Segundo o Sindicato de Jornalistas de São Paulo, são 79 iniciativas de imprensa livre espalhadas por 12 estados, com variadas formas de mídia e de financiamento, a equipe da Agência Pública
fez uma lista de organizações
independentes e estabeleceu alguns critérios para incluí-las no mapa.
Foram selecionadas aquelas que nasceram na rede, fruto de projetos
coletivos e não ligados a grandes grupos de mídia, políticos,
organizações ou empresas. Blogs não entraram direto no mapeamento porque
alguns são iniciativas individuais, com tom pessoal e nem todos
necessariamente
jornalístico, embora existam blogueiros com a proposta de atuarem como
veículos
autossustentáveis, uma das marcas da geração que está surgindo no
jornalismo nacional. Nosso blog está nesta perspectiva de liberdade de
informação e ao longo de mais de 5 anos no ar, na web, obteve quase a
marca de 500 mil visualizações para as suas postagens.
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O Mapa do Jornalismo Independente é superimportante na realidade brasileira |
A Agência Pública montou um formulário e pediu que os veículos independentes
selecionados a partir dos critérios iniciais respondessem e indicassem
outras organizações que se encaixavam nas regras. Foram mapeadas 79
iniciativas em 12 estados e no Distrito Federal. O estado de São Paulo
concentra 36 veículos independentes, quase a metade dos que aparecem no
Mapa. Encontramos sete organizações descentralizadas e, por terem sido
criadas na rede, não têm um só local de fundação. É o caso da Revista
AzMina, que reúne pessoas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Estados Unidos e Portugal.
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O webjornalismo está sendo maior fronteira da liberdade de informação |
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Uma imagem ícone da luta pela liberdade dos jornalistas |
O Mapa do Jornalismo Independente mostra apenas organizações em atividade. Entre
as iniciativas listadas, a mais antiga é o site Scream and Yell,
especializado em informações musicais e fundado em 1996. Entre 1996 e
2006, o surgimento de veículos de jornalismo independente no Brasil
passa por períodos instáveis, com alguns anos sem registro de criação de
organizações. A partir de 2006 é possível observar o surgimento de ao
menos um veículo por ano. De 2013 para 2014, a fundação de novas
organizações saltou de cinco para 18. A partir de informações fornecidas pelos jornalistas, foi possível
mapear também a forma como essas organizações se sustentam. Entre as 79,
32 têm caráter comercial e 47 são sem fins lucrativos. Dos 57 veículos
que possuem alguma forma de financiamento, 35 mencionaram fontes de
renda variadas e 22, somente uma. As 22 outras organizações ainda não
contam com financiamento.
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Charges são outro canal crescente da liberdade de expressão |
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Vários autores cada vez mais também debatem o problema no Brasil |
A
fonte de renda mais mencionada pelas organizações com fins
lucrativos foi a utilização de publicidade (13). Já entre as iniciativas
sem fins lucrativos, sete veículos mencionaram o uso de publicidade,
enquanto o modelo de financiamento mais citado por esse segmento é a
doação de pessoas jurídicas (15). Dos 47 veículos sem caráter comercial,
18 ainda não contam com fontes de financiamento. Entre os veículos com
caráter comercial, o número cai para sete. Vale a pena os jornalistas de
todo o Brasil debaterem o uso do sistema de financiamento coletivo que
funciona, como é o exemplo do festival de mulheres cantoras a rolar em
setembro em São Paulo, Sonora, que está sendo desde já financiado totalmente por este modelo que é alternativa nova e garante independência.
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Festival Sonora se garante pela alternativa do financiamento coletivo |
A maioria dos veículos de jornalismo independente usa sites próprios
(59) para publicar seu conteúdo, enquanto 13 divulgam a produção
diretamente no Facebook. Os demais publicam em blogs, no Medium e em
outras redes sociais, como Twitter e YouTube. Já o Farol Jornalismo, de
Porto Alegre, dissemina toda a sua produção através de newsletters semanais.
