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| Existe jeito e tecnologia mas não há gestão ambiental... |
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| ...nem no norte de Minas nem em Jequitinhonha... |
A gente aqui do blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News conferiu o podcast da CBN em que o repórter Mickael Barbieri noticia que o Norte de Minas Gerais já está muito seco, também o Vale do Jequitinhonha, há risco de racionamento de água nestas regiões e as queimadas complicam a situação de emergência ambiental. A situação é tão grave que já está agendado um rodízio desde agora para março de 2020. Barbieri não falou na reportagem sobre alguma gestão socioambiental especial das autoridades governamentais, não falou porque não há uma providência ou gerenciamento emergente nem estrutural, o povão pede chuva a Deus e espera que as duas ou três frentes frias que chegam ainda neste mês ao Sudeste, abençoem Minas com alguma umidade. Vai se esperar pelas chuvas da Primavera entre o final de setembro e o começo de outro, ou seja, mais 30 ou 40 dias no sufoco da seca.
O período de seca começou oficialmente em agosto, mas 140 cidades mineiras já
decretaram situação de emergência por causa da estiagem em 2019. As regiões
Norte e Vale do Jequitinhonha concentram as seis cidades que estão há mais
tempo sem chuva. Em Montalvânia, para se ter uma idéia, não chove há 117 dias, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. Os
moradores relatam que nem a volta da chuva resolveria os problemas imediatamente.
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| Por enquanto só o caminhão pipa quebra um galho |
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| Até o Velho Chico está secando e só Deus tem acudido |
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| Além de ações emergentes urgente gestão ambiental e providências estruturais como despoluição e revitalização de rios, córregos e nascentes da Bacia do Rio São Francisco e Jequitinhonha |
No Norte e no Vale do Jequitinhonha, a Companhia de Saneamento de Minas, a Copasa, já realiza racionamento e rodízio em dez cidades. Em Ibiracatu, caminhões-pipas abastecem a comunidade e os moradores reclamam dos transtornos. "Aqui não tem rio, o trem é seco demais e a região já está parecendo uma tábua de pirulito de tanto perfurar poço, fura, fura e não tem água. Quando chegam as chuvas quem capta água fica bem, agora que não capta até o poço repor, aí demora". "Quem tem mais vasilhas enche mais, quem não tem enche menos. E pode ser que agora em setembro eles comecem a fazer aquele esquema em que desligam e fica regulando a água" falaram moradores daquela região ao repórter Mickael Barbieri.
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| Até quando chegar uma primavera de verdade no país |
Segundo uma pesquisa feita a pedido do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, o Norte de Minas há potencial para uso de água subterrânea. O recurso disponível representa 20% do volume da Hidrelétrica de Três Marias, uma dos maiores do Brasil. Mas enquanto está água não é captada como deveria ser e assim não há solução definitiva ou sustentável, a bem da economia, da ecologia e da saúde pública, a Defesa Civil Estadual atua só na distribuição de água às prefeituras que decretaram situação de emergência. Esse auxílio porém apenas vai começar no fim de agosto e é individualizado para a população, como comenta o tenente-coronel da Defesa Civil, Flávio Godinho. "Dentro do padrão da ONU, que são 20 litros por pessoa, a gente vai de casa em casa. E aí a gente tem um controle através de um QR Code para não haver extravio e não favorecer o que seria até uma indústria da seca que nem acontece no Nordeste do país".
(Confira depois mais tarde mais informações e atualização na seção de comentários deste blog e no vídeo hoje por aqui tem a Seca Verde, música de Zezé Di Camargo e Luciano que tem tudo a ver com a situação em foco)
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| Rio São Francisco na pior seca em 50 anos |
Os efeitos da estiagem também são sentidos perto da capital. Na Bacia do Rio Brumadinho pós tragédia ambiental e em Entre Rios de Minas, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas já declarou situação crítica de escassez hídrica e restringiu as outorgas de captação. Já na Região Metropolitana poderá ter racionamento e rodízio a partir de março do ano que vem. Esta informação já está circulando desde já porque o que aconteceu em Brumadinho interrompeu a captação de água do Rio Paraopeba. Por sinal, a Vale já se comprometeu a construir uma nova captação do Paraopeba em um ponto 12 quilômetros acima de onde ocorreu o rompimento. Mas esta captação ficará pronta apenas em setembro de 2020, isto é, não vai ser nem nesta Primavera, só na outra. Mais: o Sistema Paraopeba é o principal abastecedor da Grande BH. Neste início de período seco, ele opera com 63% da capacidade total. O volume, apesar de satisfatório, está caindo desde maio deste ano. Belo Horizonte fica feio com essa seca. "Se chover como no Rio e em São Paulo nestes dias, aí, beleza, melhora um pouco tudo", me fala por telefone Rafael Moreira, que estuda na PUC de Minas: "Estou toda hora consultando o site Climatempo prá ver se vem uma chuvinha, das autoridades não espero nada". Só mesmo a natureza ou Deus contra esta seca brava.
Fontes:
cbn.globoradio.globo.com - Climatempo
folhaverdenews.blogspot.com












Mais tarde, aqui nesta seção edição dos comentários, já recebemos mais informações e mensagens, aguarde e venha conferir por aqui depois.
ResponderExcluirVocê pode por aqui sua mensagem ou se preferir mande o seu conteúdo pro e-mail do editor deste blo que aí depois postamos aqui para você, mande para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Uma vergonha em Jequitinhonha": comentário de Rafael Moreira, estudante da PUC de Minas em BH, a 1ª mensagem que nos chegou aqui ao blog, venha depois conferir mais dados e opiniões aqui, OK?
ResponderExcluir"Vi agora no Jornal Hoje com o repórter Mauro de Anchieta, de Salvador, mostrando evento ambiental com palestra de Carlos Nobre em Salvador, o que este meteorologista falou na Bahia bate com a situação de Minas Gerais": comentário de Felícia Alves, do Rio de Janeiro, escrevendo ainda que "chegou uma chuvinha leve aqui na serra, espero que ela vá até onde está mais seco".
ResponderExcluir"Precisa mesmo de chuva, fui de Franca na divisa com Minas para Sacramento, que fica os pés da Serra da Canastra e na estrada vi muitas queimadas, o fogo comendo as montanhas": comentário de José Derrussi, que foi gerente de banco e hoje faz um trabalho social nesta região.
ResponderExcluir"Poxa, este música do Zezé Di Camargo e Luciano tem uma letra forte e diz muito sobre o que anda acontecendo com o nosso velho Rio São Francisco, que precisa ser recuperado para dar água e peixe pro interior todo do Brasil": comentário de Flávio Silva Assunção, engenheiro agrônomo, de Itaú (MG).
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