O Fundo Amazônia deverá investir a partir de hoje 150 milhões em novos projetos de conservação informou a diretora de gestão pública e socioambiental do BNDES
A repórter Andreia Verdélio, da Agência Brasil, informou ao nosso blog de ecologia a abertura hoje (9 de agosto) do Fundo da Amazônia de uma nova chamada pública para projetos de conservação e uso sustentável da floresta com foco em atividades produtivas que harmonizem a economia com a ecologia. Serão selecionados até 10 projetos na Amazônia legal, que receberão de 10 a 30 milhões de reais para a sua execução. O total dos projetos financiados chegará a 150 milhões de reais, confirmou a diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que supervisiona lá o setor de projetos socioambientais, Marilene Ramos; O fundo é gerido por este banco em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente, sendo mantido deste 2009 com doações que se destinam a prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, bem como também, de conservação, restauração e uso sustentável da floresta. Em 8 anos de atuação o Fundo Amazônia (em especial com doações da Noruega e da Alemanha) já investiu até hoje cerca de 1,4 bilhão de reais em 89 projetos em diferentes regiões e setores amazônicos e de apoio estratégico aos povos e à natureza da floresta.
A floresta, os rios, os povos e a cultura da Amazônia em foco |
Os projetos da nova
chamada pública sendo feita agora deverão trabalhar para o fortalecimento da
atividade econômica de comunidades que possam atuar como guardiões da floresta,
como povos e comunidades tradicionais, populações ribeirinhas, famílias
assentadas pela reforma agrária, projetos de agricultura familiar, povos
indígenas e quilombolas que já vivem na Amazônia Legal. Para o BNDES,
essas comunidades têm um papel fundamental na defesa da Amazônia, pois trabalham
de forma natural com os recursos da sociobiodiversidade florestal, gerando renda
e desenvolvimento econômico e social. Ou seja, valorizam a floresta em pé,
pois tiram dela o seu sustento.
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...agroecologia ou fruticultura em parceria com comunidades tradicionais |
Os projetos poderão ser
apresentados por associações, cooperativas, fundações de direito privado e/ou
empresas privadas, na modalidade aglutinadora. Ou seja, a entidade proponente
deverá aglutinar pelo menos três subprojetos de outras organizações, de forma
integrada e coordenada. Eles terão que abranger pelo menos uma das seguintes
atividades econômicas: manejo florestal madeireiro e não madeireiro, incluindo
manejo de fauna silvestre; aquicultura e arranjos de pesca; sistemas
alternativos de produção de base agroecológica e agroflorestal; e turismo de
base comunitária. O período de inscrição termina em 7 de dezembro de 2017 e a
divulgação final dos aprovados está prevista para 13 de abril de 2018. As
informações estão no site do Fundo Amazônia.
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As novas tecnologias podem interagir com a culturas nativas |
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Equipe faz documentário de uma das unidades de conservação |
Desde 2009, o Fundo
Amazônia já recebeu um aporte de mais de R$ 2,8 bilhões, provenientes de
três fontes: do governo da Noruega, cerca de 97,4% do total (aproximadamente R$
2,775 bilhões); da Alemanha, com 2,1% (cerca de R$ 60,697 milhões); e da
Petrobras, com 0,5% (R$ 14,7 milhões), sendo os recursos administrados pelo
Ministério do Meio Ambiente do Brasil.
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O ecoturismo e a pesquisa científica têm potencial junto à flora e à fauna |
(Outras duas chamadas
serão feitas este ano veja mais informações e outros detalhes na seção de
comentários do nosso blog de ecologia, confira também opiniões e
mensagens)
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Produtos medicinais, de estética e de saúde podem ser criados na floresta |
Fontes:
Fundo Amazônia
Agência
Brasil
www.folhaverdenews.com
As iniciativas não devem ser apenas "para inglês ver" e sim reforçar as ações de preservação da floresta, a sobrevivência e o avanço dos povos tradicionais da Amazônia, reserva de vida e futuro para o Brasil.
ResponderExcluirA nova seleção de projetos foi anunciada hoje (9 de agosto) durante a apresentação do Relatório de Atividades 2016 e dos resultados do Fundo Amazônia, para dar transparência e publicidade sobre os recursos do fundo, também como resposta aos doadores. Desde 2009, o Fundo Amazônia já recebeu um aporte de mais de R$ 2,8 bilhões, provenientes de três fontes: do governo da Noruega, cerca de 97,4% do total (aproximadamente R$ 2,775 bilhões); da Alemanha, com 2,1% (cerca de R$ 60,697 milhões); e da Petrobras, com 0,5% (R$ 14,7 milhões).
ResponderExcluirA primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg, disse que o aumento do desmatamento na Amazônia, vai levar à redução das contribuições ao fundo este ano. Em 2016, foram mais de R$ 330 milhões, mas os valores para 2017 ainda estão indefinidos.
ResponderExcluirDurante o evento, a embaixadora da Noruega no Brasil, Aud Marit Wiig, confirmou que os pagamentos ao fundo refletem os resultados na redução do desmatamento, mas disse que o governo norueguês precisa estar plenamente satisfeito com os resultados do fundo, ajudando também avançar a questão climática no país e no planeta.
"As conquistas do Brasil nas últimas décadas ajudam as questões de combate a mudanças climáticas. Até 2015, os resultados eram massivos e enchiam os olhos. As recentes tendências do aumento do desmatamento não são encorajadoras e merecem reflexão, boas estratégias e esforços para reverter a situação": comentário da embaixadora da Noruega no Brasil, Aud Marit Wiig.
ResponderExcluirLogo mais, mais informações sobre o Fundo da Amazônia, seu valor e alcance, você pode colocar aqui nesta seção o seu comentário, sua opinião ou enviar um e-mail para a redação deste blog, mande para navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirOutra opção é contatar nosso editor de conteúdo deste blog de ecologia, inclusive para enviar material (fotos, vídeos, textos) ou mensagens, mande para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Vejo como problema neste Fundo Amazônia só o lado brasileiro, os doadores Noruega e Alemanha parecem mesmo interessados em salvar a Amazônia, vai da pessoa desenvolver um projeto que consiga superar os limites ou problemas do Brasil": comentário de Flávio Campos, engenheiro florestal, formado pela USP e atuando hoje no Mato Grosso.
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