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sábado, 24 de julho de 2021

UMA TECNOLOGIA CRIADA PARA O BEM PODE VIR A SER INSTRUMENTO DE PERSEGUIÇÃO OU DE CENSURA AMEAÇANDO A LIBERDADE DE EXPRESSÃO TAMBÉM NO BRASIL

Pegasus: software espião coloca a liberdade em risco segundo alerta especialista que ressaltou isso a Carlos Palmeira no site TecMundo


 Uma tecnologia de ponta mas que pode ser mal usada


Um consórcio de veículos revelou que o velho conhecido spyware Pegasus estava espionando principalmente celulares de ativistas de direitos humanos, jornalistas, advogados e lideranças de outros grupos. No Brasil, o governo teria tentado, inclusive, comprar o programa da NSO Group (de empresa israelense que desenvolveu a solução). O especialista Daniel Barbosa, muito bem informado em segurança da informação as empresas ou das pessoas ou dos governos, ele que atua com cibersegurança ESET, comenta que o Pegasus já tem sido detectado circulando pelo Brasil há uns 3 anos. "O malware é um APT (Advanced Persistent Threat), um tipo específico de software malicioso que realiza ataques sofisticados para roubar dados e espionar informações sigilosas, por exemplo ou de autoridades investigando cidadãos e cidadãs" explicou Daniel Barbosa. Explica também que é possível rastrear este e outros tipos de malwares a partir de "indicadores de comprometimento", que são espécies de impressões digitais dos programas. No caso do Pegasus, porém, sua rastreabilidade é bastante difícil, já que ele tem técnicas avançadas de ocultação. Apesar disso, Barbosa explica que é pouco provável que usuários comuns estejam com seus smartphones infectados: "O Pegasus foi concebido para ser negociado com governos, não é um malware encontrado em shoppings para ser vendido para qualquer pessoa. Sendo assim, a probabilidade de haver operadores 'avulsos' deste malware atuando em qualquer lugar do mundo é bem baixa, de toda forma, esta tecnologia pode representar riscos à liberdade de expressão. 


É um malware que na mão de governantes sem ética...

...vira um crime de cidadania e uma ferramenta para perseguir ou censurar

Mesmo que cidadãos ou cidadãs comuns não estejam expostas, neste momento, ao risco de terem detalhes de mensagens de WhatsApp, ligações, câmera e microfone vazados, o malware representa um grande perigo. Veja que a NSO Group negocia a ferramenta com governos e que isso pode representar riscos para a sociedade civil, a cidadania, Assim há este caso narrado nesta semana apontando que havia alguns vigiados pelo sistema e eles eram jornalistas, políticos de oposição, ativistas de direitos humanos e outros, daqui algum tempo os alvos podem virar uma rotina especialmente em governos mais fechados ou ditatoriais. "Hoje, a ameaça pode ter um foco nos cargos X, mas amanhã os cargos Y também poderão ser "monitorados". Por isso, é necessário que todos nos preocupemos cada vez mais com a segurança das informações e nos atentemos cada vez mais a questões relacionadas à privacidade, para que direitos fundamentais dos cidadãos e cidadãs não sejam ofendidos". A tecnologia de ponta que foi criada como mais uma plataforma de avançar a comunicação, mal usada, vira um crime. 

 

Inventaram o avião que depois virou veículo de bombas na guerra, com o Pegasus pode ocorrer o mesmo desvio

Por causa disso, o expert Daniel Barbosa argumenta que nós todos devemos nos conscientizar e tomar medidas de proteção às informações pessoais, também para casos em que os cibercriminosos estejam querendo dinheiro e não necessariamente espionar a vítima. Este pesquisador de tecnologia recomenda o cuidado com acesso a sites desconhecidos, evitar baixar arquivos suspeitos e desconfiar sempre de contatos estranhos. Além disso, ele ressalta a importância da instalação de softwares de proteção que trabalham em camadas, eles devem estar sempre atualizados e devidamente configurados.


A censura, a espionagem, a perseguição política...


Tentativa de compra da tecnologia pelo Governo - Assim como outras nações que declaradamente utilizam  o Pegasus, o governo brasileiro teria tentado comprar a polêmica tecnologia israelense de espionagem. Uma licitação (n° 03/2021) chegou a ser aberta pelo Ministério da Justiça e dedicava um valor de R$ 25,4 milhões para a aquisição de uma ferramenta de "busca e consulta de dados". De acordo com uma reportagem de maio do Uol, o filho do presidente da República e vereador carioca, Carlos Bolsonaro (Republicanos), teria, inclusive, articulado para remover entidades como o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) da licitação. Segundo a versão dele, a intenção do político era expandir um "grupo paralelo de inteligência" no governo. A participação da NSO Group no pregão eletrônico chegou a ser confirmada por fontes do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), sendo que, posteriormente, a empresa de Israel desistiu da licitação por motivos não revelados, talvez devido a críticas e repercusssão negativa. Nesta ocasião. o vereador Carlos Bolsonaro não se manifestou oficialmente sobre o assunto. Horas depois de algumas matérias terem ido ao ar, ele publicou uma referência ao anime Cavaleiros do Zodíaco, dizendo para disfarçar que o personagem Seiya era "o único Pegasus" que ele conhecia.


A espionagem é uma nova ferramenta tecnológica ou a atualização de uma barbaridade


Resposta da NSO Group - Em contato com a NSO Group para questionar sua relação com o governo brasileiro, respondendo por e-mail, a empresa explicou que "por motivos contratuais e de segurança nacional, não pode confirmar ou negar a identidade dos clientes governamentais". Segundo a companhia, eles também não podem comentar sobre antigos clientes governamentais que já tiveram os sistemas desligados. Em nota, a empresa também negou todos os fatos atribuídos à ela, incluindo a informação de que o Pegasus já teria "grampeado" mais de 50 mil números de celulares ao redor do mundo. A companhia israelense ainda chamou a história divulgada neste final de semana "sem fundamento". Não é o que parece. De toda forma, defendendo o Pegasus, a empresa observou que a sua tecnologia em casos positivos tem ajudado a prevenir e investigar crimes de pedofilia, ataques terroristas e suicidas, tráfico de drogas, sequestros e outros tipos de problemas. Ela também sustentou que investiga o mal uso de sua ferramenta.




(Depois, na sequência, amanhã, mais algumas informações sobre esta polêmica tecnologia na seção de comentários no blog da gente, nesta edição vamos também postar dois vídeos, um deles do jornalismo da Band sobre caos de espionagem política com Pegasus, no outro, do canal Mundo Desconhecido, um lado positivo da tecnologia Pegasus, no caso, um domínio quântico do tempo)


O mito Pegasus é muito mai do que esta tecnologia espiã


Fontes: tecmundo.com.br - Uol - Washington Post

                folhaverdenews.blogspot.com

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