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terça-feira, 27 de abril de 2021

ARQUIPÉLAGO CARIOCA SE DESTACA MUNDIALMENTE PELA BIODIVERSIDADE INCLUSIVE COM 8 MIL AVES E ESPÉCIES MARINHAS JÁ RARAS

Hoje ameaçadas apenas pela pesca predatória as Ilhas Cagarras no Rio de Janeiro são uma unidade de conservação desde 2010 e agora foram oficializadas como um Hope Spot pela Missiom Blue (ponto de esperança da vida oceânica no planeta)

 

8 mil aves de 600 espécies algumas já raras...

...além de Baleias e Golfinhos...

 ...o arquipélago está protegido pelo seu valor biológico

O próprio movimento ecológico e científico foi surpreendido pela matéria da repórter ambientalista Duda Menegassi no site O Eco, com esta informação. Já se sabia que este arquipélago era um point de ecoturismo, mas agora estas ilhas estão se destacando internacionalmente porque Sylvia Earle, uma das maiores personalidades mundiais em conservação marinha,  as elegeram de maneira oficial. Earle lidera a iniciativa Mission Blue (Missão Azul) que busca reconhecer locais que, por sua biodiversidade e importância para os mares do mundo ganham o título de Hope Spots, ou seja, pontos de esperança. Desde 2016, quando foi criada, a aliança internacional já reconheceu 130 locais em todo planeta. O local mais recente da lista ecológica está em território brasileiro, mais especificamente, em águas cariocas: o arquipélago das Cagarras, conjunto de ilhas protegido como Monumento Natural desde 2010, não muito longe do Leblon, à entrada da Baía de Guanabara. O título Ponto de Esperança tem como objetivo dar visibilidade  e assim mobilizar esforços e investimentos globais para garantir a preservação da sua ecologia. É o segundo ponto oceânico brasileiro que entra na lista da entidade liderada pela bióloga marinha Silvia Earle, que escreveu o livro ícone "A Terra É Azul". O outro destaque havia sido Abrolhos, no litoral da Bahia, que andou ameaçado há alguns meses com a lama das barragens de mineração que ali chegavam através da foz do poluído Rio Doce. O que se espera do Brasil é a proteção de Abrolhos e também o controle do excesso de pesca nas Ilhas Cagarras.  Estes dois Pontos de Esperança no país se juntam a outros locais ambientalmente importantes como Galápagos, no Equador ou a Grande Barreira dos Corais, na Austrália. 

 

 O jornalista e mergulhador Caio Salles (Verde Mar)...

...apoiou a proposta da bióloga Aline Aguiar e...

...Silvia Earle (Mission Blue) oficializou o avanço

Para se tornar um Ponto de Esperança não basta a beleza da paisagem, os critérios são maiores, alta abundância e diversidade de espécies, habitats ou ecossistemas, populações particulares de espécies raras, ameaçadas ou endêmicas, potencial para reverter danos de impactos humanos negativos, presença de processos naturais, como grandes corredores de migração ou áreas de desova; valores históricos, culturais ou espirituais significativos e até importância econômica. O essencial é que os locais selecionados pela equipe internacional de Silvia Earle forneçam esperança, literalmente, para a conservação da vida original dos oceanos.


O ser humano quando mergulha assume...

...o amor pelas espécies de vida marítima


A proposta de Hope Spot para este arquipélago carioca foi feita pela bióloga marinha Aline Aguiar, do Projeto Ilhas do Rio/Instituto Mar Adentro, que atua na conservação e pesquisa do Monumento Natural (MONA) das Ilhas Cagarras. “Me debrucei sobre as informações e resultados de pesquisa do Projeto Ilhas do Rio e percebi que a Unidade de Conservação e suas águas no entorno atendiam a todos os critérios da Mission Blue para nomeação de um Hope Spot”, conta. Entre os atributos estão: alta diversidade de espécies endêmicas e ameaçadas, um dos maiores ninhais de aves marinhas do Atlântico Sul, remanescentes da Mata Atlântica com características pristinas, fauna marítima de importância ecológica e econômica para pesca, corredor migratório para baleias, presença de um sítio arqueológico e grande potencial para o turismo sustentável. "Este arquipélago é um local muito especial, pois mesmo tão próximo de uma grande metrópole ainda funciona como refúgio da biodiversidade. Suas águas protegidas ajudam na recuperação de populações de peixes, crustáceos e moluscos. A unidade de conservação também se destaca por sua importância cultural. Além da presença de um sítio arqueológico Tupi Guarani na Ilha Redonda, as ilhas são um cartão postal da cidade e movimentam a economia local através do turismo ecológico”, argumentou a especialista Aline Aguiar. Ela defende que além do arquipélago de Cagarras, o título de Ponto de Esperança se estenda também às praias cariocas como Leblon, Copacabana e Vermelha, além da ilha de Cotunduba, na entrada da Baía de Guanabara. 


As Ilha Cagarras contém quantidade e...

...qualidades especiais e raras de peixes


A bióloga Aline Aguiar, madrinha deste avanço na proteção das Ilha Cagarras, teve o apoio importante na sua luta agora vitoriosa do jornalista e mergulhador Caio Salles, que desenvolve o projeto Verde Mar.  Para ele, a inclusão da enseada da Praia Vermelha é um passo importante para fortalecer a proteção na região. Caio destaca ainda que existe uma ideia de criação do Santuário Marinho da Paisagem Carioca, que inclui a enseada, uma proposta em andamento, já apresentada à prefeitura do Rio de Janeiro, que ainda não se manifestou. 


Ponto essencial para a vida oceânica do planeta no Brasil


(Depois mais tarde, amanhã, outras informações sobre o arquipélago e a Mission Blue na seção de comentários deste blog, nesta edição do Folha Verde News vamos postar também dois vídeos, um deles. trailer da Netflix que explica o que é o processo de proteção de áreas importantes para a última biodiversidade dos oceanos, sendo o outro, um documentário do grupo ecológico Mar Adentro, dirigido por Fernando Morais)


 Em Abrolhos assim como neste arquipélago carioca o ecoturismo é outra esperança de preservação da vida do mar


Fontes:  oeco.org.br -  "A Terra É Azul", livro de Sílvia Earle - 

                   folhaverdenews.blogspot.com

3 comentários:

  1. “Parabenizo Aline, Caio e seus parceiros por usarem seus conhecimentos na busca por maior proteção à vida marinha nas Ilhas Cagarras e nas águas circundantes. Nós, como humanos, dependemos do oceano para nos mantermos vivos – e agora é a hora de usar nosso poder para protegê-lo”: comentário de Sylvia Earle, oceanógrafa presidente da Mission Blue.

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  2. Depois mais tarde, amanhã, novos dados nesta seção, aguarde e venha conferir a seção de comentários.

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  3. Você pode postar direto aqui a sua opinião, preferindo, envie o seu conteúdo nesta pauta (foto, texto, vídeo, pesquisa, arte. notícia) pro e-mail do editor deste blog que na sequência vamos divulgar, mande para padinhafranca603@gmail.com

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