A perda de 3,4 milhões
de hectares de vegetação nativa nos últimos 35 anos resulta proporcionalmente no bioma
brasileiro que mais perdeu áreas naturais e assim é urgente recuperar a ecologia já
perdida nesta região a bem também da economia e da saúde da população
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Mudanças no bioma também climáticas e... |
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...no modus vivendi e na qualidade de vida gaúcha |
Recebemos por e-mail matéria de
Cristiane Prizibisczki do site O Eco mostrando que o Pampa foi o bioma
brasileiro que mais perdeu vegetação nativa entre 1985 e 2021, em termos
proporcionais, perdeu mais do que a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica. Levantamento foi feito pelo MapBiomas. No período, 3,4 milhões de hectares de
diferentes tipos de campos deram lugar à agricultura, pecuária e reflorestamento industrial, o que
representa uma perda de 29,5% de vegetação nativa. Em termos
comparativos com o Cerrado, segundo bioma que mais perdeu cobertura original,
a porcentagem de perda foi de 20,9%. Segundo o levantamento, em 1985, as áreas
de vegetação nativa ocupavam 61,3% do Pampa. Em 2021, essa participação caiu para 43,2%. Por outro lado, a ação do homem só aumenta sobre o bioma: as áreas
antropizadas somam 46,7%, sendo que 41,6% é somente para a agricultura.
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O Pampa não é mais o mesmo |
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Pesquisa anterior já advertia sobre efeitos |
Dentre os tipos da vegetação original do Pampa
que mais sofreram transformação, a campestre está no topo da lista. 36% a menos
de área coberta por campos no período, majoritariamente para dar lugar às
monoculturas. As praias e dunas perderam 28% de sua área e as formações
florestais, cerca de 3%. Em contrapartida, a "silvicultura" –
plantação de espécies madeireiras para exploração, a exemplo do pinus e do
eucalipto – teve um salto no bioma: nos últimos 37 anos, a área ocupada para esta
atividade industrial aumentou 1.641% e, hoje, já ocupa 3,8% do Pampa. A agricultura aumentou sua área em
54,2% e hoje ocupa 2,8 milhões de hectares do bioma (41,6%).
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A recuperação de áreas nativas do Pampa assim... |
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...como de todos os biomas do Brasil... |
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...é uma questão socioambiental também |
“A gente vê que está havendo uma
troca de áreas de vegetação campestre, historicamente utilizada para uso
pecuário, pela agricultura, e o que mais impressiona é que essa transformação
tem sido cada vez mais intensa”, disse o pesquisador Eduardo Velez, da empresa
de Tecnologia da Informação GeoKarten e parceiro do MapBiomas. Segundo a análise da organização,
essa transformação de uso da terra se manteve estável entre 1985 e 1997, mas
viu uma intensificação a partir do final dos anos 1990. Entre 1998 e 2009, a
taxa de conversão de vegetação campestre para agricultura era de 106 mil
hectares por ano. Entre 2010 e 2020, ela subiu para 157 mil hectares/ano. “O avanço exagerado da agricultura,
especialmente da soja, sobre as áreas de vegetação campestre deve servir de
alerta sobre qual será o futuro do bioma. Estamos deixando de lado a pecuária
sustentável, que é a vocação natural do bioma (e que permite produzir e ao
mesmo tempo conservar a natureza) e apostando tudo em poucas commodities, como
a soja e a chamada silvicultura”, explica Heinrich Hasenack, pesquisador da UFRGS. “Uma
economia pouco diversificada aumenta os riscos de prejuízos recorrentes com as
perdas de safras, como vimos nos últimos anos, especialmente num cenário das crescentes mudanças climáticas”.
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Gaúchos em extinção... |
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...junto com áreas e culturas nativas... |
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... é urgente recuperar a ecologia perdida do Pampa |
Este trabalho também mostrou que 1 em
cada 4 hectares de vegetação nativa no Pampa é vegetação secundária, isto é, aquela
que já foi suprimida ao menos uma vez e acabou se regenerando. Atualmente, dos
43,2% de cobertura vegetal, 25% já foram derrubadas alguma vez nesse período de 37 anos que foi analisado por esta pesquisa. Cá entre nós, estes dados mostram o desafio gigante que será recuperar nos próximos anos o equilíbrio ecológico da região sul do Brasil, para se evitar secas ou enchentes, perda de produtividade e aumento de doenças nas plantações e nas pessoas, por exemplo, pelo uso excessivo de agrotóxicos. Urgente lá como em todo o país um plano emergencial de gestão ambiental do clima e do meio ambiente para o Pampa ter futuro.
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Recuperar áreas nativas ajudará até a economia e a saúde da população além da beleza da natureza do sul |
Fontes: oeco.org.br –
folhaverdenews.blogsdpot.com
Depois mais tarde e amanhã mais algumas informações em comentários aqui nesta seção do blog da gente.
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui sua opinião ou informação, se puder ou quiser envie o seu conteúdo (texto, foto, vídeo, arte, notícia, pesquisa etc) que posteriormente divulgaremos o material, mande desde já a sua mensagem para nosso editor e-mail padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"A recuperação de algumas áreas nativas é importante dentro de um plano governamental de gestão do meio ambiente capaz de recuperar a ecologia do Pampa, evitando escassez de chuvas ou enchentes, queda de produtividade agrícola, controle de doenças, aumento de saúde, a recuperação ecológica do equilíbrio da natureza é urgente em todos os biomas, no sul do país também, além de ajudar os gaúchos não perderem a identidade cultural e poderem criar,um futuro sustentável": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, ecologista e editor deste blog ligado ao movimento ecológico, científico, da cidadania e da cultura da vida, não violência.
ResponderExcluir"O subtpitulo desta matéria resume muito bem o que acontece com o Pampa porque acredito que não basta só apresentar os dados da destruição do bioma mas também indicar alguma solução": comentário de Henrique Barci, de Porto Alegre, que é executivo de empresa turismo.
ResponderExcluir"A perda de 3,4 milhões de hectares de vegetação nativa nos últimos 35 anos resulta proporcionalmente no bioma brasileiro que mais perdeu áreas naturais e assim é urgente recuperar a ecologia já perdida nesta região a bem também da economia e da saúde da população": comentário replica a segunda manchete desta matéria do blog da gente a pedido de Henrique Barci que nos enviou e-mail com "algumas fotos de várias áreas degradadas e que poderiam ser recuperadas com a ciência ambiental", comenta ele.
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