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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

ELA VOLTOU? A REVISTA VEJA E ARTISTAS DETECTAM UMA NOVA FORMA DE CENSURA NO BRASIL AGORA NUM TEMPO EM QUE A LIBERDADE DA INFORMAÇÃO HOJE É TÃO ESSENCIAL COMO A ÁGUA PARA A VIDA

É proibido proibir? A censura volta a assombrar as artes e a cultura enquanto a mídia já teme ficar sem a livre informação o que é sinônimo de silêncio: hoje em dia governo já cerceia a liberdade cultural freando repasses e impedindo o uso de espaços públicos a quem tenha posições ou ideias diferentes das governamentais ou oficiais: pode isso, Arnaldo?


 Arte contemporânea sobre um velho problema



No site e na revista Veja, Fernanda Thedim e Fernando Molica fazem matéria sobre dificuldades atuais no país à liberdade artística, destacando também manifestação da atriz Fernanda Montenegro no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Aqui no blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News a gente posta um vídeo sobre a liberdade de informação: alguns meses atrás, em Berkeley, conhecido por ser o berço da liberdade de expressão, Ann Coulter sofreu repressão por ter marcado uma palestra na Universidade UC Berkeley, acabou cancelando sua participação por medo de violência que seria provocada por estudantes nessa situação e então, Gavin McInnes, da Rebel Media, não perdoou e viajou até Berkeley para apoiar Ann Coulter, independente das eventuais diferenças de pensamento. Nesse vídeo, gravado nos protestos de Berkeley, ele nos dá uma lição sobre a importância da liberdade de expressão, por sinal a primeira emenda à Constituição dos Estados Unidos. No Brasil, bem, no Brasil já temos um know how de limites ou até de repressão, como escrevem agora os jornalistas da Veja. A tesoura dos censores podou as asas da produção artística brasileira na antiga ditadura de Getúlio Vargas e depois seguiu firme em sua missão de retalhar a liberdade até afiar-se como nunca durante o regime militar, cortando e vetando mais de mil livros, filmes e peças entre 1964 a 1986. Com a Constituição de 1988 (que pela primeira vez ficou proibido proibir por lei) as coisas estavam mudando, porém, agora em pleno 2019 (era da liberdade da webinformação) autoridades governamentais voltaram a deixar o mundo das artes em estado de alerta, sendo que (como analisa a matéria) "a nova censura" tem feições diferentes: "ela não é explicitamente institucionalizada, mas costurada nos bastidores de órgãos alimentados por dinheiro federal e já produz resultados mensuráveis. Aos 90 anos, a mestra da arte, atriz Fernanda Montenegro resumiu em um desabafo: “Nunca imaginei chegar a este momento da minha vida com este cerceamento existencial tão grande em torno de nós, artistas”.



 Fernanda Montenegro se manifestou pela liberdade cultural num país que precisa ainda criar seu futuro


Um balanço do Observatório de Censura à Arte, que mapeia o Brasil inteiro movido por denúncias de artistas que se veem alvo, registrou até agora 23 casos em que a tesoura oficial entrou em ação neste ano. Na mira estão produções que não soam apropriadas ao Governo ou algo parecido. “A gente não vai perseguir ninguém, mas o Brasil mudou. Com dinheiro público, não veremos mais certo tipo de obra por aí”, comentou o próprio Presidente da República. A fala não esconde o objetivo de brecar expressões artísticas que não se afinem com um determinado padrão, modelo ou filtro e até um tal de Roberto Alvim, hoje diretor da Funarte, fundação federal de fomento às artes, corrobora em documento interno ao qual jornalistas da revista em foco tiveram acesso: “A arte hoje se coloca como puro veículo panfletário de uma ideologia esquerdista altamente nociva ao imaginário de nossos cidadãos, é preciso que o governo atue firme e propositivamente na área da cultura". Este cidadão apenas não quis responder (talvez por autocensura) sobre um detalhe: ele planeja criar uma companhia pública de teatro. Sem comentários. 

