis, Gabeira, Maurício Brusadin e cada um de nós - ouvindo todas as entidades e todos os setores que estão participando da luta - devemos também preparar uma estratégia de ação para a virada da semana.

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