Duke University fez levantamento deste drama nos USA |
Nos Estados Unidos, o uso de água para fraturamento hidraulico (fracking, que provoca uma espécie de terremoto artificial para extrair gás do subterrâneo) aumentou
770% em 7 anos. Confira também este post. “The
Intensification of the Water Footprint of Hydraulic Fracturing”, Andrew J.
Kondash, Nancy E. Lauer, Avner Vengosh; Science Advances, August 17, 2018. DOI:
10.1126/sciadv.aar5982
http://advances.sciencemag.org/content/4/8/eaar5982
http://advances.sciencemag.org/content/4/8/eaar5982
Este câncer ambiental pode vir a ser um drama por aqui no interior do Brasil e da América do Sul |
Anteontem, mostramos variados tipos de ameaças ao Aquífero Guarani (maior reserva de água doce de todo o continente), entre elas, a extração do Gás de Xisto, que precisa ser impedida também pela criação duma lei no setor, ainda um faroeste em termos ambientais. A quantidade de água usada por poço para fraturamento hidráulico (fracking) aumentou em até 770% só entre 2011 e 2016 em todas as principais regiões produtoras de gás e óleo de xisto dos States, segundo um novo estudo agora da Duke University. Isso, apesar da luta dos cientistas e ecologistas americanos contra este megacrime contra a natureza e as águas.
Tim Lucas, no site EcoDebate, está dando aqui no Brasil está informação, que recebemos por e-mail do Instituto de Engenharia: o volume de água usado para frear os
recursos energéticos aumentou acentuadamente nos últimos anos, levantando
preocupações sobre a sustentabilidade em regiões onde os recursos hídricos
são por ali essenciais para o equilíbrio ecológico, a população agora e o futuro da vida. O volume de águas residuais carregadas de salmoura que fraturou poços de
petróleo e gás gerados durante o primeiro ano de produção também aumentou em
até 1440% durante o mesmo período, mostra o levantamento da Duke University. Se essa rápida intensificação
continuar, a pegada hídrica do fracking poderá
crescer em até 50 vezes em algumas regiões somente até por volta de 2030 – aumentando as
preocupações sobre sua sustentabilidade, particularmente em regiões áridas ou
semi-áridas nos estados ocidentais, ou em outras áreas onde o fornecimento de
água subterrânea estão estressados ou limitados. "Alguns estudos anteriores sugeriam que a fraturação hidráulica não usa
significativamente mais água do que outras fontes de energia, mas esses dados eram baseados apenas em fatos agregados dos primeiros anos de
fraturamento”, disse Avner Vengosh, professor de geoquímica e qualidade da água
na Escola Nicholas de Meio Ambiente.
Cientistas e ecologistas americanos denunciam |
Xis da questão: o problema só vai aumentando - “Depois de mais de uma década de operação de fracking, agora temos mais
anos de dados para extrair várias fontes verificáveis. Observamos claramente um
aumento anual constante na pegada hídrica do fraturamento hidráulico, com dados recentes marcando um ponto de virada em que o uso da água e a geração de refluxo e
água produzida começaram a aumentar a taxas significativamente cada vez mais altas”, alerta Vengosh: “Enquanto a extração de shale gas e tight oil se tornou mais eficiente
com o tempo, a produção líquida de gás natural e petróleo desses poços não
convencionais aumentou, a quantidade de água usada para fraturamento hidráulico
e o volume de esgoto produzido de cada poço aumentaram a taxas muito mais
altas, tornando a pegada hídrica do fracking muito mais alta, poluente e destrutiva".
(Confira na seção de comentários mais informações, também mensagens e opiniões, participe desta luta urgente)
Fontes: advances.sciencemag - EcoDebate - ie
folhaverdenews.blogspot.com
(Confira na seção de comentários mais informações, também mensagens e opiniões, participe desta luta urgente)
Esta é uma usina de extração de Gás de Xisto... |
...e por aqui não há legislação protetora nenhuma |
Fontes: advances.sciencemag - EcoDebate - ie
folhaverdenews.blogspot.com
Já temos alguns comentários e mensagens, logo mais estaremos editando aqui nesta seção: venha conferir depois, OK?
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ResponderExcluir"Sei que somente no Paraná algumas Câmaras de Vereadores fizeram uma legislação para tentar conter o "avanço" da extração do Gás de Xiso, algo que só interessa apenas à indústria petrolífera, urgente mobilizar todas as cidades em toda a macrorregião do ainda nosso por enquanto Aquífero Guarani": comentário de Saulo Duarte, engenheiro químico, que informa ter mandado e-mail de alerta sobre o processo de fracking pro Instituto de Engenharia.
ResponderExcluir"A equipe da Duke University publicou seus resultados revisados por especialistas em 15 de agosto na Science Advances e a informação ganhou toda a mídia que abre espaço para a luta pela defesa ou recuperação da ecologia, hoje um fator fundamental até para a economia": comentário de Paulo Cardoso Santos, economista, de São Paulo, analisando os dados que conferiu também no site EcoDebate.
ResponderExcluir"Para conduzir o estudo, pesquisadores coletaram e analisaram seis anos de dados sobre o uso de água e gás natural, petróleo e águas residuais da indústria, governo e organizações sem fins lucrativos para mais de 12.000 poços individuais localizados em todos os principais gás de xisto dos EUA e produtores de petróleo. regiões. Em seguida, eles usaram esses dados históricos para modelar o uso futuro da água e o volume de águas residuais do primeiro ano em dois cenários diferentes": comentário nos sites EcoDebate e Advances Sciencemag.
ResponderExcluir"Os modelos mostraram que, se os atuais preços baixos do petróleo e do gás aumentarem e a produção atingir novamente os níveis observados durante o auge do fracking no início de 2010, o uso cumulativo da água e os volumes de esgoto poderiam aumentar em até 50 vezes nas regiões não convencionais até 2030, e até 20 vezes em regiões produtoras de petróleo não convencionais.
ResponderExcluirMesmo que os preços e as taxas de perfuração permaneçam nos níveis atuais, nossos modelos ainda prevêem um grande aumento até 2030 tanto no uso da água quanto na produção de águas residuais”: comentário de Andrew J. Kondash, que faz PhD no laboratório de Vengosh, tradução de Henrique Cortez.
“Lições aprendidas com o aumento da produção do Gás de Xisto nos Estados Unidos podem informar diretamente o planejamento e a implementação de práticas de fraturamento hidráulico em outros lugares, já que países, como China, México, Brasil e Argentina, têm também reservas não convencionais de gás natural em seus aquíferos": comentário de Nancy E. Lauer, graduada em doutorado em 2018 da Duke’s Nicholas School, que agora trabalha como especialista em política ambiental na Duke School of Law, co-autora desta nova pesquisa que teve o
ResponderExcluirfinanciamento da National Science Foundation.