Estrelado por Fernanda Torres o longa-metragem de Walter Salles cativa espectadores do mundo todo (também em Hollywood nos Estados Unidos)
Filme pode ser a consagração de Fernanda Torres
Ainda Estou Aqui é noticiado por Izabella Nicolau em todos seus detalhes no site Observatório do Cinema, este, longa que estreou e chega nesta semana aos cinemas brasileiros gera expectativas. A adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva faz uma retrospectiva emocionante de um dos períodos mais difíceis e turbulentos da história brasileira, a ditadura entre 1964/1986. O filme vem ganhando elogios tanto à narrativa quanto às atuações, já recebeu destaque internacional, aumentando as chances de que possa ser indicado ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2025. A história do país nessa época ditatorial é narrada em uma família do Rio de Janeiro, centrada na luta de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Tores) buscando a verdade sobre o que aconteceu no desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, um político e ativista preso e morto durante o regime militar. A partir do momento em que se vê sozinha com cinco filhos, Eunice então abandona a vida doméstica para se tornar uma figura pública de resistência, enfrentando a repressão e buscando justiça. Essa trajetória pessoal e histórica, marcada por sacrifício e coragem, oferece uma reflexão sobre os desafios e traumas sofridos por milhares de famílias e pessoas naquela época sem liberdade para a população. Considerado uma das melhores realizações do Brasil nesse tema delicado, Ainda Estou Aqui foi ovacionado no Festival de Cinema de Veneza, onde recebeu o prêmio de Melhor Roteiro e arrancou aplausos do público por cerca de dez minutos. Além de ser aclamado em especial pelo roteiro que foi escrito por Murilo Hauser e Heitor Lorega (baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva). o filme já é apontado como um forte candidato na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, uma honra que o país não conquista desde Central do Brasil, que também fora dirigido anos atrás por Walter Salles.
Uma família à brasileira |
"No papel de Eunice Paiva, Fernanda Torres tem impressionado a crítica internacional", comenta Izabella Nicolau. The Guardian descreveu sua atuação como gloriosa, o Screen Daily chamou esta atriz brasileira de magnífica. Alguns veículos da mídia mundial, como o Deadline, já fazem lobby para que a atriz brasileira conquiste uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz, algo que seria extraordinariamente histórico para o cinema nacional.
Sobrevivente da tragédia e autor do livro que deu origem ao filme Marcelo Rubens Paiva está por trás de todo o sucesso |
A ficção com base na vida real emociona |
Fernanda Montenegro também está no filme que memoriza o seu tempo de juventude no Rio de Janeiro |
Muito elogiada também a performance do ator Shelton Mello que interpreta Rubens Paiva e Antonio Saboia, no papel de Marcelo Rubens Paiva, os dois adicionam profundidade à trama, dando vida a personagens que carregam uma verdade dramática. As atuações de apoio também brilhantes contam nomes como Marjorie Estiano e Maeve Jinkings, contribuindo para a riqueza artística desta produção e a carga emocional do filme que conta a história de horror com uma sensibilidade que humaniza mas também dimensiona o impacto da ditadura militar no Brasil. Ao retratar uma mãe que luta para manter a família enquanto enfrenta a ausência do marido, o filme aborda os sacrifícios feitos em nome da justiça e da verdade. Eunice, inicialmente uma dona de casa, é forçada a assumir um papel público em um período em que a oposição ao regime era reprimida com violência. Sua jornada pela revelação do que ocorreu com o martido desaparecido no Rio de Janeiro é um tributo à sua resiliência e uma denúncia às injustiças da época. O enredo de Ainda Estou Aqui também destaca a força das mulheres na resistência ao regime ou às violências da vida e ressaltam então Eunice como uma figura de luta pelos direitos humanos. Depois de descobrir que seu marido foi morto, ela se tornou uma ativista incansável na busca por justiça, uma jornada marcada por perdas, danos e reviravoltas que afetaram de forma profunda sua vida e a de seus cinco filhos.
Aqui todo o time do elenco maravilhoso |
Fernanda Montenegro é também testemunha do tempo |
A ficção remonta o cotidiano das famílias durante um tempo sem liberdade e com sufoco na época ditatorial no Brasil |
Com uma narrativa comovente, Ainda Estou Aqui promete ser um marco para o cinema brasileiro, tanto pelo resgate histórico que promove hoje quanto pela forma como leva essas questões a uma audiência global. A estreia nas telonas está marcando um momento importante para o público brasileiro, que assim poderá conhecer ou relembrar essa trágica história de violência, luta e resistência. Por essas e outras, o filme é hoje visto em todo o planeta como uma volta ao foco internacional do cinema brasileiro, segue sendo também a principal aposta estrangeira para o Oscar de 2025.
Há momentos de romantismo e de beleza |
Depois na seção de comentários aqui do blog da ecologia e da cidadania, mais atualizações e outros dados tanto sobre a repercussão deste filme no Festival de Hollywood como por aqui no Brasil, onde o cinema tem um potencial de criatividade e de um avanço no futuro desta arte nesses tempos digitais.
Shelton Mello é vital em Ainda Estou Aqui |
Fontes: Observatório do Cinema - folhaverdenews.blogspot.com
"Uma família com cinco crianças e um cachorro. Uma casa igualmente grande, barulhenta e de frente para o mar. Um entra e sai de amigos, que se espalham por uma espaçosa mesa de jantar. Há muita música, dança e risadas. O diretor Walter Salles constrói o castelo perfeito para derrubá-lo em seguida em Ainda estou aqui, filme que representará o país na disputa pelas indicações ao Oscar. A partir de uma tragédia real — o desparecimento do deputado Rubens Paiva pela ditadura militar, em 1971— o filme fala também sobre a impermanência da vida. "E a vida é incrível, porque às vezes esses momentos de terrível dificuldade acabam formando seu caráter. E é o que eu acho que aconteceu com a Eunice", diz a atriz Fernanda Torres à BBC News Brasil em uma entrevista por telefone, de Los Angeles.
ResponderExcluirO comentário acima está em matéria da BBC News, feita por Marina Rossi com Fernanda Torres, por telefone desde Los Angeles.
ResponderExcluir"Eu que fui preso político e sofrir censura em váriosd trabalhos em cinema e TV não gosto de cenas de violência em filmes. E me identifiquei com a linguagem do Walter Salles, ele buscou mostrar mais o sofrimento humano pós-situações violentas, um enfoiue que torna o conteúdo mais emocionantes ainda, creio que Ainda Estou Aqui vai se dar bem com todo e qualquer público, em festivais e até no Oscar para filme estrangeiro, pelas interpretações, roteiro e estrutura de linguagem": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, ecologista que edita este blog que também é de cidadania e de não violência.
ResponderExcluir"..E assim em resumo, tive a chance de assistir por aqui este bom filme e o que o seu blog diz bate com o que eu vi, o cinema brasileiro descobriu uma forma de criticar a violência sem mostrar cenas violentas": comentário de Luiza Helena Martins, do Rio de Janeiro, comunicadora de rádio que nos enviou e-mail com fotos, a gente agradece. Paz aí.
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