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segunda-feira, 13 de junho de 2022

ÚLTIMO SHOW DE MILTON NASCIMENTO TRANSFORMA 2022 COMO ANO DE DESPEDIDA DOS PALCOS NO BRASIL E EM VÁRIOS PAÍSES DE UM DOS MAIORES CANTORES DO MUNDO

A turnê começou agora em junho no Rio de Janeiro e terminará com show no Mineirão em novembro


Na sua casa em Três Pontas, Minas Gerais

Milton Nascimento anuncia a turnê final da carreira com A última sessão de música. Ele é um músico fora do comum também um líder extraordinário do movimento ecológico, cultural, da cidadania e da cultura da vida está para completar 80 anos, mantendo ainda toda a energia, pretende continuar compondo e ouvindo canções mas sem a rotina dos shows e viagens, talvez gravando alguns novos trabalhos. "Minha avó quando menino me deu uma sanfona, foi meu primeiro instrumento, o começo de tudo", contou Milton Nascimento. "Isso foi quando antes de um show em Franca (SP) ele me recebeu  para uma entrevista ao DF no hotel Tower. A gente já se conhecia, estivemos juntos na casa de Fernando Faro em São Paulo. No hotel, fui junto com Gaspar Tsiwari Waratzere, Xavante, líder da aldeia de Namunkurá, Mato Grosso. Milton doou alguns recursos. como um sistema de gravação de som aos indígenas. Convidados por ele e seu parceiro Fernando Brandt fomos para o show em que mais uma vez ele mostrou a sua genialidade musical e contou uma divertida história que vivenciou com um índio numa turnê em Paris, além de estimular uma visão crítica da realidade", conta Antônio de Pádua Silva Padinha, editor deste blog Folha Verde News. 


Talvez o maior cantor da história da música brasileira


Milton Nascimento vai fazer a última turnê da carreira a partir de agora. É uma despedida dos palcos, mas não da música, segundo o cantor de 79 anos. (Foto Marcos Hermes): "Eu jamais poderia encerrar essa parte da minha vida de tantos anos na estrada sem homenagear aqueles que me acompanham esse tempo todo: os músicos, os amigos, os fãs", explicou Milton Nascimento em sua casa. A turnê  começou no Rio de Janeiro no dia 11 de junho, agora  segue para Europa, Estados Unidos e termina no estádio do Mineirão em BH, dia 13 de novembro. Os ingressos para os shows estão sendo vendidos no site aúltimasessãodemusica.com.br




O repertório desta série de shows vai ter músicas de todas as fases da carreira. "Ponta de Areia", "Encontros e Despedidas", "Travessia", "Cio da Terra" e "Nos Bailes da Vida" estão entre os clássicos confirmados.


Um fenômeno da MPB e da cultura do povo brasileiro


No site Letras, Renata Arruda conta que Milton Silva Campos do Nascimento nasceu no dia 26 de outubro de 1942, em uma favela na Tijuca, no Rio de Janeiro. Abandonado pelo pai, foi criado pela mãe, Maria do Carmo do Nascimento, que trabalhava como empregada doméstica. Antes de completar dois anos, Milton ficou órfão de sua mãe e foi levado para morar com a avó em Minas Gerais. Ela então  também trabalhava como empregada doméstica, na casa da professora de música Lília Silva, que ficou muito  apegada à criança, Lília e seu marido Josino Campos, dono de uma estação de rádio, pediram para adotá-lo. A avó concordou sob as seguintes condições: que não tirassem o nome da mãe biológica do registro e que o trouxessem para que ela pudesse vê-lo sempre. Assim, aos seis anos de idade, Milton parte com a família para Três Pontas, em Minas Gerais. Ele acabou sendo o primeiro de quatro irmãos e sempre soube que havia sido adotado. Respondeu o carinho com muito estudo e trabalho para desenvolver seu dom natural e de compor canções que também ajudaram (até nos tempos ditatoriais) a fomentar o desenvolvimento das lutas pela democracia, pela ecologia, pela cidadania, pela poesia do Brasil...


