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quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

ESTE PROBLEMA AMBIENTAL A MAIS MOSTRA NO ENTANTO O ALCANCE DA ECOLOGIA DA NATUREZA

A interconexão do clima global é um fato: o degelo no hemisfério norte impacta a Antártida, é o que pesquisou Juan Siliezar, que é da Universidade de Harvard (a tradução e a postagem são do site EcoDebate) e aqui agora um resumo para você no blog da gente, confira as informações: só um toque, o degelo dos polos pode aumentar volume do Atlântico, cidades brasileiras como Rio de Janeiro e Recife estão entre as mais ameaçadas por esta tragédia (amanhã dados na seção de comentários do blog)


A interconexão entre os dois polos norte e sul da Terra...

...já mexe com toda a ecologia das Américas e do Atlântico

Juan Siliezar começa escrevendo que para ver o quão profundamente interconectado o planeta realmente está, basta olhar o que acontece na relação entre os enormes mantos de gelo do hemisfério norte e do polo sul. A milhares de quilômetros de distância, eles dificilmente podem ser considerados vizinhos, mas de acordo com uma nova pesquisa de uma equipe de cientistas internacionais – liderada por Natalya Gomez, Ph.D. 14, incluindo o professor de Harvard Jerry X. Mitrovica – o que acontece em uma região tem um efeito surpreendentemente direto e descomunal na outra, em termos de expansão ou derretimento do gelo. Esta análise, publicada na revista Nature, mostra pela primeira vez que as mudanças na camada de gelo da Antártica foram causadas pelo derretimento das camadas de gelo no hemisfério norte. (Cà entre nós quando a gente fala de todas as sequelas do desmatamento e das queimadas na Amazônia e no Cerrado no clima e no ambiente de toda a América, é uma informação que tem base). 


 Pesquisador da Unicamp foi lá conferir ao vivo na Antártica as mudanças e fizemos matéria aqui no blog

Degelo nos dois polos altera toda a estrutura da...

;;;ecologia e da vida, lá e aqui também


A influência foi impulsionada por mudanças no nível do mar causadas pelo derretimento do gelo no norte durante os últimos 40.000 anos. Entender como isso funciona pode ajudar os cientistas do clima a compreender as mudanças futuras à medida que o aquecimento global aumenta o derretimento das principais camadas de gelo e calotas polares, concluíram os pesquisadores. O estudo mostra como esse efeito gangorra funciona. Os cientistas descobriram que quando o gelo no hemisfério norte permaneceu congelado durante o último pico da Idade do Gelo, cerca de 20.000 a 26.000 anos atrás, isso levou à redução do nível do mar na Antártica e ao crescimento da camada de gelo lá. Quando o clima esquentou depois desse pico, as camadas de gelo no norte começaram a derreter, fazendo com que o nível do mar no hemisfério sul subisse. A ascensão do oceano fez com que o gelo na Antártica recuasse para o tamanho que tem hoje ao longo de milhares de anos, uma resposta relativamente rápida em tempo geológico.“O estudo estabelece uma conexão subestimada entre a estabilidade da camada de gelo da Antártica e períodos significativos de derretimento no Hemisfério Norte”, comenta Jerry X. Mitrovica. 


De repente cientista pega uma praia na Antártica...

As mudanças do clima e do ambiente já impactam o universo da vida, aqui, agora nas Américas e no planeta


A questão do que causou o derretimento tão rápido do manto de gelo da Antártida durante esse período de aquecimento era um enigma antigo. “Essa é a parte realmente empolgante disso”, disse Mitrovica, o Frank B. Baird Jr. Professor de Ciências no Departamento de Ciências da Terra e Planetárias. “O que motivou esses eventos dramáticos em que a Antártica liberou enormes quantidades de massa de gelo? Esta pesquisa mostra que os eventos não foram motivados por nada local. Eles foram impulsionados pelo aumento do nível do mar localmente, mas em resposta ao derretimento das camadas de gelo muito distantes. O estudo estabelece uma conexão subestimada entre a estabilidade da camada de gelo da Antártica e períodos significativos de derretimento no Hemisfério Norte”. O recuo foi consistente com o padrão de mudança do nível do mar previsto por Gomez, agora professor assistente de ciências da Terra e planetárias na Universidade McGill, e colegas em trabalhos anteriores no continente Antártico. A próxima etapa é expandir o estudo para ver onde mais o recuo do gelo em um local leva ao recuo em outro. Isso pode fornecer informações sobre a estabilidade da camada de gelo em outras épocas da história e talvez no futuro.


Pesquisadores e aventureiros também do Brasil têm ido ao Polo Sul verificar as mudanças in loco


“Olhar para o passado pode realmente nos ajudar a entender como funcionam os mantos de gelo e os níveis do mar”, disse Gomez. “Isso nos dá uma melhor avaliação de como todo o sistema terrestre funciona e o que pode acontecer na sequência”, analisa a cientista Natalya Gomez. 


(Confira depois mais tarde e amanhã mais dados na seção de comentários sobre este estudo de variados cientistas da América, nesta edição do blog Folha Verde News vamos postar dois vídeos, um deles com o ambientalista Sergio Bessermann e o outro do Band Jornalismo sobre o degelo nos polos)


 O degelo na Antártica é dramático e tem a ver com...

