Índios Cayapós foram os primeiros moradores da região entre a Serra da Canastra e Ribeirão Preto: a informação foi confirmada pelo arqueólogo Paulo Eduardo Zanettini que fez a descoberta das provas em pesquisa que ele realizou ainda a partir da década de 70 mas que só agora mais recentemente começa a ser valorizada
|
Os Cayapós são o povo nativo desta macrorregião... |
|
...desde a Serra da Canastra até as cidades do nordeste paulista e do sudoeste mineiro no Chapadão do Bugre |
|
Há índios sendo contatados só agora mas na Amazônia |
Este estudo foi destaque em matéria de Pedro Gomes na revista e no site Revide, informando que integrantes da tribo de índios Cayapós estão entre os primeiros moradores desta macrorregião. Segundo Paulo Eduardo Zanettini, arqueólogo, os
itens ou artefatos encontrados em vários lugares desde a Serra da Canastra, onde nasce o Rio São Francisco, até onde está hoje a cidade de Ribeirão Preto indicam que existe vida na região
há mais de 13 mil anos. As heranças dos últimos 2 mil anos sobrevivem: “A região tem sido pesquisada há muito tempo, mas só há 40 anos os
primeiros indícios das primeiras civilizações foram encontrados. Nós achamos
gravuras, cerâmicas e artefatos utilizados pelos ancestrais, mas sabemos que
muito foi perdido na época dos bandeirantes e exploradores”, afirma Zanettini. Este arqueólogo tem a certeza de que dezenas de etnias viveram nesta região, todas
convivendo ao mesmo tempo. Há indícios de índios Carajás, Botocudos, Terena, Caincangue...Em Ribeirão, os itens e artefatos de Cayapós foram encontrados na
construção de um cemitério, debaixo do asfalto e em uma fazenda. “Esperamos
descobrir mais sobre a história. Não é surpresa sabermos que existiu muita vida na
região, mas é uma pena que isso tenha se perdido com a colonização. No Brasil há relatos de vida a cerca de 20 mil anos atrás, mas oficialmente
pelos estudos científicos, os vestígios mais antigos são de Monte Verde, no
Chile, com 14,5 mil anos".
|
Caiapós ou Kayapós ou Coroados ou Coroás |
|
Cacique Raoni é o líder Kayapó de todos índios hoje no país... |
|
...uma etnia considerada como povo guerreiro |
|
Últimas aldeias pelo interior de São Paulo e Minas onde... |
|
...em algumas cidades ainda resquícios da arte indígena |
A macrorregião entre o Chapadão dos Bugres (onde hoje ficam as cidades do Triângulo Mineiro) e Ribeirão Preto foi habitada originalmente pelos índios
Cayapós, tribo indígena que pertencia ao grupo linguístico Jê (chamados de
Tapuias pelos índios Tupis do litoral). Eles são conhecidos também pela grafia Kayapós ou por algumas outras denominações como Coroados ou Coroás. No meio das florestas e dos campos
imensos, o povo Cayapó se dispersava por algumas aldeias onde cultivavam pequenas
plantações de milho e mandioca. Como grupo semi-nômade, viviam ainda da caça,
da pesca, da coleta de mel e frutas nativas como a jabuticaba, o araçá e o
maracujá. Eles segundo as pesquisas de Zanettini confeccionavam utensílios para o trabalho e objetos de
cerâmica, como as igaçabas (urnas funerárias), ali colocavam os mortos para
serem enterrados. Cada indivíduo possuía os seus próprios objetos para caça (arco
e flecha), mas as terras e todas as plantações pertenciam ao coletivo. Os homens é que desbravavam o mato, preparavam a terra para a plantação, construíam as canoas, eles pescavam e também caçavam, cabendo às mulheres cultivar a roça, fabricar a farinha, elas cozinhavam e cuidavam das
crianças.
