Confira as declarações da líder nacional do ecodesenvolvimento
Acompanhada de deputados do Partido Verde e representantes da sociedade civil, a ex-senadora Marina Silva (PV-AC) respondeu nessa quinta-feira, dia 12, às acusações contra seu marido, o técnico agrícola Fábio Vaz de Lima, feitas pelo relator do projeto de mudanças no Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
“O que o deputado Aldo tenta fazer é dar sequência a uma onda detratora contra mim para desviar o foco de debate das ações criminosas que querem promover contra nossas florestas. O relator deveria resguardar sua posição de imparcialidade, frente aos interesses dos setores mais conservadores do agronegócio e até de algumas tribunas da imprensa que consideram irrelevante a defesa da preservação dos nossos recursos naturais”, afirmou Marina.
Estudantes contra a violência ruralista e a favor da verde Marina |
Leia as declarações dela |
“Quem fraudou o contrabando de madeira foi o marido de Marina Silva”, acusou Aldo, após se referir à manifestação da ex-candidata à Presidência da República no Twitter sobre as alterações promovidas pelo relator no texto do novo Código Florestal e apresentado em Plenário na hora da votação durante a noite da quarta-feira, dia 11.
“Estou no plenário da Câmara. Aldo Rebelo apresentou um novo texto, com novas pegadinhas, minutos antes da votação. Como pode ser votado?!”, disse Marina no microblog. O questionamento foi endossado pelo líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), que, na tribuna, expôs seu descontentamento com a iniciativa do colega do PCdoB de não seguir o que havia sido combinado com as lideranças partidárias e o Palácio do Planalto.
Depois que recebemos esse texto, o próprio deputado Aldo Rebelo disse que o texto havia sido modificado. Alguns líderes tiveram conhecimento dessas modificações, mas eu não. Tal fato me desobriga de votar em algo que não tive conhecimento”, disse o deputado Paulo Teixeira, ressaltando ainda trecho alterado sem sua anuência.
Sobre a declaração do deputado do PC do B de que teria evitado o depoimento de Vaz de Lima na Câmara, a ex-senadora declarou: “Nunca pedi nada a ele, quando exercia a liderança do governo na Câmara. Não lhe devo favor nenhum. Na época, eu, como ministra do Meio Ambiente, levei ao seu conhecimento apenas as informações corretas sobre a atuação do meu marido, uma vez que, desde 1999, ele não tinha vínculos com o Grupo de Trabalho da Amazônia (GTA), que é uma rede de 430 entidades de todos os Estados da Amazônia. Só isso servia para desqualificar a suspeita, já que as denúncias apócrifas referem-se ao ano de 2003. Ainda alertei-o de que as acusações eram retaliações dos descontentes com as correções de rota que eu promovera à frente do Ministério”.
As denúncias apócrifas, por fim encaminhadas ao Tribunal de Contas da União (TCU), colocavam sob suspeita a doação à Fase, uma das entidades vinculadas à GTA. Ocorre que Fábio Vaz de Lima nunca teve qualquer relação com a Fase. E, como já dito, desde 1999 estava desvinculado da GTA.
Importante esclarecer que aquela foi a primeira vez que o Ministério do Meio Ambiente firmava convênio com uma entidade da sociedade civil, a Fase, para dar destinação ao mogno apreendido na gestão anterior. O convênio foi aprovado pelo Ministério Público e chancelado por um juiz federal, pois a apreensão estava ajuizada. Com os recursos obtidos com a comercialização da madeira foi criado um fundo fiduciário que, até hoje, apoia projetos socioambientais na Amazônia, beneficiando as comunidades em que a madeira foi extraída ilegalmente. A comprovação da correta destinação dos recursos foi transparente e conta com o acompanhamento do Ministério Público Federal.
Marina reafirmou ainda que seu marido, Fábio Vaz de Lima, não teve seu nome citado em nenhuma etapa do processo de averiguação dessa doação. Disse ainda que todo o processo foi acompanhado pelo MP e que, por se tratar de uma iniciativa inédita em relação à madeira apreendida, o TCU apresentou recomendações para aperfeiçoá-lo.
Por fim, a ex-senadora concluiu: “De cabeça erguida, com a consciência tranquila, diante de Deus e dos homems, não vamos permitir que isso seja uma cortina de fumaça para sair do debate que interessa, que são os retrocessos promovidos na legislação ambiental brasileira”.
Fontes: http://www.minhamarina.org.br
http://folhaverdenews.blogspot.com/
http://www.redepv.ning.com/
Antônio de Pádua Padinha
ResponderExcluir13/05/2011
É aquele lance, a crítica ou a agressão, dependendo de quem vem, funciona como um elogio ou um estímulo ou serve para propagar ainda mais o nome e a luta de alguém como Marina Silva, sempre fiel aos pincípios da luta verde, ao contrário deste senhor que no desespero a ataca, ele que traiu a si mesmo ao se transformar no garoto propaganda dos ruralistas, dos megaagronegócios (disfarçados em agricultura familiar) e da indústria milionária dos agrotóxicos poluindo nossa natureza e financiando o lobby no Congresso. Aldo Rebelo perdeu a alma, Marina Silva avança cada vez mais em suas idéias e em suas práticas da luta verde e da sua vida, com cidadania e ética 24h por dia.
reginaldo
13/05/2011
Olá Marina, entre acreditar em você e o Aldo Rebelo, nem precisa perguntar. Esse cidadão está escrupuloso, desrespeitando as próprias orientações do seu partido para atender os interesses de grandes latifundiarios. Você tem o meu apoio nessa caminhada!
