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terça-feira, 17 de novembro de 2020

TAPICURUS TAMBÉM SOCÓS E CURICACAS OU OUTRAS AVES DO PANTANAL TÊM SIDO VISTAS POR AQUI EM NOSSA REGIÃO ONDE NÃO SÃO COMUNS

Por exemplo aqui em Franca (SP) num brejo entre o Córrego Espraiado (junto à uma mata tombada da AABB) e a reserva no clube AEC Castelinho que ainda tem represa e vegetação a gente tem podido ver nesses dias aves pantaneiras (talvez elas estejam fugindo de queimadas em busca de áreas mais úmidas daqui do Cerrado)


Tapicuru fazendo ninho perto de brejo e de lagoa


Por volta das 5 da madrugada o canto de um pequeno bando de Curicacas se destaca da cantoria dos pássaros mais comuns por aqui na região que fica entre nordeste de São Paulo e sudoeste de Minas Gerais, a 100 km em linha reta da Serra da Canastra (nascente do Rio São Francisco), onde após uma seca de mais 100 dias voltou a chover. É pela natureza regional uma região com muitas águas (Rio Grande, Pardo, Sapucaí, córregos, lagoas). Por aqui onde estão aparcendo e cantando as Curicacas é uma zona de brejo, beirando o Córrego Espraiado, dentro do sítio de um amigo da gente (Magno Qurino), já perto da saída da cidade, tendo algumas árvores nativas que já são raras por aqui: "Agora é o tempo dessas aves mesmo, começou a chover e elas pescam peixinhos nas águas e insetos no barro, no capim", ele explica mas completa: "Nesse ano aumentou mais essa aparição". 



Estas aves se alimentam de insetos aquáticos e pequenos peixes


No final da noite de ontem, quase amanhecendo, me surpreendi com o barulho do vôo de uma grande ave, depois de investigar, me parece que é o Tapicuru, mais frequente no Pantanal ou até na Amazônia e em últimas e pequenas florestas da Mata Atlântica por aqui no interior ou no litoral do Sudeste e do Sul do país. Pelo que pesquisei em sites de ornitólogos e de caçadores de imagens de pássaros, pode ser mesmo o Tapicuru, no caso, esta ave de médio porte passou voando sobre minha cabeça ao que parece em direção à lagoa do Castelinho, onde costumam ir muitas Garças em busca de peixes e de insetos. De tardezinha, uma ventania, prenunciando um temporal e chuva volumosa, tomara que os Tapicurus, Curicacas e Socós estejam protegidos em seus ninhos nas árvores aqui em volta. 



 Caçadores de imagens de pássaros por todo o Brasil registram estas aves que podem estar migrando do Pantanal pós queimadas

Na matinhas por aqui são menos incomuns aves como o Pica Pau



Ouvi e vi por aqui também cantos e vôos de Socós ou Socozinhos, nestes dias e desde que o Pantanal e algumas partes do Cerrado estavam em chamas, mais agora nestas duas semanas, quando se intensificara, as chuvas de primavera, embora ainda irregulares e escassas, levando em conta a história do clima aqui do nordeste paulista, ficando a cada ano mais seco, as nascentes e os brejos secando, os rios com pouco volume de água e de peixes. A gente até fica com esperança que estas grandes aves fiquem por aqui e que não volte a seca brava, que o verão seja chuvoso, Curicacas, Tapicurus e Socós além da música no ar, eliminam insetos em cada revoada e nos dão sinais de vida da natureza, aqui ao lado duma cidade de mais de 400 mil habitantes, 


Aves de extrema beleza e que ajudam a ecologia nos tempos das águas controlando insetos



Algumas informações mais sobre estas aves pantaneiras


Socozinho é um pássaro migratório que nidifica nas margens de rios e lagos e se alimenta de peixes, insetos aquáticos, no litoral, de Carangejos e de moluscos. Socó (Butorides striata) é ave da família Ardeidae e mede cerca de 36 centímetros. A barriga e cinza-clara e a parte superior, cinzento-azul. A cabeça é mais escura, em tom preto. Tem plumagem alongada na nuca e as asas apresentam tom metálico com orlas amareladas nas coberturas exteriores. A garganta e o pescoço são brancos com manchas escuras. Frequenta lugares com brejos e lagoas que tenham vegetação nativa. A fêmea da espécie bota três ovos esverdeados, Socozinhos têm sido avistados também nop sul do Brasil e na Argentina. 



