![]() |
Homenagem do blog da gente hoje aos Pais do País |
Os índios são os país do nosso povo e nós do blog da ecologia, da cidadania e da não violência fazemos esta homenagem a eles em nome de toda a nossa nação que luta para mudar e avançar agora em 2017 para termos assim chance de futuro na vida
A
décima segunda edição da série Povos Indígenas no Brasil, do ISA
(Instituto Sócio Ambiental) resume uma visão crítica e geral da situação
dos 252 povos
indígenas que sobrevivem atualmente no Brasil. São 160 artigos e boxes
assinados, 745 notícias extraídas e resumidas a partir de 156 fontes, o
enfoque dos textos se dá principalmente no panorama atual das tribos
indígenas, seus direitos, suas terras e também as pressões ou as
ameaças, como as
invasões de madeireiras, garimpeiros, fazendeiros, posseiros, obras de
infraestrutura que agridem o meio ambiente e os povos da floresta.
Maiores etnias indígenas brasileiras na atualidade e população estimada: Ticuna (35.000), Guarani (30.000), Caiagangue ou Caigangue (25.000), Macuxi (20.000), Terena (16.000), Guajajara (14.000), Xavante (12.000), Ianomâmi (12.000), Pataxó (9.700), Potiguara (7.700).
Localização das tribos indígenas no território brasileiro |
Alguns dos povos Indígenas ainda sobreviventes no Brasil
Aimoré: grupo não tupi, também chamado de Botocudo, vivia do sul da Bahia ao norte do Espírito Santo. Grandes corredores e guerreiros temíveis, foram os responsáveis pelo fracasso das capitanias de Ilhéus, Porto Seguro e Espírito Santo. Só foram vencidos no início do Século XX.
Avá-Canoeiro: povo da família Tupi Guarani que vivia entre os rios Formoso e Javarés, em Goiás. (Foi violenta a situação: em 1973, foram pegos "a laço" por uma equipe chefiada por Apoena Meireles, transferidos para o Parque Indígena do Araguaia (Ilha do Bananal) e colocados ao lado de seus maiores inimigos históricos, os Javaé. (O nosso editor de conteúdo aqui deste blog, ecologista Padinha, teve contato depois com alguns destes índios que da Ilha de Bananal tiveram que mudar de local novamente, um grupo deles passou a viver em Barra do Una, litoral norte de São Paulo, região com muitas matas e nascentes).
Bororós: também chamados
Coroados ou Porrudos e autodenominados Boe. Os Bororós Ocidentais,
extintos no fim do século passado, viviam na margem leste do rio
Paraguai, onde, no início do Séc. XVII, os jesuítas espanhóis fundaram
várias aldeias de missões. Muito amigáveis, serviam de guia aos
brancos, trabalhavam nas fazendas da região e eram aliados dos Bandeirantes. Desapareceram como povo, tanto pelas moléstias
contraídas, quanto pelos casamentos com não-índios, aculturados, perderam suas raízes.
Caeté: índios tidos como antropófagos, foram os deglutidores do
bispo Sardinha, viviam desde a Ilha de Itamaracá até as margens do Rio
São Francisco. Depois de comerem o Bispo, foram considerados "inimigos
da civilização". Em 1562, Men de Sá determinou que fossem "escravizados
todos, sem exceção".
Nova geração de Caiapós ou Kayapós buscam respeitar sua cultura original |
Caiapós:
foram vítimas de invasão de suas terras nativas tanto no interior do
país entre Mato Grosso, Goiás e São Paulo, como no Pará. Alguns deles,
explorando a
riqueza existente nos 3,3 milhões de hectares de sua reserva no sul do
Pará (especialmente o mogno e o ouro), estes Caiapós - dissidentes do
cacique Raoni - viraram os índios
mais ricos do Brasil. Movimentaram cerca de U$$15 milhões por ano,
derrubando, em média, 20 árvores de mogno por dia e extraindo 6 mil
litros anuais de óleo de castanha. Quem liderou esta deturpação
capitalista
dos Caiapós foi o controvertido cacique Tutu Pompo (morto em 1994).
Para isso ele destituiu o lendário Raoni mas enfrentou a oposição de
outro Caiapó, Paulinho Paiakan. Hoje, a maioria deste povo indica estar
retomando seus raízes culturais, que nada têm a ver com a exploração por
dinheiro da natureza.
![]() |
Caiapós que discordam de Tutu Pompo e querem resgatar valores da tribo... |
![]() |
...que tem no Cacique Raoni o seu líder e na defesa da natureza sua luta |
Carijó: seu território
estendia-se de Cananéia (SP) até a Lagoa dos Patos (RS). Vistos como "o
melhor gentio da costa", foram receptivos à catequese. Isso não
impediu sua escravização em massa por parte dos colonos de São Vicente.
