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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

O DESAFIO DO INTERIOR PAULISTA E EM TODO O BRASIL É RECUPERAR A ECOLOGIA DA NATUREZA AGREDIDA

A prioridade do momento precisa ser em todo o país (também por aqui) restaurar o equilíbrio ecológico, é também um mercado de trabalho para a população local junto com os cientistas antes que seja o caos da natureza e da vida


Entidades nacionais e internacionais podem ajudar...

...a restauração depois de tantos incêndios e queimadas


Depois da overdose de queimadas e de incêndios florestais, as autoridades públicas precisam se informar, no Brasil já existem experiências de recuperação, há nesse conteúdo a publicação Restauração Ecológica no Brasil que pode ser baixada por download, pesquisas e oportunidades que podem recuperar em todos os biomas a realidade ambiental e hidrológica, as águas e também a produção agropecuária sustentável. São mais de 100 experiências em todas as regiões, também nos Pampas (que foi também impactado agora) apoiadas pelo WWF (fundo mundial da natureza) e outras entidades, como a Ecoa, um dos programas é inicialmente semear capim nativo no Cerrado, o bioma mais agredido do país que era da natureza, hoje superameaçado pela violência ambiental.


Com a recuperação da ecologia voltam os pássatos que ajudam a difundir sementes essenciais neste processo

Experiências positivas no Brasil para restauração da ecologia - Um dos estudos analisa a restauração ecológica de acordo com os biomas brasileiros e traz aprendizagens e desafios analisados conforme cada região, tema de reportagem de Taís Meireles. A prória ONU alerta que a crescente conversão de ambientes naturais em áreas ocupadas pelas atividades humanas é uma realidade mundial. Esse fenômeno tem desencadeado poluição, fragmentação de habitats e perda de espécies numa escala jamais vista. Como resultado, a degradação ambiental tornou-se um dos principais problemas a serem enfrentados no cotidiano das pessoas e das organizações. Diz-se que um ambiente está degradado quando sofre distúrbios que impedem a sua capacidade de retornar ao equilíbrio original. Tal situação constitui ameaça à sobrevivência dos seres humanos e das demais espécies viventes na natureza. Por isso, a restauração ecológica é apontada como uma possível saída para a falência de todo ecossistema em todo país, em todo o planeta. 


A restauração ecológica foi inovadora no modelo adotado pela USP no litoral norte paulista


Restauração ecológica - Embora as práticas ligadas à restauração de ambientes e paisagens existam há tempos, a restauração ecológica começou a se desenvolver como ciência apenas na década de 1980. Com a incorporação dos conceitos da ecologia nos projetos de recuperação ambiental, tornou-se possível desenvolver modelos e técnicas destinadas a áreas em diferentes níveis de degradação. No Brasil já existem diversas experiências de restauração ecológica. Muitas delas dedicam-se à recuperação de microbacias hidrográficas e da qualidade do solo. É nesse escopo de abordagem que se enquadra a publicação Restauração ecológica no Brasil: desafios e oportunidades, que tem como propósito fomentar a conservação ambiental e hidrológica aliada à produção agropecuária sustentável. 
As informações nela contidas surgem do portfólio de restauração ecológica, produzido durante ainda a primeira etapa do Programa Água Brasil entre 2010 e 2015. Os biomas compreendidos na publicação são aqueles que possuíram, na época, alguma bacia atendida pelo programa, incluindo Amazônia, Cerrado/Pantanal, Mata Atlântica e Caatinga, com diferentes usos do solo e perfil produtivo. Por isso, o conteúdo da publicação tem como base a experiência acumulada em mais de 100 projetos de restauração realizados nesses biomas e também nos Pampas. O que se pretende é que o estudo sirva como referência para pessoas que se dedicam a conservar áreas nativas, técnicos extensionistas, produtores rurais, gestores de órgãos públicos de controle e fiscalização, bem como a educadores e outros envolvidos em processos de aprendizagem formal e não formal. A intenção do WWF-Brasil, ao lançar esta publicação que você pode baixar na Internet, é disseminar novos olhares sobre a restauração ecológica no Brasil. Tem como propósito também divulgar lições capazes de fomentar a restauração em larga escala, influindo nas decisões políticas capazes de alterar e reverter a degradação ambiental em variados lugares do país. 


