Baixo nível dos rios já coloca 11 municípios do Amazonas em estado de atenção e ao mesmo tempo a calamidade da seca, das queimadas e das doenças respiratórias começa a ser atenuada nos próximos dias em várias regiões daqui do interior do país
Bianca Paiva, da Agência Brasil, relata a
diminuição significativa do volume de chuvas e do nível dos rios que está levando a
Defesa Civil do Amazonas a emitir um alerta de estado de
atenção para 11 regiões das calhas dos rios Juruá, Purus e Madeira. Dados
do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) indicam que essas bacias
enfrentam o trimestre mais seco do ano. Apesar de a baixa pluviosidade
ser comum lá nesta época, as chuvas estão abaixo da média prevista. Já por aqui no Sudeste, a previsão Climatempo para os próximos dias no Brasil é de chuvas isoladas, atenuando a seca, a baixa umidade relativa do ar e do solo, em regiões de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, até Rondônia: vai chover com maior intensidade (surpreendentemente para esta época) aqui na divisa entre São Paulo e Minas Gerais onde está ocorrendo a colheita do café, cana de açúçar e milho, que podem até ser um pouco prejudicadas (como reclamam os ruralistas), porém, é uma bênção para a maior parte da população rural e urbana, convivendo com a baixa umidade do ar e do solo, nos meios urbano e rural, além de sofrer muito ultimamente com o aumento de queimadas e de doenças respiratórias. Reclamação para alguns poucos, mas bênção para a maioria.
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...mas poderá começar a chover na divisa São Paulo com Minas Gerais... |
Ao longo desta semana, uma nova linha de instabilidade poderá se formar sobre a faixa central do país e a partir desta quinta-feira poderão ocorrer chuvas mais intensas sobre o Paraná, São Paulo, sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. A chuva prevista (mais para o final de semana) sobre estes estados irão atrapalhar o pleno andamento da colheita do café, cana de açúcar e também do milho safrinha, mas vai ajudar a elevar os níveis de umidade do solo, garantindo melhores condições ao desenvolvimento das lavouras também. Para o café a chuva poderá induzir a floração. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a chuva só deverá retornar no próximo final de semana, onde há previsões, novamente, de chuvas mais volumosas o que mantém uma condição ainda mais favorável ao trigo, bem como ao preparo do solo para as novas culturas de verão, a safra 2017/18 e, aos poucos esse sistema avançará novamente à região central do Brasil, ao que parece antecipando a Primavera.
Já no Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, Goiás e Pará o tempo segue aberto e sem previsão para chuva ao longo dos próximos 10 dias. Segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), o estado de atenção prevendo seca na Amazônia é considerado o primeiro estágio de um desastre ambiental e serve para alertar os 11 municípios afetados agora. A região, principalmente, o sudoeste do estado do Amazonas, se encontra com baixa quantidade de precipitação e as calhas estão em níveis críticos por causa do verão amazônico. A Defesa Civil coloca esses municípios em situação de atenção para que as autoridades quem sabe possam começar a trabalhar antecipadamente em um plano, caso haja uma situação crítica de estiagem,o que agravará a situação ambiental, do clima e da vida das comunidades rtibeirinhas aos rios Juruá, Purus e Madeira. De acordo com alguns especialistas, o baixo volume de chuvas interfere diretamente na trafegabilidade, no reabastecimento e na logística de manutenção da vida social dessas comunidades localizadas nessas calhas destes rios amazônicos, a sudoeste do estado, seca na região brasileira com mais florestas e mais riqueza hídrica.
