![]() |
A ecologista da Índia Surita Narain neste evento mostra a abertura da Sociedade de Jesus à causa socioambiental |
A Sociedade de
Jesus comemora desde 2ª feira, hoje também e nesta semana em Roma, através dum congresso mundial, seus
50 anos de compromisso com a justiça social e a ecologia, conforme informou a entidade no release deste evento. Este congresso,
realizado na Cúria Geral, a poucos metros do Vaticano, conta com a
participação de mais de 200 lideranças, não só religiosos mas pesquisadores e ativistas, provenientes de todo o mundo. Para você ter uma ideia, entre os convidados
estão Ismael Moreno, missionário comprometido em Honduras com o acompanhamento
da população local frente às multinacionais que a intimidam; o sacerdote Gregory
Boyle, diretor da Homeboy Industries, uma associação que recupera crianças
exploradas pelas gangues de Los Angeles; a ambientalista indiana Sunita Narain;
a jovem ativista sul-africana Noluthando Honono e o economista americano
Jeffrey Sachs, muitos jornalistas e ecologistas ainda desconhecidos mas atuantes em seus países.
![]() |
No Brasil estes temas e a própria busca da Justiça Ambiental são urgentes |
Durante cinco dias
os participantes estão estimulando uma análise de resultados e de projetos que tenham compromisso com os pobres, proposta oficial da Sociedade de Jesus, uma proposta lançada em
1969 pelo padre espanhol Pedro Arrupe, superior-geral dos jesuítas de 1965 a
1983 e figura-chave para a modernização da entidade em busca de atualizar suas lutas. “Santo Inácio nos
convida a ver este mundo partido, dividido”, afirmou o venezuelano Arturo Sosa, que é hoje o superior geral dos jesuítas, ao indicar que a entidade se une “a todas as
lutas pela justiça social, pelos direitos humanos, pelo equilíbrio ecológico,
pela superação da pobreza e pela promoção de uma vida digna e segura para todos
os seres humanos”. Esta atualização de conteúdo, como explicaram em
um comunicado, poderá fazer esta entidade atuar também junto à sociedade civil, os resultados obtidos, definirão os
principais desafios para o presente e renovarão seu compromisso com os
pobres e agora cada vez mais com a ecologia.
Justamente o tema
ecológico, a defesa da Casa Comum, como definiu o Papa Francisco, é uma das
prioridades do primeiro chefe católico latino-americano da história, por sinal, um jesuita, o que também explica a coincidência de temas. Depois de amanhã, na 5ª feira, véspera do encerramento, os participantes serão recebidos no Vaticano, que acaba de concluir o Sínodo da Amazônia, onde os jesuítas
tiveram um importante papel na defesa da floresta e seus habitantes. E deixaram aborrecidos governantes de países da América Latina que não têm muito interesse ou atuação nem na área da ecologia nem na ação social e humanitária.
Cabe aqui a questão: é exequível a Justiça Ambiental? - Um meio ambiente saudável é um direito universal. Embora esteja bastante difundida a ideia de que a crise ambiental é global, generalizada, estando todos igualmente sujeitos aos seus efeitos nocivos, seus impactos ambientais não são democráticos. A poluição e os riscos ambientais provocados por indústrias petrolíferas, mineradoras e pelo agronegócio, dentre outros empreendimentos, não atingem a sociedade de maneira uniforme. O modelo atual de desenvolvimento, baseado no crescimento ilimitado e, portanto, no uso intensivo de recursos naturais, somente se viabiliza porque distribui de forma desigual seus impactos negativos entre grupos historicamente vulnerabilizados. Populações negras, indígenas, pobres e trabalhadoras têm menos recursos políticos, financeiros e informacionais para se protegerem. É no território destes grupos que seguem sendo instalados os empreendimentos mais impactantes. Nesse sentido, ficam em perigo a saúde e os modos de vida dessas populações. Essa realidade provoca efeitos no campo, mas também nas cidades. Não se pode esquecer das favelas, da falta de saneamento e de estrutura na saúde pública, que complicam ainda mais a qualidade de vida da população por todo o Brasil e por vários lugares da América e do planeta.
(Este é um dos conteúdos que vamos debater na seção de comentários deste blog, confira também o vídeo em nossa webpágina hoje, com pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina sobre Justiça Ambiental)
Cabe aqui a questão: é exequível a Justiça Ambiental? - Um meio ambiente saudável é um direito universal. Embora esteja bastante difundida a ideia de que a crise ambiental é global, generalizada, estando todos igualmente sujeitos aos seus efeitos nocivos, seus impactos ambientais não são democráticos. A poluição e os riscos ambientais provocados por indústrias petrolíferas, mineradoras e pelo agronegócio, dentre outros empreendimentos, não atingem a sociedade de maneira uniforme. O modelo atual de desenvolvimento, baseado no crescimento ilimitado e, portanto, no uso intensivo de recursos naturais, somente se viabiliza porque distribui de forma desigual seus impactos negativos entre grupos historicamente vulnerabilizados. Populações negras, indígenas, pobres e trabalhadoras têm menos recursos políticos, financeiros e informacionais para se protegerem. É no território destes grupos que seguem sendo instalados os empreendimentos mais impactantes. Nesse sentido, ficam em perigo a saúde e os modos de vida dessas populações. Essa realidade provoca efeitos no campo, mas também nas cidades. Não se pode esquecer das favelas, da falta de saneamento e de estrutura na saúde pública, que complicam ainda mais a qualidade de vida da população por todo o Brasil e por vários lugares da América e do planeta.
(Este é um dos conteúdos que vamos debater na seção de comentários deste blog, confira também o vídeo em nossa webpágina hoje, com pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina sobre Justiça Ambiental)
![]() |
Este livro dimensiona esta questão em nosso país na atualidade |
Fontes: Terra - AFP - fase.org.br
folhaverdenews.blogspot.com
folhaverdenews.blogspot.com
Neste evento em Roma foi citada a ação no Brasil da entidade Fase. Veja um resumo a seguir.
ResponderExcluir"Além de denúncias, a Fase colabora para o fortalecimento de alternativas que apontem para outro tipo de desenvolvimento, como a agroecologia e as realizadas por grupos de mulheres. Desenvolve ainda estratégias de articulação entre a sociedade civil, integrando redes e fóruns como: a Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA), a Rede Brasileira pela Integração dos Povos (REBRIP), o Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social (FMCJS), o Comitê em Defesa dos Territórios frente à Mineração e o Grupo da Carta de Belém (GCB)": comentário extraído de notícia sobre o evento da Sociedade de Jesus se abrindo para a sociedade civil dentro da busca da ecologia e da justiça social.
ResponderExcluirMais tarde, aqui nesta seção, mais informações, aguarde nossa edição de comentários e venha conferir depois, OK?
ResponderExcluirVocê pode colocar direto aqui a sua opinião, se preferir envie sua foto, charge, notícia, vídeo, o seu conteúdo enfim pro e-mail do editor deste blog padinhafranca603@gmail.com E aí mais tarde postaremos aqui sua mensagem também.
ResponderExcluir"Interessante que uma entidade religiosa, no caso, católica, inspirada nas atitudes do Papa Francisco, que também é jesuita, se abra para a sociedade civil e a busca de soluções para os problemas que hoje envolvem a ecologia, a violência social e a justiça ambiental": comentário de Mário Santos, de São Paulo, economista voltado ao Desenvolvimento Sustentável.
ResponderExcluir