 Arte do Observatório de Censura à Arte


(Confira na seção de comentários do blog da gente outros trechos e informações da Veja edição 2656 de 16 de outubro de 2019 sobre esta volta da repressão cultural, por enquanto não tão explícita como nos governos ditatoriais porém, implícita em várias situações do momento em que ela se apresenta também num novo formato de censura empresarial: esperamos que ela não invada as plataformas digitais da livre comunicação, essencial para a gente criar o futuro do nosso país e da vida)



Arte sobre o artigo da Constituição Brasileira em vigor que garante a liberdade de expressão

Nesta edição do blog do movimento ecológico, científico, da cidadania e da não violência a gente opta por um enfoque menos específico, postando aqui fotos, charges, artes e mensagens a favor da liberdade de expressão, um dos direitos fundamentais que o ser humano espera conquistar agora no século 21, também por aqui no Brasil, não vamos nem colocar legendas nesse material a seguir, nem precisa.




 
 









Fontes: veja.abril.com. br - Universidade UC Berkeley
folhaverdenews.blogspot.com


9 comentários:

  1. Art. 5, inc. IX da Constituição Federal de 88
    Constituição Federal de 1988
    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença

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  2. Logo mais, mais tarde, vamos postar aqui nesta seção do blog da gente outros trechos da edição destes dias da Revista Veja, citada nesta postagem, bem como outras inbformações e comentários sobre o tema censura ou liberdade de informação: aguarde a nossa edição e venha conferir, OK?

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  3. "Hoje a liberdade de informação é tão essencial como a água para a vida": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, ecologista e editor deste blog do movimento ecológico, científico, da cidadania e da não violência.

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  4. Você pode por aqui sua informação, mensagem, opinião ou notícia, se preferir, envie seu conteúdo pro e-mail do nosso editor que depois postaremos aqui aqui, OK? Mande então para padinhafranca603@gmail.com

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  5. Aguarde nossa edição de comentários em breve aqui.

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  6. "A varredura se faz sentir de forma acentuada na Ancine, que regula e financia a produção audiovisual no país. As coisas ali andam devagar quase parando em razão do desmantelamento da máquina e do freio ideológico. Neste 2019, a agência lançou só dois editais, somando 37,2 milhões de reais — escassos 3,3% do investido em 2018, com seus robustos 25 editais. O último dessa nova era foi cancelado em agosto: destinaria verbas a séries, algumas com temática LGBT. Na segunda-feira 7, a Justiça mandou o governo voltar atrás. Em espaços culturais que vivem de dinheiro público, acumulam-se histórias de produções que já haviam sido aprovadas e, mesmo assim, estão sendo limadas. A dez dias da estreia da premiadíssima Caranguejo Overdrive, ela foi riscada da programação do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no Rio de Janeiro. Ninguém explicou nada”: comentário de Marco André Nunes, diretor de "Caranguejo Overdrive".

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  7. "Tudo o que se sabe é que a peça de Marco André Nunes tece crítica à história do Brasil e insere aqui e ali cacos bem atuais, da Amazônia às milícias": comentário extraído de matéria da revista Veja desta semana;



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  8. "O poeta e dramaturgo Geraldo Carneiro assustou-­se ao receber recado inesperado do produtor da peça Iago, inspirada num clássico de Shakespeare e adaptada para o teatro Sesc Copacabana (sim, a instituição é beneficiada por repasses federais). Antes da estreia lhe exigiam que trocasse o texto do catálogo, em que cutucava o governo sem dar nomes. “Eu me recusei. Aí eles simplesmente tiraram o texto. Eu me senti na Idade Média”, dispara Carneiro. Na Caixa Cultural, à frente de espaços também irrigados com verbas oficiais em sete capitais, três peças foram removidas da programação em setembro — uma tinha um personagem homossexual, outra incluía um trans e a última, para crianças, falava de ditadura e, ironia do destino, censura": comentário extraído também da revista e site da Veja.

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  9. "A Caixa passou a considerar fortemente o posicionamento político dos artistas, sua movimentação nas redes e “muitos detalhes” sobre cada obra. “A ordem é caçar qualquer sinal estranho, até achar”, conta. Mas a Caixa Cultural e o CCBB afirmaram nortear-se por critérios técnicos em suas escolhas": comentário de um funcionário da Caixa que atua na triagem mas que preferiu preservar sua identidade, "para não perder o emprego".

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