Estão em estado de atenção os
municípios de Guajará, Eirunepé, Itamarati, Ipixuna e Envira, na calha
do rio Juruá, Boca do Acre, Canutama, Lábrea e Pauini, na calha do rio Purus, além de
Humaitá e Manicoré, na calha do rio Madeira. No Juruá, de acordo com a
Defesa Civil, a previsão de precipitação em julho era de 66 mm, mas só
foram registrados 21 mm. Já no Purus, no mês passado, foi 0,9 milímetro
de chuva e a estimativa era de 42 mm. Na bacia do rio Madeira, dos 45 mm
previstos, foram registrados apenas 4 mm de chuva. Já que não há uma gestão ambiental e climática sustentável, nem aqui nem lá no Amazonas, só nos resta pedir a Deus que a natureza nos livre das calamidades, porque a depender dos governos e dos políticos, o Brasil (um dos países com mais rios no planeta) o Brasil morrerá seco.
"...Saciais de alegria os extremos do oriente e do ocidente.Visitastes a Terra e a regastes, cumulando-a de fertilidade, de água se encheu a divina fonte e fizestes germinar o trigo, assim pois fertilizastes o solo: irrigastes os seus sulcos, nivelastes as suas glebas, amolecendo-as com as chuvas, abençoastes a sua sementeira, coroastes o ano com os vossos benefícios: onde passastes ficou a fartura. Umedecidas as pastagens do deserto revestem-se de alegria as colinas. Os prados são cobertos de rebanhos e os vales se enchem de trigais. Só há júbilo e cantos de alegria" (Salmo 64).
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Seriema cantou, sinal de chuva |
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Fontes: www.climatempo.com.br
Agência Brasil
www.folhaverdenews.com
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ResponderExcluir"Realmente, por aqui no nordeste paulista tenho ouvido cafeicultores reclamando que chuva nessa hora da colheita do café será inoportuna, inoportuna na fazenda ou para os negócios de alguns poucos, mas muito, muito, muito oportuna para a maioria do povo, sofrendo a seca, as queimadas, as doenças respiratórias sem haver estrutura na saúde pública": comentário de Jarbas Alexandre Morais, professor de Geografia, formado pela Unesp de Araraquara (SP).
ResponderExcluir"Desmatamento e seca podem transformar a longo prazo a Amazônia em uma savana": comentário de Júlio Pontes, economista, Rio de Janeiro, que nos envia informações do site alemão DW e EFE. Confira a seguir.
ResponderExcluir"Pesquisa revela que desmatamento e seca são fenômenos que se reforçam mutuamente na região do Amazonas. Ação humana e redução de chuvas podem transformar floresta em savana. A Floresta Amazônica corre o risco de cair em um círculo vicioso de seca e desmatamento provocado pela ação humana e pela redução das precipitações na região, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira na revista científica Nature": é um resumo do trexto a nós enviado por Júlio Pontes, captado em notícias da DW e EFE.
ResponderExcluir"Baseada numa complexa e inovadora análise dos fluxos de água, a pesquisa do Instituto de Pesquisa Climática de Potsdam (PIK), aprofunda a estreita relação existente entre o desmatamento e a seca. Por um lado sabemos que a redução de precipitações aumenta o risco de desmatamento e, por outro, este desflorestamento pode intensificar a seca na região": comentário da cientista Delphine Clara Zemp, do Instituto de Pesquisa Climática de Potsdam (PIK).
ResponderExcluir"Hoje ocorre uma frente fria na altura do Sudeste do Brasil mantém as nuvens carregadas em parte da região. Tem previsão para pancadas de chuva, principalmente a partir da tarde em grande parte do estado de São Paulo, do Rio de Janeiro e no Sul de Minas. Ainda não são esperados elevados volumes de chuva nestas áreas, mas as pancadas podem ocorrer acompanhadas por descargas elétricas e rajadas de vento de até moderada intensidade. Por causa do aumento da nebulosidade, as temperaturas não sobem muito no decorrer do dia nestas áreas, informa o instituto de meteorologia Tempo Agora": comentário de Albalice Vieira, nos enviando esta previsão por e-mail, ela que atua como engenheira agrônoma na zona rural de Ribeirão Preto (SP).
ResponderExcluir"Superinteressante este Salmo postado no texto aqui por vocês, uma das melhores descrições do valor da chuva para a natureza": comentário de Cristina Maria Oliveira, formada em Biologia pela USP.
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