Ele é o jovem holandês que tem a proposta de limpar 80% do lixo do oceano até 2030 (será capaz disso se todos e todas que amam a vida entrarem no seu barco que não é só um sonho)
Ele é o ser humano do mar |
Patrícia Figueiredo, do G1 de Lisboa em Portugal (país que ama o mar) nos conta que Boyan Slat decidiu se dedicar à limpeza do mar aos 16 anos e uma década depois comanda a entidade The Ocean Cleanup já com projetos, planos e realizações em alto mar e em rios de vários lugares do mundo. Ele gostaria de atuar também no Brasil, a gente também quer muito ele por aqui. A guerra que é ecológica e que ele criou há 11 anos hoje já tem equipamentos para limpar 80% do lixo plástico até 2030 e 90% até 2040, depois de testes feitos positivamente no Mar do Norte.
Primeira versão do The Ocean Cleanup |
A gente agradece a amante da natureza que nos enviou o link desta matéria. Nossa equipe do blog Folha Verde News já tinha se referido há um ano a este jovem ecologista holandês numa das edições do Podcast da Ecologia, que voltará em breve ao ar na web. Boyan Slat tinha 16 anos quando, em uma viagem para fazer mergulho submarino na Grécia, encontrou mais sacolas plásticas do que peixes no mar. Da experiência ele tirou inspiração para criar um dispositivo que recolhe o lixo plástico do oceano. Hoje com 27 anos, Boyan virou CEO da iniciativa The Ocean Cleanup, que garante ter meios para retirar 80% do plástico no mar até 2030 ou cerca de 90% até 2040. A promessa consta em uma carta enviada pelo jovem à organização da Conferência do Oceano da Organização das Nações Unidas que aconteceu nestes dias em Lisboa Com a criação, o ativista da ecologia marítima ganhou fama: em 2014 ele recebeu o título de Campeão do Planeta da ONU, o que lhe rendeu a aparição em diversas listas de jovens promissores, como a Forbes 30 Under 30 e a da revista Time. No site da iniciativa que ele comanda, há detalhes sobre o sistema de limpeza, mas também são vendidas camisetas e garrafas reutilizáveis com sua marca, afinal, Boyan virou uma celebridade da oceanografia.
O principal sistema criado por ele funciona como uma espécie de barragem móvel, que é levada por dois barcos. Esse coletor de lixo vai se enchendo conforme os barcos avançam a uma velocidade determinada e conforme o plástico vai se movendo por conta das correntes marítimas. O sistema de coleta de lixo plástico no oceano da iniciativa The Ocean Cleanup em testes no Oceano Pacífico em 2021 deram positivo ao norte da Europa. Quando fica cheia, essa espécie de rede é fechada, selada e levada até o barco, onde é descarregada. Depois que os navios que operam o sistema ficam cheios de plástico, o lixo é levado até um centro de reciclagem em terra firme. Para encontrar melhor os locais ideais para limpeza, a organização não governamental utiliza modelos matemáticos que preveem em quais lugares do oceano o plástico tem mais chances de se acumular. Além deste sistema de coleta no mar, a ONG comandada pelo jovem holandês também desenvolveu um equipamento movido à Energia Solar para retirar o lixo dos rios antes mesmo que ele chegue até o oceano. Genial. Chamados de interceptores, esses equipamentos também funcionam criando barreiras para o lixo plástico. Atualmente, a Ocean já tem dez dessas sistemas funcionando em rios de diferentes lugares do mundo, da Jamaica à Indonésia, passando por países como Malásia e República Dominicana.
Hoje com 27 anos Boyan Slat por seu insight genial de ecologia tem apoio em todo o planeta e seu plano pode se concretizar nas próximas décadas |
Sistema em ação - Boyan Slat tinha apenas 18 anos quando inventou, em 2013, o primeiro protótipo do sistema de limpeza dos mares. Logo depois, em 2014, ele recebeu um prêmio da ONU e começou a ganhar reconhecimento. Foi nessa época que ele passou a atrair investidores para o seu projeto, que atualmente incluem nomes como a banda Coldplay e até a fabricante de refrigerantes The Coca-Cola Company pensando em limpar sua marca com esse marketing do mar. As primeiras operações de limpeza começaram apenas em 2018, quando a The Ocean Cleanup testou o equipamento System 001. Depois, em 2019, uma evolução do mesmo sistema fez a primeira extração de plástico na região conhecida como a Grande Ilha de Lixo do Pacífico. Desde então, o System 001 evoluiu para System 002 – conhecido também como Jenny – para realizar algumas operações de limpeza pontuais ao longo dos anos de 2021 e 2022. Agora, o plano ecológico é chegar a 10 sistemas em operação na região do Oceano Pacífico que mais concentra lixo plástico, e dobrar o número de equipamentos em funcionamento em rios a cada ano.