 ...o que ocorre no Polo Norte e o desequilíbrio ambiental de toda a Terra: urgente mudar para avançar nossa vida


Fontes: Universidade de Harvard - McGill - Nature - EcoDebate

                 folhaverdenews.blogspot.com


9 comentários:

  1. A equipe de cientistas deste projeto enfocado ho0je aqui no blog incluía pesquisadores da Oregon State University e da University of Bonn, na Alemanha. As rochas em que se concentraram, chamadas de destroços transportados por gelo, já foram incrustadas na camada de gelo da Antártica. Os icebergs caídos os carregaram para o Oceano Antártico. Os pesquisadores determinaram quando e onde eles foram liberados da camada de gelo. Eles combinaram a modelagem da camada de gelo e do nível do mar com amostras de sedimentos do fundo do oceano perto da Antártica para verificar suas descobertas. E os pesquisadores também observaram marcadores de linhas costeiras anteriores para ver como a borda da camada de gelo recuou.

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  2. "Natalya Gomewz tem pesquisado mantos de gelo desde que ela era uma estudante de graduação da Escola de Artes e Ciências no Grupo Mitrovica . Ela liderou um estudo em 2010 que mostrou que os efeitos gravitacionais dos mantos de gelo são tão fortes que, quando os mantos de gelo derretem, o aumento do nível do mar esperado por toda a água do degelo que entra nos oceanos seria contrabalançado nas áreas próximas. Gomez mostrou que se todo o gelo do manto de gelo oeste da Antártica derretesse, poderia realmente diminuir o nível do mar próximo ao gelo em até 300 pés, mas o nível do mar subiria significativamente mais do que o esperado no hemisfério norte": comentário de Jerry X. Mitrovica.

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  3. "Uma nova ferramenta desenvolvida por engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa tenta prever como 293 cidades portuárias do mundo - entre elas Rio de Janeiro, Recife e Belém - serão afetadas pelo derretimento de porções diferentes de todas as massas de gelo no mundo": comentário no site G1 co,m base em uma postagem da BBC.

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  4. "A maioria dos modelos existentes é feita de um ponto de vista de alguém que está em cima do gelo, tentando entender como seu derretimento vai impactar o nível do mar em outro lugar do mundo": comentário do físico e engenheiro mecânico Eric Larour.

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  5. "Mas resolvemos pensar do ponto de vista de alguém que está numa cidade costeira, tentando entender como as áreas geladas ao redor do mundo podem mudar o aumento do nível do mar ali. Por isso tivemos que usar computação reversa"> comentário também de Eric Larour, físiso, engenheiro, estudioso deste problema.


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  6. "Uma informação surpreendente: não é o derretimento da geleira mais próxima de uma cidade que pode oferecer problemas - é justamente a mais distante. Quanto mais longe você está de uma massa de gelo, mais tem que se preocupar com ela. Mas as pessoas acham que é o contrário disso": comentário também de Eric larour: "Isso tem consequências muito grandes para o planejamento das estratégias das cidades".

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  7. "Mapeamento de impressões digitais em gradiente Image caption Belém, apesar de estar mais longe da Antártida, é sensível ao derretimento em todo o continente gelado": resumo de um estudo da Nasa.


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  8. "Como o Brasil seria afetado? As imagens geradas pelo novo modelo, que se chama mapeamento de impressões digitais em gradiente, mostram o nível sensibilidade das cidades brasileiras ao derretimento que ocorre na Antártida, na Groenlândia e em outras 13 massas de gelo - a maiores do mundo, que incluem o Estado americano do Alaska e a cordilheira dos Andes. Quanto mais vermelha a área do mapa, mais sensível é a cidade ao derretimento naquela parte da massa de gelo. Quanto mais azul, menos impactada ela será.
    No caso da Groenlândia, por exemplo, as três cidades brasileiras serão afetadas pela desintegração de qualquer parte do gelo - principalmente Rio e Recife.Já no caso da Antártida, o Rio, mesmo estando no Sudeste, é pouco afetado pelo derretimento na parte do continente que fica mais próxima da América do Sul - justamente o local que os cientistas dizem estar entrando em colapso mais rapidamente.
    A maior preocupação para as cidades brasileiras deve ser justamente a parte da Antártida que fica mais próxima da Austrália e da Nova Zelândia. Essa sim pode causar um aumento no nível do mar nelas": resumo da matéria G1/BBC.

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  9. "A mensagem é que todos devemos nos importar com as massas de gelo, mesmo as que estão mais distante de nós. Aliás, especialmente as que estão mais distantes. Usando imagens do satélite Grace, da Nasa, os engenheiros conseguiram mostrar também quanto as massas de gelo no mundo contribuem para cada milímetro de aumento no nível do mar nas cidades. Segundo os dados do Grace, o mar do Rio de Janeiro já aumentou cerca de 3,03 mm por ano até agora, por exemplo. O novo modelo consegue mostrar que 30% desse aumento vem do derretimento da neve da Groenlândia": comentário também de Eric Larour,

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