Discos solares podem garantir saúde e energia à Terra a partir do espaço e
nova tecnologia de transmissão poderá viabilizar também as usinas solares em lugares
remotos e desabitados. Aqui resumo da matéria da BBC Future que foi feita pelas jornalistas Amanda Jane Hughes e Stefania
Soldini sobre energia solar do espaço. (Elas são ambas engenheiras que pesquisam tecnologia espacial na Universidade
de Liverpool, no Reino Unido). E numa próxima e segunda edição neste tema, enfocaremos também as gigantescas fazendas solares da China, apresentadas por Cris
Baraniuk. O que pode parecer futurista já é na prática uma alternativa de sobrevivência da população humana
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Já se pesquisa e se planeja energia solar espacial em torno da Terra e também da Lua |
Os cientistas acreditam
que enormes painéis solares no espaço poderiam ser usados para captar a
energia do Sol e enviá-la para a Terra. Parece
ficção científica: usinas solares gigantescas flutuando no espaço enviando enormes quantidades de energia para a Terra. E
por muito tempo, este conceito (desenvolvido pela primeira vez pelo cientista
russo pioneiro Konstantin Tsiolkovsky, ainda na década de 1920) foi sobretudo
uma inspiração para escritore. Um século depois no entanto pesquisadores estão
fazendo grandes avanços para transformar o sonho de uma energia limpa, barata e
continental em realidade. A Agência
Espacial Europeia percebeu o potencial desses esforços e agora está
buscando financiar projetos nesta área, prevendo que o primeiro recurso
industrial que obteremos do espaço será "energia irradiada". A
mudança climática é o maior desafio do nosso tempo, então há muita coisa em
jogo. Do aumento das temperaturas globais até as alterações nos padrões
climáticos, os impactos das alterações do clima e sequelas no meio ambiente já
estão sendo sentidos em todo o mundo.
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Há ainda alguns detalhes pendentes para viabilizar já este projeto futurista e necessário hoje em dia |
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Também as fazendas solares da China ainda dependem de um sistema mais avançado de transmissão da energia |
Superar esses desafios exigirá
mudanças radicais na forma como geramos e consumimos energia. Isso também no
Brasil. Mas nosso país ainda não serve
de exemplo setor energético limpo. Os europeus estão se inspirando em outros
exemplos no planeta, como o da Energia Verde Panda, empresa que ergueu na China
uma fazenda com capacidade de geração de
energia solar como nenhum país no mundo, uma gigantesca soma de 130 gigawatts.
Com todos os investimentos que o Brasil vem fazendo no setor, por enquanto, apesar dum grande potencial por
aqui produzimos pouco mais de 2 gigawatts (menos de 1% do total chinês). Bem,
mas este assunto é conteúdo para a segunda matéria sobre a luta para avançar de
forma rápida e sustentável a energia do Sol, ajudando assim a economia, a
ecologia, a saúde e a vida da população.
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A China e a Europa investindo muito em pesquisa e ciência em busca duma revolução energética |
As tecnologias de
energia renovável se desenvolveram drasticamente nos últimos anos, com maior
eficiência e menor custo. Mas uma grande barreira para sua adoção é o fato de
que nos países frios não fornecem um abastecimento constante de energia. As
fazendas eólicas e solares produzem energia apenas quando o vento sopra ou o
sol brilha, mas lá os países precisam de eletricidade solar 24 horas por dia,
todos os dias. Enfim, em última análise, a humanidade carece de uma forma de
armazenar energia em grande escala antes de fazer a troca definitiva e
necessária para fontes renováveis. Nesse sentido, já se desenvolve a energia
solar espacial. Ela tem muitas vantagens. Por exemplo, uma estação de energia limpa
baseada no espaço poderia orbitar a face do Sol 24 horas por dia. A atmosfera
da Terra também absorve e reflete parte da luz do Sol, de modo que as células
fotovoltaicas acima da atmosfera vão receber mais luz solar e produzir maior
quantidade de energia.
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Há também duas ou três alternativas em andamento de pesquisa de aeronaves que não poluem a atmosfera |
Um painel solar
espacial pode consistir de uma grande estrutura ou de várias estruturas menores
reunidas. Um dos principais desafios a serem vencidos é como montar, lançar e implantar as
estruturas no espaço. Uma única estação de energia solar pode ter que cobrir 10
km2, o equivalente a 1,4 mil campos de futebol. Usar materiais leves também
será fundamental, já que a maior despesa será o custo de lançar a estação ao
espaço em um foguete. Uma solução proposta agora é desenvolver uma série de
milhares de satélites menores que vão se unir e se configurar para formar um
único grande gerador solar. Em 2017, pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) esboçaram designs
para uma estação de energia modular, consistindo de milhares de telhas de
células fotovoltaicas ultraleves. Eles também apresentaram um protótipo de
telha que pesa apenas 280g por metro quadrado, semelhante ao peso de um cartão.
Recentemente, avanços nos processos de fabricação, como a impressão 3D, também
estão sendo analisados no que se refere ao seu potencial para energia espacial.
Na Universidade de Liverpool, no
Reino Unido, estão sendo desenvolvidas novas técnicas para imprimir células
fotovoltaicas ultraleves em velas solares. Uma vela solar é uma membrana
dobrável, leve e altamente refletora, capaz de aproveitar o efeito da pressão
da radiação do Sol para impulsionar uma espaçonave sem combustível. Estamos
explorando como incorporar células fotovoltaicas em estruturas de velas para
criar grandes estações de energia sem nenhum combustível. Esses métodos nos
permitiriam construir as usinas de energia no espaço. Na verdade, um dia poderá
ser possível fabricar e implantar unidades no espaço a partir da Estação Espacial Internacional ou da
futura estação lunar, chamada Gateway,
que orbitará a Lua. A energia solar já é usada para abastecer espaçonaves, mas enviar essa
energia de volta para uso na Terra será o próximo passo e fará parte de uma
nova postagem aqui no blog da ecologia e da cidadania
Folha Verde News.
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O Brasil precisa entrar definitivamente na pesquisa e na implantação da energia limpa e sustentável |
(Nesta edição do blog da gente vamos postar dois vídeos que têm a ver com essa temática e completar depois com alguns outros dados na seção de comentários, de que você pode e deve participar)
Fontes: BBC Future - The Conversation - Creative Commons
folhaverdenews.blogspot.com
Amanhã ou depois mais dados nesta seção, aguarde e venha conferir os comentários.
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui nesta seção também a sua opinião ou colaborar com um conteúdo que ilustra ou completa esta matéria sobre energia solar futura já sendo planejada agora na Europa e na China.
ResponderExcluirEnvie o seu conteúdo (texto, pesquisa, foto, vídeo, arte, notícia) para o e-0mail deste blog da gente que depois vamos ampliar este debate, mande já para navepad@bol.com.br
ResponderExcluir"O que parece futurista já é a pesquisa que hoje se desenvolve para tornar possível um amanhã sustentável": comentário de Antônio de Pádua, ecologista e editor deste blog e do Podcast da Ecologia, estimulando o debate, o avanço e a sua participação na criação coleta do futuro.
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