Elis Regina foi uma parceira de voz, também uma companheira de muitas lutas e juntos Milton e ela atingiram o ápice da MPB mesmo nos tempos mais difíceis para a liberdade de expressão


Como muitos sabem, Milton Nascimento é conhecido também entre amigos e amigas como Bituca. O apelido surgiu ainda na infância e é uma referência aos povos indígenas que foram chamados de botocudos por utilizarem botoques labiais. Isso porque, quando contrariado, o pequeno Milton fazia um bico grande. O cantor disse que o bicão era sua marca -  Qualquer coisa que o pessoal fazia que eu não gostava, o bico vinha aquiJá a sua irmã Elisabeth contou outra história. Segundo ela, o apelido teria sido dado por amigos com os quais ele estudava. Um dia, um deles apareceu na porta de casa chamando pelo Bituca. Quando sua mãe perguntou mas por que Bituca? E o amigo respondeu: - Ah, porque ele é botocudo, então, para ficar mais carinhoso, botocudo virou Bituca. Um apelido carinhoso, que tem também outras estórias divertidas na vida de luta deste maravilhoso músico e poeta, que fez várias gerações viajar no sonho de uma vida com mais emoção e sensibilidade. 


A voz de várias gerações brasileiras


(Na seção de comentários deste blog a gente conta os primeiros passos na música e resume toda a trajetória de Milton Nascimento que será tema de um filme, que já começou a ser preparado pela produtora internacional Gullane. Nesta webpágina vamos também postar dois vídeos (um na entrevista recente à Maju Coutinho, do Fantástico, outro com Chico Buarque no seu auge, O Que Sera) vídeos que expressam a musicalidade de Milton Nascimento, eternizado pelo seu talento, pelo seu amor à cultura, à cidadania e à vida de nossa terra e da nossa gente)


Turnê 'A última sessão da música'

·         11 de junho - Rio de Janeiro - Cidade das Artes

·         15 de junho - Torino (Itália) - Torino Jazz Festival 2022

·         21 de junho - Londres - Union Chapel

·         23 de junho - Lisboa - Coliseu dos Recreios

·         26 de junho - Castelo Branco, Portugal - Cine-Teatro Avenida

·         29 de junho - Porto, Portugal - Casa da Música

·         02 de julho - Braga, Portugal - Theatro Circo

·         10 de julho - Veneza, Itália - Teatro La Fenice

·         06 de agosto - Rio de Janeiro - Jeunesse Arena

·         07 de agosto - Rio de Janeiro - Jeunesse Arena

·         26 de agosto - São Paulo - Espaço Unimed

·         27 de agosto - São Paulo - Espaço Unimed

·         30 de setembro - Flórida, Estados Unidos - The Parker

·         06 de outubro - Nova York, Estados Unidos - Town Hall

·         09 de outubro - Boston, Estados Unidos - Berklee

·         16 de outubro - Berkeley, Estados Unidos - The UC Theatre

·         13 de novembro - Belo Horizonte – Mineirão 


Bituca venceu uma batalha na saúde do coração e volta aos palcos pela última vez para encantar com a música de Minas, do Brasil e do mundo dos que amam a liberdade e a vida 


Fontes – G1 – O Tempo – folhaverdenews.blogspot.com


11 comentários:

  1. Depois, mais tarde, vamos postar mais dados e informações sobre o trabalho, a trajetória e o valor extraordinário de Milton Nascimento para a música e a vida do Brasil.

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  2. Você pode postar direto aqui sua opinião sobre Milton Nascimento, se preferir ou puder e quiser envie um conteúdo (texto, foto, vídeo, canção, arte, charge, notícia, pesquisa) sobre esta voz genial e pessoa maravilhosa. Mande desde já pro e-mail do nosso editor padinhafranca603@gmail.com

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  3. "Vencendo o cateterismo e o negativismo destes tempos bicudos de hoje em dia, nosso querido Bituca volta a cantar, ainda que seja pela última turnê, de despedindo dos palcos. Em sua Minas Gerais vai continuar compondo e cantando, vivenciando a música da vida, algo do que ele se tornou um mestre genial": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, editor deste blog Folha Verde News e que na sequência vai gravar um podcast em homenagem a ele, a Voz do Brasil da liberdade e da sensibilidade, raras nesse tempo de tantas violências.

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  4. "Tive a oportunidade de ouvir agora a gravação da primeira música de Milton Nascimento, Barulho de Trem, ela já tinha o seu estilo e a sua voz que consagraria este músico na minha opinião espetacular": comentário de Marcos Hermes, fotógrafo, que fez algumas das imagens que estão postadas aqui hoje.

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  5. "Milton Nascimento cresceu em uma família musical. Aos 4 anos, ganhou uma sanfona de dois baixos e aprendeu a cantar com sua mãe. Aos 13 anos, ganhou seu primeiro violão e se tornou crooner do conjunto Continental de Duilio Tiso Cougo": comentário de Renata Arruda, que escreveu uma biografia dele no site musical Letras.