Goitacá: ocupavam a foz do
Rio Paraíba. Tidos como os índios mais selvagens e cruéis do Brasil,
encheram os portugueses de terror. Grandes canibais e intrépidos
pescadores de Tubarão. Eram cerca de 12 mil.
Ianomâmi: povo constituído
por diversos grupos cujas línguas pertencem à mesma família. Denominada
anteriormente Xiriâna, Xirianá e Waiká sobrevivem na Amazônia.
Características das línguas e dos grupos indígenas que as falam

Índios futuros viverão uma nova realidade mais feliz?

Tupi: Os grupos indígenas de língua Tupi eram as tribos Tamoio, Guarani, Tupiniquim, Tabajara, entre outras.Todas essas tribos se encontravam na parte litorânea brasileira, foram os primeiros índios a ter contato com os portugueses que aqui chegaram por volta de 1500. Essas tribos eram especialistas em caça, ótimos pescadores, além de desenvolver bem a coleta de frutos.
Macro-jê: Raramente encontrados no litoral, com exceção de algumas tribos na Serra do Mar, eles eram encontrados principalmente no Planalto Central do país e dentro deste contexto regional se destacavam entre as tribos ou ou grupos Timbira, Aimoré, Goitacaz, Carijó, Carajá, Bororó e Botocudo. Esses grupos indígenas viviam nas proximidades das nascentes de córregos e rios, sobrevivendo basicamente da coleta de frutos e raízes, assim como da caça. Eles só vieram ter contato com os brancos no século XVII, quando os colonizadores adentraram no interior do país.
Karib: Grupos indígenas que habitavam a região que hoje hoje compreende os estados do Amapá e Roraima, chamada também de Baixo Amazonas, as principais tribos são os Atroari e Vaimiri, esses eram muito agressivos e antropofágicos, isso significa que quando os índios derrotavam seus inimigos, eles os comiam, acreditando que com isso poderiam absorver as qualidades daqueles que foram derrotados. O contato dessas tribos com os brancos ocorreu no século XVII, com as missões religiosas e a dispersão do exército pelo território.
Aruak: Suas principais tribos eram Aruã, Pareci, Cunibó, Guaná e Terena, estavam situados em algumas regiões da Amazônia e na ilha de Marajó, sendo a principal atividade os artesanatos cerâmicos.
Algumas das tribos do povo indígena que são os país do nosso país |
De acordo com suas necessidades de sobrevivência,
os índios produziam material de preparo alimentício, caça, pesca,
vestimenta, realizavam festas rituais e culturais, construíam
abrigo e transporte com materiais tirados da natureza, de forma sustentável, sem
prejudicá-la ou destruir a sua ecologia, como tem feito os chamados civilizados...
Aqui, alguns dos artesanatos indígenas
- Flecha e arco para caça e pesca
- Ralo para preparar a mandioca
- Tipiti para espremer a massa da mandioca
- Balaios e Urutus para guardar a massa, farinha, tapioca, beiju, frutas entre outros
- Peneira para peneirar a massa seca para fazer farinha e beiju, tapioca ou curadá
- Cumatá especial para tirar goma de massa
- Abano para virar e tirar o beiju do forno feito de argila
- Bancos
- Pilão para moer a carne cozida, peixe moqueado, pimenta e outros sempre torrados
- Pulseiras
- Anéis de caroço de tucumã
- Cesto e Peneira de cipó para carregar e guardar mantimento
- Zarabatana para caça especial de aves
- Japurutu, Cariçu e Flauta, instrumentos musicais entre outros cada um com seu específico som harmonioso
- Cerâmicas para fazer pratos, panelas, botija de cerâmica para fabricação de bebidas alcoólicas especiais e outros ornamentos para momentos de festas.
A violência contra os índios é inconstitucional mas continua e se amplia hoje

Esta é a atualidade de violência que está extinguindo nosso povo original

A
Constituição Federal do Brasil promulgada em 1988 é a
primeira a trazer um capítulo sobre os povos indígenas. Reconhece os
"direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam".
Eles não são proprietários dessas terras que pertencem à União, mas têm
garantido o usufruto das riquezas do solo e dos rios. A diversidade
étnica é também reconhecida neste que é o principal documento legal
brasileiro, bem como a
necessidade de respeitar a Constituição e o direito dos índios à vida
passa a ser hoje uma luta urgente. Um dos avanços da Carta Magna de 88 é
que foi revogada uma disposição do Código Civil
que antes considerava o índio um indivíduo incapaz, que precisava da
proteção
do estado até se integrar ao modo de vida do restante da população.