Coletar sementes e formar mudas pode ser também uma frente de trabalho nas cidades e regiões afetadas


A crescente conversão de ambientes naturais em áreas ocupadas pelas atividades humanas é uma realidade mundial. Esse fenômeno tem desencadeado poluição, fragmentação de habitats e perda de espécies numa escala jamais vista. Como resultado, a degradação ambiental tornou-se um dos principais problemas a serem enfrentados no cotidiano das pessoas e das organizações. Diz-se que um ambiente está degradado quando sofre distúrbios que impedem a sua capacidade de retornar ao equilíbrio original. Tal situação constitui ameaça à sobrevivência dos seres humanos e das demais espécies viventes na natureza. Por isso, a restauração ecológica é apontada como uma alternativa para a falência dos ecossistemas em todo e qualquer lugar. 

USP também tem projeto inovador nesta luta superatual


O horror dos incêndios florestais precisa ser combatido com programas baseados em experiências e na ciência ambiental


Laura Molinari do LabTrop explica que um novo método de plantio para restauração ecológica demonstrou resultados promissores em pesquisas feitas em Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo. A equipe do Laboratório de Ecologia de Florestas Tropicais (LabTrop), do Instituto de Biociências da USP, constatou que a nova técnica pode ser mais efetiva do que o método convencional devido à maior taxa de sobrevivência de mudas. A descoberta resultou do projeto “Ecologia de restauração de ecossistemas da planície costeira no Litoral Norte de São Paulo”, que objetivou o teste de diferentes métodos de restauração ecológica e a ampliação do conhecimento sobre o ecossistema da planície costeira. O projeto somou pesquisa científica à prática de reflorestamento em uma área destinada à compensação ambiental. O modelo convencional de plantio parte do princípio que as mudas precisam estar distantes umas das outras para conseguirem sobreviver, assim, evitando a competição entre elas. “Mas alguns estudos anteriores mostram que muitas plantas acabam morrendo sozinhas em fases iniciais do plantio, e quando estão com outra planta próxima delas a competição pode não ser tão agravante como se pensava”, explica a pesquisadora Adriana Martini, doutora em Ecologia. A partir de estudos anteriores realizados no LabTrop pela pesquisadora Camila Castanho (professora da UNIFESP), surgiu a ideia de um plantio baseado na relação de facilitação, interação ecológica que acontece quando a presença de uma planta favorece o desenvolvimento de outra. Desse modo, as mudas foram distribuídas em núcleos de 13 indivíduos, muito próximas entre si, intercalando-se espécies pioneiras e não-pioneiras. Pioneiras, como define o projeto, são aquelas com crescimento mais rápido e que darão boas condições de sombreamento para as espécies que se desenvolvem mais lentamente. Após dois anos de acompanhamento, notou-se que a taxa de sobrevivência de plantas não-pioneiras foi maior nas áreas de núcleos do que nas linhas de plantio convencional. Isso, possivelmente, devido ao sombreamento maior, que evita o excesso de luz sobre as mudas que ainda são frágeis, e, então, com a diminuição da temperatura nas folhas, a fotossíntese se torna mais eficiente. O método de plantio em núcleos mostra-se mais vantajoso economicamente, apesar de exigir maiores gastos iniciais. Isso porque as plantas pioneiras e não pioneiras são todas inseridas no ambiente de uma só vez. Já no plantio convencional, é comum ser necessária uma ação em etapas, nas quais as espécies menos tolerantes à condição inicial do ambiente são inseridas somente após o crescimento das mais resistentes (chamado de plantio de enriquecimento). Em núcleos, portanto, todas estas etapas se concentram em uma só. O maior desafio na implementação do plantio em núcleos está no convencimento dos financiadores de que a compra de mais mudas no início do processo pode se tornar uma economia a longo prazo, já que elimina a necessidade de mais etapas futuras de restauração naquele ambiente. “É vantajoso juntar o plantio em um só, sem ter que fazer um segundo posteriormente. As plantas sobrevivem mais desde o primeiro plantio, o que é um avanço em termos de restauração”, afirma a ecóloga Adriana Martini.