Carolina Schaffer
13/05/2011
Marina, você é uma mulher guerreira, maior exemplo político de luta pelas causas ambientais deste país..
Também estou com você!
FORÇA SEMPRE!
Simone Souza
13/05/2011
conte com meu apoio Marina! Exemplo de credibilidade,liderança, inteligência, perseverança.. estou com voce!
Os interesses do lobby querem acabar com Marina, a cabeça do movimento socioambientalista que está acabando com o jogo das mudanças a favor do agrotóxico e dos megagronegócios no Código Florestal. Lutando com estas armas da violência contra ela, mais ressaltam a sua ética e inteligência a favor do ecodesenvolvimento da Nação.
ResponderExcluirNOTA DE DESAGRAVO - MARINA SILVA
ResponderExcluir(13/05/2011 - 14:10)
Ontem este Plenário foi palco de uma situação aviltante para esta Casa. O Relator do projeto que altera o Código Florestal, o Deputado Aldo Rebelo, fez uma acusação caluniosa e injusta a uma das pessoas de maior respeitabilidade nesse País – a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva.
Na verdade, o Deputado foi duplamente injusto. Primeiro, acusou Marina Silva de usar seu twitter para dizer que o Deputado Aldo Rebelo havia fraudado o seu relatório. É uma inverdade. O Deputado foi mal informado. Marina disse que ele havia apresentado seu relatório e que nele havia “pegadinhas”. Em momento algum referiu-se a fraude. E ela tinha toda a razão. Havia pegadinhas, sim. Não apenas uma, mas várias, como troca de palavras para induzir esse Plenário a erro e desaparecimento de artigos inteiros.
Porém, o mais grave veio a seguir. O Deputado Aldo Rebelo, em uma demonstração de desequilíbrio e falta de preparo para o exercício de função tão importante, acusou o marido de Marina Silva de “fraudar o contrabando de madeira”. Mais uma inverdade. E pior, nesse caso ele não foi mal informado por assessores ou qualquer outra pessoa. Ele sabe que não é verdade.
Quando Marina Silva era Ministra do Meio Ambiente e combatia corajosamente o desmatamento ilegal da Amazônia e os crimes ambientais em todo país, foi alvo de calúnias, denúncias vazias e dossiês apócrifos, por parte daqueles que eram punidos pela ação do estado. O objetivo dessas ações era deter Marina Silva e parar o trabalho de investigação e combate a tais crimes. Na maioria dessas investidas, buscava-se envolver o nome do marido da ex-senadora. Um exemplo disso foi a tentativa de distorcer uma ação exemplar de destinação de centenas de toras de mogno apreendida, que Marina Silva comandou, quando Ministra do Meio Ambiente, logo no início de sua gestão.
O Ministério do Meio Ambiente havia feito um convênio com uma entidade da sociedade civil, a FASE, para dar destinação ao mogno apreendido na gestão anterior. Convênio aprovado pelo Ministério Público e chancelado por um Juiz Federal, pois a apreensão estava ajuizada. Com os recursos obtidos com a comercialização da madeira foi criado um Fundo que apoia projetos socioambientais na Amazônia. A comprovação da correta destinação dos recursos está disponível na internet para o escrutínio de todos e conta ainda com o permanente acompanhamento do Ministério Público Federal.
E o que o marido da Marina, Fabio Vaz de Lima, tinha com esse caso? Nada, absolutamente nada. Acusaram-no de participar indiretamente desse convênio como Secretário Executivo do GTA – Grupo de Trabalho Amazônico, uma rede de mais de 600 entidades da Amazônia à qual a FASE é ligada. Mas o marido da ex-Ministra, já havia deixado a instituição há quatro anos.
Denúncia vazia, covarde, feita por criminosos que queriam vingança contra quem comandava a ação do Estado para impor a Lei. Jornalistas investigativos de renome na mídia nacional foram apurar esses fatos à época e ficou evidente que a acusação era infundada. E o Deputado Aldo Rebelo sabia, pois, quando esses mesmos criminosos tentaram levar essa calúnia à CPI da Biopirataria, todos os fatos foram a ele relatados, como Líder do Governo à época, para evitar que esta Casa fosse usada para a ação de vingança de criminosos.
Portanto, Sr. Presidente, a bancada do PV quer deixar registrado esse Ato de Desagravo à ex-Senadora e ex-Ministra Marina Silva, atacada covardemente contra o que ela tem de mais caro – a sua honra. Entendemos que o ataque desferido por Aldo Rebelo contra a honra de Marina Silva e seu esposo atinge também a todo homem e mulher de bem de nosso país, todos que prezam e defendem a ética e a justiça nas relações humanas e, sobretudo, no espaço da política e da atuação do Estado. Portanto, nossa iniciativa não se destina a desagravar apenas essas duas pessoas, mas valores e princípios que devem ser a base de toda nossa organização social.
Bancada do PV na Câmara dos Deputados
e
Partido Verde