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O momento político e jurídico do país limita o abismo entre o direito e a justiça |
Esta análise considera apenas algumas organizações selecionadas pela Publica para entrarem no Mapa do Jornalismo,
uma ferramenta viva e
participativa, que permite aos leitores incluir novos veículos
independentes que não necessariamente atendem aos nossos critérios,
segundo informa a redação da Agência Pública, site em que você pesquisar
mais sobre o jornalismo independente no Brasil. "Essa luta é
superimportante como uma via para ajudar mudanças e avanços na realidade
do país, participando assim também da criação do futuro da nação e da
nossa vida", comenta por aqui no blog da gente o nosso editor de
conteúdo, o repórter e ecologista Antônio de Pádua Silva Padinha,
argumentando ainda que a liberdade de informação é a esperança maior
para que nossa população consiga construir e usufruir um desenvolvimento
sustentável no país".
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No noticiário de hoje, os prejudicados pelas obras da Olimpíada no Rio ameaçados mais ainda em seus direitos, também, juiz federal suspende punição à Samarco e empresas parceiras e responsáveis pela destruição de ecossistemas na Bacia do Rio Doce entre Minas e Espírito Santo (desastre ambiental em Mariana), prejudicando milhões de pessoas nesta região. Fatos assim só podem ser devidamente levados à opinião pública com liberdade de informação.
ResponderExcluirEstes fatos e mais a institucionalização da grilagem e as reduções florestais (desafios do meio ambiente) mostram a superimportância atual da liberdade de informação no Brasil, contexto em que valorizamos ainda mais este Mapa da Agência Pública.
ResponderExcluirJá temos aqui mais informações e já recebemos mensagens sobre essa nossa pauta em debate hoje aqui no blog da gente, logo mais postaremos nesta seção de comentários, aguarde, confira e participe você também.
ResponderExcluirVocê pode colocar direto aqui a sua opinião ou se precisar ou preferir, envie a sua mensagem para o e-mail da nossa redação navepad@netsite.com.br e/ou mande sua mensagem diretamente pro nosso editor de conteúdo do blog padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Não só em grandes cidades ou nos maiores veículos da mídia impressa, creio que o mapeamento da liberdade de expressão ou da independência de todo tipo de jornalismo é vital hoje no país passando por um momento de gravidade": comentário de José Roberto Pereira, advogado, militante da OAB em São Paulo (SP).
ResponderExcluir"Histórica esta videoreportagem do Jamil Chade, do Estadão, com Julian Assange, anos atrás, mas que tem toda a atualidade": comentário de Maria Eduarda dos Santos, do Rio de Janeiro, graduada em Economia pela PUC do Rio.
ResponderExcluir"Achei muito interessante um post no Face, chamando para esta matéria neste blog, questionando se no Brasil existe mesmo liberdade de informação": comentário de Fabrício Corrêa, de São José dos Campos (SP), empresário de exportação.
ResponderExcluir"Entre 180 países avaliados, o Brasil ocupa a posição de número 103 no ranking mundial da liberdade de imprensa em 2017, apenas uma posição melhor do que no levantamento anterior, quando estava a 104 posições abaixo do país com maior liberdade no setor": comentário que está no relatório anual da entidade Repórteres Sem Fronteiras.
ResponderExcluir"Não é muito diferente na Europa, no Japão ou nos Estados Unidos, nosso país está estagnado numa posição classificada como “sensível” há seis anos. Esse é o terceiro indicador em uma lista de cinco: situação boa, relativamente boa, sensível, difícil e grave. Ele explica que o levantamento é centrado na segurança dos profissionais e esse é mais um indicativo, nos últimos anos aumentou o número de agressões a jornalistas em manifestações por exemplo": comentário de Arthur Romeu, representante da entidade internacional Repórteres sem Fronteiras no Brasil.
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