Uma entre outras alternativas

Por exemplo dentro deste método foram recuperados 6,5 hectares de área destinada ao projeto de restauração, às margens do rio Camburu, em Caraguatatuba. Adjacente a ela se encontra a Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA) pertencente à Petrobras, construção que motivou o projeto de reflorestamento por compensação ambiental. A planície costeira do litoral norte está inserida no domínio da Mata Atlântica e se caracteriza por uma transição entre as florestas de encosta e florestas de restinga. Na área onde foi feito o plantio, no entanto, a vegetação já havia sido desmatada há décadas e o que predominava eram espécies de gramíneas invasoras e algumas poucas espécies arbustivas. Em essência, uma área recoberta só por capim. Foram então selecionadas 53 espécies de mudas para o plantio, de maioria arbórea e de relativa abundância na região, de acordo com a ecóloga: “Escolhemos espécies que ocorriam na região da planície costeira. Nós não havíamos feito ainda o levantamento da área de floresta próxima, mas tínhamos o conhecimento do que existia no entorno, nas planícies de Caraguatatuba, Bertioga e Ubatuba”


Uma floresta nativa recuperada no Litoral Norte


A floresta utilizada como referência para o projeto do Labtrop está geograficamente próxima à área de restauração e também pertence à faixa de planície costeira. Trata-se de uma floresta bem conservada, utilizada principalmente para a amostragem de vegetação natural do entorno da área de plantio. Com o crescimento das mudas as folhas caem, degradam-se e incorporam material orgânico no solo. E quanto mais nutrientes o solo acumula, maior a riqueza de espécies e ainda mais complexa se torna a cadeia alimentar estabelecida no sistema. Os registros evidenciam também o aumento da fauna no ambiente em restauração após o crescimento da cobertura vegetal. “Quantificamos as folhas que estavam caindo para medir o que estaria sendo incorporado no solo, fazendo levantamentos de serapilheira (resíduos vegetais depositados na superfície do solo) na floresta e na área de plantio. Assim, com o tempo, poderemos avaliar como os processos estão se aproximando nas duas áreas quanto à ciclagem de nutrientes”, explica a ecóloga em relação a mais uma linha de pesquisa do projeto, destinada à quantificação de biomassa, que foi conduzida principalmente pela pesquisadora Leda Lorenzo, professora da UNIFESP e colaboradora do LabTrop. Foram adotados vários métodos para a medição de biomassa durante o desenvolvimento do plantio. E se concluiu que, em apenas dois anos, as novas plantas já agregavam a mesma quantidade de biomassa encontrada na vegetação de capim anterior. Pode aparentar pouco, mas é um resultado de muito otimismo para quando a vegetação já estiver mais crescida e considerando que, agora, o ambiente engloba uma diversidade de ao menos 53 espécies vegetais.

A dispersão de sementes e o potencial de conservação florestal  “Na área de floresta, temos um levantamento de plantas adultas, plantas jovens, algumas parcelas de plântulas e as sementes que chegam. É um levantamento de um ciclo inteiro de crescimento. Conseguimos avaliar quem chega, quem consegue germinar, quem cresce e quem se estabelece”, conta a doutora Adriana Martini sobre a importância da coleta de sementes para análise. Cerca de 18 mil sementes foram coletadas em um período de 36 meses na floresta de referência, sendo amostradas 81 espécies. Os resultados evidenciam o bom estado de conservação florestal, assim como os períodos de mais intensidade de dispersão de cada uma das espécies. Na prática, o resultado pode contribuir com a coleta de sementes para a produção de mudas em viveiros, por exemplo, e ampliar a diversidade de mudas para plantios futuros na região afetada. 

Providências da PF e do MPF também são fundamentais para...

...o processo de recuperação da ecologia antes que seja tarde demais


Fontes: WWF - WRI Brasil - USP - ECOA - LabTrop - folhaverdenews.blogspot.com

2 comentários:

  1. Depois mais tarde e ao longo destes dias mais dados sobre recuperação da ecologia perdida com incêndios florestasi e queimadas, caso você tenha informações, faça comentário aqui nesta seção ou divulgue o link de alguma iniciativa que tenha sido bem sucessida e poss ser exemplar nesse momento.

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  2. "Projeto de cientistas em Oceanografia consegu uma recuperação em 40% de corais nativos no ,litoral da Bahia, unindo o trabalho de pesquisadores da Universiodade da Bahia e da ppópilação local na Bahia de Todos Os Santos. É uma outro ângulo e ambiente da luta nesse tempo de mudanças clim[áticas, mostrando que é possível e que dá campo de trabalho a muita gente": comentário de Antônio de Pádua Silvca Padinha, esta surpreendenter notícia acaba de sair agora no Jornal Hoje da Globo, com César Tralli, "não é só em florestas degradadas por incêndios que a ciência da recuperação da ecologia funciona".

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