Porém, na verdade este avanço é relativo, hoje com a oficialização da
grilagem de terras por parte do Governo Federal, medidas de redução de
áreas florestais, aumento dos pastos para criação de gado e plantio de
soja ou de cana ou de outros interesses dos grupos ruralistas, um dos
lobbies mais poderosos no Brasil da atualidade, tudo isso agrava a
situação dos Pais do País: no Mato grosso do Sul, no Pará, na Amazônia, aumentam os focos de vários tipos de violência que entidades como a Anistia Internacional
já consideraram como sendo uma forma de genocídio. Já passou da hora de
um resgate dos valores territoriais, étnicos e culturais dos índios
brasileiros, missão que cabe ao atual movimento de cidadania, sem o que
não avançará de fato o desenvolvimento sustentável do Brasil,
harmonizando interesses econômicos com ecológicos. Esta missão de nossa
geração de brasileiros e de brasileiras é também o sentido de no Dia dos
Pais nosso blog destacar os povos indígenas como os patriarcas da nossa
nação, que ainda não existe na realidade. Enquanto este país não
pertencer por direitos, justiça e práticas ao povo brasileiro e não só
aos políticos e outros grupos no poder, este país não poderá ainda ser
considerado uma nação. Este é em resumo nosso desafio, nossa missão.
![]() |
Ou, até o primeiro ser humano quando este país for uma nação de verdade |
![]() |
Nação de verdade quando índios integrados e respeitados no Brasil como verdadeiros Pais do País |
Fontes: www.sohistoria.com.br
ISA - Funai
www.folhaverdenews.com
Recebemos algumas mensagens por e-mail, levantamos mais informações e logo mais você poderá conferir em nossa seção de comentários, aguarde nossa edição e participe.
ResponderExcluirVocê pode colocar aqui nesta seção o seu comentário ou então se preferir ou precisar envie a sua msm por e-mail para a redação do nosso blog hoje nesta homenagem aos Pais do País: mande pro e-mail da redação navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirOutra opção para você participar deste e de outras edições do nosso blog de ecologia é contatar o nosso editor de conteúdo, o que pode fazer através do e-mail padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Importante e original esta enfoque, para colaborar vou enviar algumas informações que tenho sobre algumas tribos do Mato Grosso": comentário de Isidoro Naves, pesquisador da UFMT.
ResponderExcluir"Não podemos assistir passivamente a violência da destruição dos índios": comentário de Sônia Maria Mendes, do Rio de Janeiro, advogada.
ResponderExcluir"Concordo que a história brasileira tem sido um processo de destruição dos povos indígenas, merecedores duma valorização, mais ainda, dos seus direitos à vida": comentário de Araci Fernandes, de São Paulo, atua com Tecnologia da Informação.
ResponderExcluir"Tenho uns antigos da minha família que eram índios Bororo do centro do país e andei pesquisando sobre parentes de indígenas, no Brasil pelo IBGE, somos cerca de 750 mil descendentes autodeclarados, creio porém que somos muito mais gente, a maioria não se declara também por causa do preconceito ou da desvalorização dos povos nativos. Acho que somos uns 3 ou 4 milhões de descendentes diretos de índios": Carlos Eduardo, advogado, Ribeirão Preto (SP).
ResponderExcluirO mesmo Carlos Eduardo nos passou informações do IBGE sobre povos indígenas, por exemplo, oficialmente há pouco mais de 900 mil índios que sobrevivem hoje no país, sendo de 305 etnias e falando 274 idiomas diferentes: "Só por isso uma riqueza cultural que deveria ser bem mais valorizada do que é", afirma Carlos no seu e-mail, a quem agradecemos dados e informações.
ResponderExcluir"A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) deveria, em teoria, ser um órgão de amparo às causas indígenas, entretanto, entre 1969 e meados da década de 1970, manteve sigilosos centros de detenção para índios considerados “infratores”. Ambas no estado de Minas Gerais, as cidades de Resplendor e Carmésia abrigaram esses centros sob vigia de militares. Diversas denúncias de tortura, trabalho escravo e desaparecimentos estão relacionadas ao Reformatório Krenak na cidade de Resplendor (MG) e à Fazenda Guarani na cidade de Carmésia (MG). Mais de uma centena de presos, de diversas etnias, vindos de pelo menos 11 estados brasileiros estiveram sob reclusão nestes locais, muitos deles estavam relacionados à luta contra a invasão de áreas hoje reconhecidamente pertencente aos indígenas": comentário de Isidoro Naves, pesquisador da UFMT que nos enviou material sobre povos indígenas, como esta situação na Ditadura, muito pouca conhecida e divulgada até hoje.
ResponderExcluir