As Garças já mais comuns aqui tem novos vizinhos agora



Por sua vez, o Tapicuru (Tapicuru-de-cara-pelada, nome científico  - Phimosus infuscatus - mede cerca de 54 centímetros e pertence à família Threskiornithidae. É popularmente conhecido  também como maçarico-do-banhado. A espécie apresenta plumagem preta, bico longo em tom amarelado ou esbranquiçado. A face é nua e tem um tom mais para o vermelho. Quando estica as asas ao sol, revela uma plumagem azul metálica de grande beleza. Busca alimento e faz ninhos em regiões alagadas e aquáticas, além de pequenos peixes e insetos também se alimenta de folhas e frutos de algumas árvores. O Tapicuru costuma migrar da região pantaneira em tempos de estiagem. Agora, houve o agravante das queimadas, incêndios e a maior seca em muitos anos. Vi um casal com filhotes nessa área de brejo aqui em volta da cidade de Franca. Espero que fiquem por aqui e que não volte a seca. 


 Estas aves têm sido muito estudadas ultimamente em seu habitat e para regiões onde migram



"Lá em Goiás esse tempo de chuva é quando esses pássaros aparecem mais", falou com a gente Creusney Pereira dos Anjos, que foi criado no meio rural de lá e hoje atua com transporte para entrega de compras online para um site de vendas, bem por aqui no nordeste paulista entre Franca e Ribeirão Preto. Ele conhece bem a Curicaca, o seu canto forte, nunca mais tinha ouvido por aqui. A curicaca é uma ave da ordem dos Pelecaniformes, da família Threskiornithidae. E o povo chama este pássaro fazendo uma onomatopeia com o seu canto, composto de gritos fortes, levando pantaneiros e pessoas do meio rural de Minas Gerais a chamá-lo de despertador das matas. A gente está na torcida para que as Curicacas fiquem por aqui e até despertem a população urbana e rural para o valor da recuperação da ecologia da natureza, a bem da saúde e do bem estar em nossa vida, ainda mais nesse tempo de impactos ambientais e de guerra do Coronavírus. 


(Confira depois na seção de comentários deste blog Folha Verde News mais dados sobre estas aves e eventuais mensagens que a gente receber, na edição de hoje, dois vídeos já estão postados, um sobre Tapicurus construindo ninho em uma árvore (feito por Laudemor Ramos em Santa Catarina) e um outro, de Oswaldo Scalabrini, captando o canto da Curicaca no Mato Grosso)



Em fazendas tem aparecido bichos do Pantanal e Cerrado...



 ...como este Tapicuru nas madrugadas daqui


Fontes: G1.globo.com - Terra da Gente da EPTV - Wikipedia

                folhaverdene3ws.blogspot.com


4 comentários:

  1. Aguarde e mais tarde ou amanhã venha conferir mais dados, mensagens e opiniões nesta seção do blog da gente, onde estas aves nos alegram como sinal de vida da natureza ou de busca da recuperação da ecologia.

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  2. Você pode postar direto aqui a sua opinião, se preferir, envie o seu conteúdo (texto, foto, vídeo, notícia, pesquisa etc) pro e-mail do blog que depois divulgaremos o material, mande então já para navepad@bol.com.br

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  3. "Estes pássaros vão e vem, migram e parecem ser refugiados ambientais, estavam por aqui ontem, hoje já sumiram daqui": comentário de Dionísio Dias, fotógrafo que estava trentando registrar estas aves que possivelmente vieram fugindo do Pantanal após queimadas.

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  4. "Pode ser que estas aves continuem por aqui mas buscaram lugares mais remotos, afastados, mas creio que muitos foram embora, seguiram em frente, de ontem para hoje o tempo esfriou de repente por aqui, isso porque já estamos perto do verão, o tempo está desregulado": comentário também de Dionísio Dias, fotógrafo e pesquisador de Ornitologia.

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