Está prestes a ser decidido se haverá prioridade apenas para o lado econômico desta questão complexa que define também o amanhã de nossa natureza no norte do Brasil
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Foz do Rio Amazonas, imagem da National Geographic |
A Ministra do Meio Ambiente destaca alta complexidade do processo que visa explorar petróleo na foz do rio Amazonas e vem afirmando que a decisão do Ibama para o sim ou para o não será técnica. Há já um mês, o repórter Plínio Aguiar do site R7 debatia esta questão com Marina Silva em Brasilia. Já faz meio ano que a BBC tenta estimular transparência neste assunto, ainda mais que nosso país sediará em novembro (no Pará) a CP30 da ONU. Segue aqui no nosso blog de ecologia e de cidadania um resumo que sintetiza várias matérias e opiniões dos dois ou mais lados deste desafio monstro.
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O movimento ecológico, científico e de cidadania do país e do planeta está de olho nessa situação realmente complexa |
Desafio monstro - A decisão sobre a exploração de petróleo e gás na foz do Amazonas depende de autorização do Ibama, que pode levar em conta estudos técnicos. Em maio de 2023, o Ibama negou à Petrobras a licença para pesquisar petróleo na região. Argumentos contra a exploração. A região é muito sensível a combustíveis fósseis. A costa é muito sensível a óleo. É muito difícil limpar manguezais, florestas de várzea, áreas úmidas e praias em caso de vazamentosA exploração pode impactar terras indígenas. Argumentos a favor da exploração. A exploração pode impulsionar o desenvolvimento do extremo norte do Brasil. Cada 100 mil barris diários de produção geraria um incremento no PIB local e mais empregos diretos e indiretos. Situação atual. Em março de 2025, a Petrobras esperava obter a licença pré-operacional para exploração na Bacia da Foz do Rio Amazonas. Em fevereiro de 2025, o governo anunciou um leilão para mais 47 blocos de petróleo na Foz do Amazonas. O Ibama pediu à Petrobras mais dados para autorização de perfurar na Foz do Amazonas.
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Aqui, o point da questão ecológica e econômica |
Os dois ou mais lados da questão muito difícil - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva vem afirmando sempre que decisão do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) sobre a exploração de gás e petróleo pela Petrobrás na Margem Equatorial será, numa palavra, técnica: “Seja para o sim ou para o não”, ela ressalta a complexidade do processo. E argumenta que num governo republicano as instituições são respeitadas. "E o presidente Lula, desde que assumiu, fortaleceu o Ibama, o ICMBio, e nós estamos trabalhando. O Ministério do Meio Ambiente trabalha com inúmeros tipos de empreendimentos. Hoje nós temos cerca de quase 4 mil processos de licenciamento em tramitação. Na área de petróleo e gás, dos mais de 200 licenças que foram dadas, a metade disso foi para a Petrobras”, explicou Marina: “No caso da Margem Equatorial, é um processo complexo, de altíssimo impacto ambiental. O Presidente do país, com muita sabedoria, no início do governo, mandou que esses projetos de alto impacto ambiental fossem encaminhados para estudos. Esses estudos estão sendo feitos e o Ibama está trabalhando no pedido de licença que foi feito pela Petrobras. E os técnicos estão definindo o parecer”.
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A questão é a polêmica de agora no conflito e não na harmonia entre o interesse econômico com o ecológico |
A margem equatorial do Brasil, que se estende pelo litoral do Rio Grande do Norte ao Amapá, engloba as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. É uma região geográfica considerada de grande potencial pelo setor de óleo e gás. Nos últimos anos, foram feitas grandes descobertas na Guiana e no Suriname, o que aumentou a expectativa sobre o que poderá ser encontrado na bacia marítima. Em meio ao impasse enfrentado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva sobre explorar petróleo na Margem Equatorial, a Petrobras aposta em obras da unidade de estabilização e despetrolização de fauna em Oiapoque, município localizado no Amapá e prospectado como a capital nacional do produto, para conseguir a licença do Ibama. A petroleira também deu início a treinamentos dos funcionários a fim de atuarem “de forma segura e ambientalmente responsável”.
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Vale investir com energias limpas aqui e em todo lugar no futuro da vida (para que ele exista...) |
Enquanto a licença não é concedida pelo Ibama, a Petrobras iniciou já em novembro do ano passado a construção da Unidade de Estabilização e Despetrolização da Fauna em Oiapoque, que vai funcionar em sinergia com o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna em Belém. As obras têm previsão de término neste primeiro semestre, possivelmente agora em abril, e fazem parte da tentativa de atender aos critérios estabelecidos pelo Ibama. Além disso, a estatal tem desenvolvido, na cidade de Oiapoque, ações de reconhecimento de campo, treinamentos com agentes e iniciativas de comunicação em todas as áreas, com o objetivo de desenvolver as “operações de forma segura e ambientalmente responsável, com respeito às pessoas e às comunidades locais”. “Mantemos o entendimento de que será possível realizar a avaliação pré-operacional e em breve obter a licença para a perfuração em águas profundas no Amapá”, afirmou a Petrobras em nota enviada à mídia nacional e internacional: “A companhia está otimista e segue trabalhando, sempre aberta ao diálogo, para atender às exigências do Ibama no processo de licenciamento do bloco FZA-M-59″.
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É o momento da mídia pautar entrevista com Marina Silva, ecologistas, cientistas, economistas sobre este tema |
Opine você também - "Depois na seção de comentários do Folha Verde News vamos tentar estimular um debate sobre esta decisão complexa e emblemática do que é ou como será o futuro da vida no Brasil", comentou por aqui o editor deste blog, o ecologista Antônio de Pádua Padinha.
Fontes: R7 – BBC – Google - folhaverdenews.blogspot.com
"Depois na seção de comentários do Folha Verde News vamos tentar estimular um debate sobre esta decisão complexa e emblemática do que é ou como será o futuro da vida no Brasil", comentou por aqui o editor deste blog, o ecologista Antônio de Pádua Padinha
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