"Agora, nos próximos 12 meses, vamos focar no amadurecimento das nossas soluções. São sistemas comprovados, eles funcionam, então é tudo uma questão de obter mais experiência. Queremos dobrar a quantidade de interceptores nos rios a cada ano, e também aumentar de um para dez sistemas em operação na grande mancha de lixo do Pacífico em 2 anos". (Boyan Slat)
Já está em operação o sonho de limpar o mar |
A atleta brasileira Maya Gabeira tem a ver também com a ecologia marítima (confira depois na seção dos comentários) |
Os planos de expansão incluem o Brasil porque, segundo ele, o país é um dos que tem mais rios com potencial para a remoção do lixo plástico. "Certamente há muito trabalho para ser feito no Brasil e nós adoraríamos trabalhar com empresas locais e governos para tentar levar os interceptores para os rios do Brasil também. É um bom investimento para os governos porque é muito mais caro limpar esse lixo na costa, depois que ele já afetou as praias e o turismo, do que simplesmente coletar enquanto ele ainda está nos rios. A criação de Boyan é focada em meios para retirar o lixo que já está no mar, mas o próprio inventor reconhece que é necessário pensar também em estratégias para evitar que a produção de plástico se mantenha nos níveis atuais. Segundo a ONU 89% do lixo plástico encontrado no mar vem de itens de uso único, como sacolas de plástico e embalagens. Dados mais recentes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) mostram que o montante de plástico no oceano é estimado em algo entre 75 e 199 milhões de toneladas. Esse lixo afeta mais de 800 espécies marinhas e costeiras, seja pelo risco de emaranhamento no lixo, seja por mudanças no seu habitat. Isso, além de prejudicar a saúde dos seres vivos e dos humanos e levar ao caos a ecologia da vida no planeta, nada menos do que isso. Estas foram algumas das propostas da Conferência Mundial do Oceano, que rolou nestes dias em Lisboa, a capital do país que tem vínculos históricos e ambientais com o mar.
A jovem filha de Fernando Gabeira busca proteger o mar com... |
...o coração, o amor, o surf, enquanto que Boyan Slat... |
...busca salvar o oceano com a tecnologia... |
...já começou a operação maravilhosa de recuperar a ecologia dos oceanos antes que seja o caos da vida |
Fontes: G1 - Earth Jornalism Network da Internews - The Ocean Cleanup - folhaverdenews.blogspot.com
Depois, mais tarde, amanhã, mais dados nesta seção, venha conferir.
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ResponderExcluir"O oceano não tem apenas Baleias, Golfinhos, mistérios e o futuro da Terra, tem também o ser humano do mar, que se chama Boyan Slat": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, editor deste blog.
ResponderExcluir"Além de fornecer alimento e trabalho, o oceano também tem um papel fundamental na regulação climática do planeta, é ele que garante que a temperatura da Terra fique em níveis adequados para a sobrevivência de diversas espécies, inclusive os chamados seres humanos": comentário extraído da Internews.
ResponderExcluir"Porém, por conta da ação humana, os mares têm sofrido diversos desafios, que passam pelo aumento da poluição, causada principalmente por plásticos, e também pela elevação da acidez da água, provocada pela alta nas emissões de carbono na atmosfera": comentário Earth Jornalism Network, Internews.
ResponderExcluir"As discussões da Conferência do Oceano da ONU em Portugal foram focadas na redução do uso de plástico e, a longo prazo, na completa substituição deste material. Mas foram também estimuladas iniciativas de limpeza pontuais como a que foi criada por Boyan Sllat": comentário na matéria do G1 de Lisboa.
ResponderExcluir"Algo precisa ser feito urgente, por exemplo, o lixo boia nas águas da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro": comentário de Maya Gabeira, surfista e ecologista que participou também da Conferencia dos Oceanos da ONU.
ResponderExcluir"Oceanos cobrem mais de 70% do planeta, geram a metade do oxigênio que respiramos e absorvem mais CO2 do que a atmosfera da Terra. Mas vivemos hoje a maior emergência oceânica": comentário de Antonio Guterres, secretário geral da ONU.
ResponderExcluir"Os ecossistemas e ciclos dos mares estão bastante ameaçados pelo aquecimento global, levando a ONU a organizar em Portugal dias atrás, uma conferência internacional dedicada à proteção oceânica. Embora ela não tenha rodada de negociações, vai elevar a pressão para medidas concretas de defesa da vida marinha nas próximas COPS (conferências climáticas) dos países que integram as Nações Unidas. O aquecimento global está levando as temperaturas dos oceanos a níveis recorde, criando tempestades mais fortes e frequentes. Os níveis dos mares estão subindo. Países de ilhas baixas se veem ameaçados pela inundação, assim como qualquer grande cidade costeira do mundo”,: comentário em matéria da BBC.
ResponderExcluir"Ao absorver o CO2 produzido em excesso pela atividade humana, os oceanos também estão mais ácidos, o que ameaça as cadeias alimentares aquáticas e a capacidade futura de retirar carbono da atmosfera. Além de tudo isso, microplásticos frutos da poluição matam estimados 100 mil animais marinhos e 1 milhão de pássaros aquáticos a cada ano": comentário na BCC sobre Conferência Mundial dos Oceanos na semana passada.
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