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segunda-feira, 6 de maio de 2024

A desertificação aumenta no Brasil em todas as regiões de monocultura ou de pecuária intensas: isso também causa desastres ambientais como enchentes ou secas, doenças e fome

Uma startup em Marrocos hoje está plantando no deserto para combater mudanças climáticas ou ambientais e para recuperar a ecologia das terras e dos rios sem o que as tragédias se repetem

 

Recuperar a ecologia evita tragédias como...

...enchentes, secas, fome, doenças também nas cidades

Jacopo Prisco, da CNN de Londres, nos envia relato sobre a Sand to Green e a agrosivicultura que evita a desertificação crescente em Marrocos e em todo o planeta, na África, na Asia, na América, um problema crescente, com 250 milhões de pessoas diretamente afetadas pela degradação de terras anteriormente férteis ou pelo desequilíbrio ecológico. Uma solução sustentável que evita tragédias do clima e do meio ambiente, recupera a ecologia da vida. Os desertos ou secas e enchentes afetam mais de um terço da superfície terrestre, segundo as Nações Unidas, desertos ressecam partes de África, América do Sul, sul da Europa, China e um terço do solo dos Estados Unidos, agora até na Amazônia brasileira. Recuperar terras áridas ou degradadas e transformá-las novamente em campos agrícolas poderá ser fundamental para garantir a capacidade de alimentar a população humana e de diminuir o índice de enchentes, secas, fome. A Sand to Green é uma startup marroquina que está transformando um deserto em uma plantação sustentável e que será além do mais rentável em cinco anos, segundo Wissal Ben Moussa, cofundadora e diretora agrícola.


Em muitas regiões do nosso país seca e desequilíbrio dos rios 

Há soluções sustentáveis em torno das cidades


“A desertificação é hoje o futuro de muitos países”, diz Wissal Bem Moussa: “A nossa solução é utilizar a agrossilvicultura para criar um novo tipo de agricultura que seja sustentável e que possa ser resiliente face às alterações climáticas”. O sistema pode ser implantado em qualquer lugar próximo a uma fonte até de água salobra (a Sand to Green dessaliniza usando tecnologia movida a energia solar). E assim com o recurso planta uma variedade de árvores frutíferas e ervas no mesmo espaço – uma prática conhecida como consórcio – e irriga suas raízes por gotejamento diretamente com água dessalinizada, para minimizar a evaporação e regenerar o solo, ajudando a recuperação da ecologia numa região, que sem isso será vítima de tragédia climática, ambiental e humana, como aliás está ocorrendo hoje em dia no Sul do Brasil, e a perda da ecologia é uma das causas principais além de fenômenos oceânicos ou meteorológicos. O solo é regenerado usando o que Sand to Green chama de “adubo verde”, uma mistura que inclui composto, biocarvão e microorganismos que ajudam o solo a “acordar”, segundo Ben Moussa. Biocarvão é uma forma de carvão que pode ajudar solos áridos a reter água. Isto permite que algumas ervas estejam prontas para colheita após apenas dois anos.Em ensaio de cinco hectares no sul de Marrocos, em prática desde 2017, Sand to Green testou uma variedade de plantas em busca dos melhores desempenhos. “Minhas três árvores favoritas são a alfarrobeira, a figueira e a romã”, diz Ben Moussa: “Elas são endêmicas nas regiões onde queremos implantar, têm alto valor agregado no que diz respeito à produção, mas também são muito resilientes”. Entre as ervas consorciadas que foram testadas com sucesso estão o alecrim, o gerânio, o vetiver e a citronela, que Ben Moussa descreve como “de manutenção muito baixa e margem muito alta”. 


Desastres climáticos e ambientais sacrificam populações e...

 ...os animais e as fontes de alimento na natureza

Reavivando deserto e recuperando a ecologia - Uma análise de 2018 da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação concluiu que a economia global irá perder US$ 23 trilhões até 2050 devido à degradação dos solos e suas consequências, enquanto a tomada de medidas urgentes custaria apenas uma fração disso, US$ 4,6 trilhões. A degradação dos solos ou a seca afetam 169 países, sendo a Ásia e a África os continentes mais atingidos. Os esforços para cultivar culturas em ambientes desérticos se espalham. O Centro Internacional de Agricultura Biossalina está cultivando superalimentos tolerantes ao sal no solo arenoso de Dubai, enquanto na Tanzânia, organizações sem fins lucrativos estão utilizando terra conhecida como diques para reter a água, de modo que possa penetrar no solo ressecado, permitindo a volta da erva. A Sand to Green está trabalhando agora para aumentar a escala para um local de 20 hectares, também no sul do Marrocos. Segundo a empresa, um local desse porte custaria cerca de US$ 475 mil para ser instalado e começaria a gerar retornos financeiros em cerca de cinco ano: “Com este sistema recriamos a biodiversidade, o que significa melhores solos, culturas mais saudáveis ​​e um maior rendimento além de evitar secas ou enchentes”, afirma Ben Moussa. “Nossa plantação pode gerar 1,5 vezes mais rendimento e, portanto, mais receita do que uma plantação de monocultura na mesma área”. 

Recriar a ecologia enquanto é tempo

Plantar nos desertos equilibra também os rios

Meio Brasil virando deserto desequilibra a natureza e causa seca, enchentes, doenças, fome

Quando comercializado, cada pedaço de terra será dividido em plantações que serão fornecidas como um “investimento verde”, diz Ben Moussa, com a Sand to Green cuidando de cada etapa, desde o início até a fruição. As receitas serão divididas entre os investidores e a Sand to Green. No início deste ano, a empresa arrecadou US$ 1 milhão em financiamento inicial e há planos para um projeto adicional de 500 hectares, novamente em Marrocos. Sand to Green afirma que suas técnicas podem ser usadas em países como Mauritânia, Senegal, Namíbia, Egito, na Península Arábica, em algumas partes dos Estados Unidos ou na costa mexicana ou na caatinga do Nordeste do Brasil: “Podemos ir a qualquer lugar do mundo, desde que tenhamos acesso à água ou possamos despoluir a água salobra”, diz Ben Moussa. Em ensaio de cinco hectares no sul de Marrocos, esta prática desde 2017 da Sand to Green está bem sucedida: é uma solução viável para recuperar o equilíbrio ecológico de uma região utilizar a agrossilvicultura que realmente é sustentável, podendo ser resiliente face às alterações do clima e do meio ambiente, evitando o pior, como as tragédias que descontrolam os rios e invadem as cidades.  

   

Recuperar a ecologia evita o desequilíbrio dos rios e as enchentes nas cidades, hoje cada vez mais eventos extremos

 

Fontes: CNN – ONU – BBC – folhaverdenews.blogspot.com

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