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quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

CIENTISTAS AMBIENTAIS E ESPACIAIS ADVERTEM QUE DOIS SATÉLITES QUE RASTREIAM PERDA DE GELO NOS POLOS NORTE E SUL DO PLANETA ESTÃO PARA SER DESATIVADOS

Os pesquisadores polares estão preocupados com uma lacuna iminente das missões espaciais europeias dos satélites CryoSat 2 e American IceSat 2: confira aqui no blog da ecologia um resumo das informações da BBC, do AmbienteBrasil e da Nasa

 

Estes serviços de informação espacial são essenciais para a gestão planetária dos polos e das mudanças de clima

"Haverá uma lacuna de vários anos em nossa capacidade de medir a espessura do gelo no topo e na base do mundo", alerta a carta dos cientistas polares. Os únicos dois satélites dedicados a observar os dois polos quase certamente serão desativados antes que substitutos sejam enviados da Terra ao espaço. Esta lacuna pode deixar a ciência espacial e ambiental cega para algumas mudanças importantes no Ártico e na Antártica, uma vez que o clima esquenta cada vez mais. Um dos efeitos pode ser a inundação de cidades litorâneas. Os pesquisadores comunicaram suas preocupações à Comissão Europeia e à Agência Espacial da Europa. A carta, detalhando o problema e também as possíveis soluções, foi enviada aos principais funcionários da CE e da Esa, embora a agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) não tenha sido formalmente abordada, ela foi informada da situação, pela qual os sistemas europeus são responsáveis. A questão fundamental é a longevidade das missões europeias CryoSat-2 e American IceSat-2, estas espaçonaves carregam instrumentos chamados altímetros que por enquanto ainda estão medindo a forma e o volume da elevação das superfícies de gelo, nos dois polos do planeta, dados que são essenciais para uma gestão sustentável da Terra.


A descontinuidade de informações afetará não só a fauna do Ártico e da Antártica mas as cidades litorâneas das Americas


A preocupação principal  é que os dois satélites europeus CryoSat-2 e IceSat-2 estarão desativados entes do lançamentos de seus substitutos mais avançados e o sistema de controle do degelo nos polos poderá sofrer um problema de continuidade, uma lacuna.


Nos polos está um dos focos centrais da ciência hoje


“Sem uma mitigação bem-sucedida, haverá uma lacuna de dois a cinco anos em nossa capacidade de altimetria de satélite polar”, afirma a carta dos cientistas. “Esta lacuna introduzirá uma quebra decisiva nos registros de longo prazo da mudança da camada de gelo e da espessura do gelo marinho e da oceanografia polar e isso, por sua vez, degradará nossa capacidade de avaliar e melhorar as projeções dos modelos climáticos”. A indústria aeroespacial já trabalha na solução para evitar a descontinuidade da missão EC/Esa, ela se chama Cristal, que terá maior capacidade de medição graças a um altímetro de radar de dupla frequência. A dificuldade é que Cristal está prevista para ser lançada somente por volta de 2027, também por uma questão de financiamento do projeto. Dr. Josef Aschbacher, diretor de observação da Terra na Esa, disse que sua agência está trabalhando o mais rápido que pode para preencher a lacuna e evitar descontinuidade: “Isso é uma preocupação; nós reconhecemos. Colocamos em movimento planos para construir o Cristal o mais rápido possível. Apesar da Covid, das pesadas cargas de trabalho e videoconferências de todos – passamos pela avaliação e o projeto Cristal foi inaugurado no início de setembro”.


Há 3 meses já começou a se efetivar o projeto Cristal que é a solução mais razoável para o problema


Aschbacher não quís comentar uma outra opção, os americanos pilotaram um altímetro a laser provisório em aviões da Nasa. Mas aí este detalhe envolve uma rivalidade astronáutica entre a Europa e os Estados Unidos.

 

Um dos ângulos deste problema é que o degelo nos polos cada vez mais aumenta e bate recordes de perda de gelo

(Depois, amanhã, mais detalhes e informações sobre este problema dos satélites que medem o degelo no Ártico e na Antártica na seção de comentários deste blog Folha Verde News: nesta edição, vamos postar dois vídeos, um deles do jornalismo da TV Cultura que mostra efeitos do descongelamento dos polos e um outro, produzido pela Vice Asia que - apesar de ser em inglês - nas imagens revela com clareza os problemas levantados pela carta dos cientistas, tema de hoje no blog da gente)

 

 O degelo na Antártica envolve a biossegurança de várias cidades litorâneas da América do Sul e Brasil que podem sofrer com inundações de grande impacto e serem até tiradas do mapa


Fontes: BBC - AmbienteBrasil - Nasa

               folhaverdenews.blogspot.com

 

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