|
Anhanguera é memória viva na macrorregião... |
|
...caminho de entrada pro sertão em torno dos rios... |
|
...e dos chapadões mais remotos |
|
Mapa da época dos Bandeirantes localiza: veja a terra dos Cayapós |
Segundo os historiadores, em busca de
índios, para serem vendidos como escravos, e também buscando ouro ou diamante e pedras preciosas, grupos de homens
originários da Vila de São Paulo de Piratininga (atual São Paulo), conhecidos
como paulistas ou bandeirantes, começaram a desbravar o interior do estado a caminho do sertão de Goiás, chegando primeiro por aqui na macrorregião. Chegavam de surpresa, atacavam as aldeias dos índios ou os chamavam para
luta aberta nos descampados. Dispondo de armas de fogo e ajudados por outros
índios, seus aliados, prenderam milhares de Cayapós, obrigando as suas populações remanescentes a deixarem esta região, fugindo então para outras regiões como Goiás e Mato Grosso. Um dos mais citados Bandeirantes por aqui, que iam para o sertão em busca de ouro foi
Bartolomeu Bueno da Silva, apelidado pelos índios com uma palavra que quer dizer
“diabo velho”. Esta palavra diz muito e é Anhanguera, hoje, a rodovia que corta todo o nosso interior.
(Confira mais informações ou mensagens e opiniões mais tarde na seção de comentários aqui no blog da ecologia e da cidadania, também no vídeo que postamos canção sobre a relação do povo nativo com a natureza)
|
Cayapós na raiz do nosso povo bugre do interior... |
|
...desde a nascente do Rio São Francisco na Serra da Canastra |
Fontes: revide.com.br
folhaverdenews.blogspot.com
Txaná Ikakuru é a música que está no videoclip hoje, para ilustrar uma aproximação entre os indígenas e o povo das cidades, o índio usa um violão para cantar um louvor à natureza.
ResponderExcluir"Venho lá da floresta O meu canto é de amor Sou um índio mensageiro Mensageiro do amor Ehehe ehehe ehehehehe.... Peço à mãe Rainha Toda hora todo dia Para trazer a cura E a nos dar muita alegria Ehehe ehehe ehehehehe.... No meio da floresta junto com os meus irmãos Vou falar com o coração Essa é a minha tradição Ehehe ehehe ehehehehe.... Venho lá da floresta O meu canto é de amor Sou um índio mensageiro Mensageiro beija-flor": está é a tradução da canção indígena que está no vídeo, nos foi enviada por Daniel Rodrigues que tem contato direto com índios Pataxó e Terena.
ResponderExcluirMais tarde estaremos postando aqui mais informações e também opiniões e comentários, aguarde e venha conferir depois a edição desta seção, OK?
ResponderExcluirVocê pode participar e colocar direto aqui seu comentário ou se preferir, mande uma mensagem pro e-mail do editor deste blog que aí a gente posta aqui para você: envie o seu conteúdo para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"O meu povo mais antigo era indígena, se uniram a famílias de imigrantes do café, então eu acho que sou bugre": comentário de Carlos Flávio de Souza, de Sacramento (MG): a mensagem dele foi a 1ª que recebemos, mande a sua também, participe desta edição e da luta cultura para revalorizar os povos indígenas.
ResponderExcluir"Meu pai cristão novo, judeu africano, minha mãe e meus avós do lado materno, imigrantes italianos, já a minha avó paterna, Cayapó, assim eu sou descendente também destes índios, o povo nativo da região da Serra da Canastra ao interior de São Paulo": comentário de Antôniio de Pádua Silva Padinha, ecologista, editor deste blog.
ResponderExcluir"Esta matéria vem completar uma série de informações para mim e muita gente, a EPTV no programa Nossa Gente mostrou bem as origens indígenas do nosso povo e agora esta postagem dá mais dados, importante para todos respeitarmos a cidadania mais original do Brasil, os índios": comentário de Maria Helena Bastos Freire, de Campinas (SP), médica, que diz que seus familiares têm origem portuguesa, "temos também um pouco de sangue indígena, da época do café".
ResponderExcluirSou da região de Governador Valadares Minas Gerais , Vale do Rio doce e minha mãe falava que minha bisavó foi pegada no laço e era de origem bugre.
ResponderExcluir