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  6. "Aos 15 anos, este grande artista fundou o grupo vocal Som Imaginário ao lado de Wagner Tiso, seu amigo de infância. Em seguida, eles se uniram a Wesley e Wanderley, irmãos de Wagner, e criaram os W’s Boys, que se apresentava nos bailes de Três Pontas e pelo interior de MInas": comentário também de Renata Arruda.


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  7. "A primeira canção gravada profissionalmente por Milton Nascimento foi Barulho De Trem, em 1962. No ano seguinte, ele partiu para Belo Horizonte, onde pretendia estudar Economia. Porém, a sua paixão pela música prevaleceu. Nesta época, Milton se envolveu com vários projetos: com Wagner Tiso, ele montou o conjunto Holiday e gravou um compacto duplo. Com o baterista Paulinho Braga, criou o Berimbau Trio e com o pianista Marilton Borges, fundou o conjunto Evolusamba. Foi durante os ensaios na casa deste último que o cantor conheceu os irmãos Márcio e Lô Borges, além dos parceiros Beto Guedes e Fernando Brant, com quem mais tarde formaria o Clube da Esquina, formado por Lô Borges, Fernando Brant, Juscelino Kubitschek (sim, ele que fora presidente do Brasil) Márcio Borges e claro Milton Nascimento": comentário de Marilon Borges, músico mineiro.

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  8. "Em 1966, ele se mudou para São Paulo. Lá, Milton participou do 2º Festival da Música Popular Brasileira com a canção Cidade Vazia, se classificando em quarto lugar. Em seguida, conheceu Elis Regina, que gravou Canção Do Sal, primeira música do compositor a se tornar nacionalmente conhecida. Sucesso e lançamento do primeiro álbum, em 1967, Milton teve três canções classificadas no Festival Internacional da Canção: Maria, Minha Fé, Morro Velho e Travessia. Esta última ficou em segundo lugar na competição e ainda o consagrou como o melhor intérprete, além de ser um marco da MPB": comentário extraído do site e jornal O Tempo, de BH, MG. ...................................................

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  9. "Foi também em 1967 que Milton lançou seu álbum de estreia, Travessia, acompanhado pelos músicos do Tamba Trio. Em 1968, ele gravou o LP Courage, nos Estados Unidos, a convite do músico Eumir Deodato. No disco há uma versão de Travessia chamada Bridges. A partir dos anos 70, passou a integrar o jazz e o rock em suas composições, aliando os gêneros aos ritmos tradicionais mineiros, a MPB e a bossa nova. Foi ao longo daquela década que o artista gravou os discos que orientaram toda a sua criatividade e formam um monumento cultural, não menos do que isso": comentário de Paulo Santos, crítico musical nos anos 70 e 80, hoje morando no interior de Minas Gerais.

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  10. "Em 1972, Milton Nascimento e Lô Borges lançam o LP duplo Clube da Esquina, acompanhados pelo compositor Márcio Borges e os músicos Tavinho Moura, Flávio Venturini, Beto Guedes, Fernando Brant, Toninho Horta e Wagner Tiso. O projeto surgiu de uma inquietação dos artistas mineiros, que se reuniam na esquina das ruas Divinópolis com Paraisópolis, no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte. Os encontros deram origem a um verdadeiro movimento vanguardista, batizado de Clube da Esquina, produzindo lindas e inteligentes músicas que hoje fazem parte da herança cultural de Milton e seus parceiros para as novas gerações pesquisarem": comentário também de Renata Arruda.

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  11. "O álbum Clube da Esquina trouxe importantes inovações para a música brasileira, sendo sempre reconhecido internacionalmente se tornou um dos mais influentes da história musical brasileira. Nele estão grandes clássicos como Trem Azul, Tudo O Que Você Podia Ser, Nada Será Como Antes e Paisagem da Janela. Com uma longa trajetória de sucesso, Milton Nascimento lançou mais de 30 álbuns e gravou com inúmeros artistas nacionais e de todos os continentes. Ao longo de sua carreira, o artista compôs trilhas para o cinema e o teatro e conquistou prêmios importantes, incluindo quatro Grammy. Dentre os destaques estão canções como Maria, Maria e Coração de Estudante, que se tornou o hino do movimento Diretas Já, em 1984. Nos anos 90, a música Canção da América emocionou o país ao se tornar tema do funeral de Ayrton Senna. E agora
    recentemente, Milton Nascimento anunciou que a produtora Gullane está preparando uma cinebiografia sobre a sua vida. O projeto ainda está em desenvolvimento e em breve mais informações serão divulgadas. Enquanto o filme não vem, é possível assistir ao documentário Milton e o Clube da Esquina, disponível na Globoplay": comentário extraído de matéria do G1.

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