O Coronavírus pode ser a regra e não a exceção, alertam especialistas em biodiversidade no site El Pais e na ONU sobre o aumento da chance de pandemias por causa da degradação ambiental e do tráfico ou da violência contra os animais
O perigo está também em viveiros comerciais de aves nativas como este no interior dos Estados Unidos... |
Em meio ao noticiário sobre uma
segunda onda do Coronavírus na Europa e nos Estados Unidos, a gente recebeu por
e-mail de Madrid matéria de Manuel Planelles e Esther Sanches que está sendo
postada no principal site de notícias da Espanha sobre qual estratégia é melhor
para controlar e solucionar o problema da ameaça de novas pandemias. Mais de 20
cientistas internacionais partiram dessa pergunta na hora de analisar a tragédia
de saúde no planeta causada pelo Coronavírus e sobre a a degradação ambiental
ou a violência contra animais, que estão entre as causas. Em um relatório
elaborado com o apoio do IPBES (Plataforma Intergovernamental sobre
Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas), que é um órgão ligado à ONU, se
chegou à conclusão neste caso é melhor prevenir, é 100 vezes mais barato evitar
novas pandemias do que depois tentar controlar a sua disseminação e os seus
efeitos.
...tanto quando são perigosos açougues e mercados de carne |
“Nosso enfoque atual é tentar
detectar novas doenças de maneira precoce, contê-las e depois desenvolver
vacinas e terapias para um controle preventivo", explicou um dos pesquisadores,
que fez questão de citar mais de 1 milhão de mortes humanas e impactos
gigantescos na realidade da economia e da própria vida. O estudo da equipe estima que as
economias globais percam por ano um trilhão de dólares (5,76 trilhões de reais)
devido a pandemias e outras zoonoses, que são as doenças que podem podem saltar
de outros animais para os humanos, como foi e está sendo a Covid-19.
O risco de contaminação está tanto no consumo de animais selvagens na China... |
...como em todo lugar do mundo com variadas carnes |
O relatório adverte que os estudos laboratoriais de campo apontam a existência atualmente de 1,7 milhão de espécies de vírus “não descobertos” em mamíferos e aves; e, destes, “até 850.000 poderiam ter a capacidade de infectar as pessoas”. Os especialistas pedem uma mudança estrutural na nossa forma de viver para deter a degradação da natureza e o caos ambiental. Por exemplo, aumentando as áreas protegidas de florestas e reduzindo a exploração das regiões de alta biodiversidade para diminuir “o contato entre a vida silvestre, o gado e o ser humano”. Esses especialistas ―entre os quais há veterinários, médicos e biólogos― apontam que as evidências científicas demonstram que as pandemias tendem a ser cada vez mais frequentes. Além disso, recordam que sua aparição, vinculada a diversos micróbios transportados por hospedeiros animais, está “totalmente impulsionada pelas atividades humanas”, ou seja, é causada pelas “mesmas transformações ambientais globais que impulsionam hoje em dia a perda da ecologia ou a mudança do clima, como o desmatamento, a expansão e intensificação agrícola em excesso e o comércio ou consumo de animais silvestres e em geral toda a violência do homem contra os outros seres vivos.
Problemas e prejuízos na saúde e na economia, a atual pandemia já fez 1 milhão de vítimas fatais em todo o planeta |
"Precisamos acrescentar os
padrões de consumo da sociedade: a humanidade consome cada vez mais o nosso
meio ambiente global, e isso se traduz em perda de biodiversidade, mas também
provoca um maior risco de zoonoses emergentes e de pandemias como a da Covid-19”,
afirma Thijs Kuiken, um dos autores do estudo e membro do departamento de
virologia do Centro Médico da
Universidade Erasmus, em Roterdã (Países Baixos).
(Confira na seção de comentários deste blog Folha Verde News mais informações, nesta edição vamos postar dois vídeos, um deles informações nesta pauta do Banco Mundial em reportagem do Jornal da Record, o outro, do Greenpeace, sobre a necessidade da gente se informar sobre o nosso alimento de todos os dias)
Este relatório, a pesquisa IPBES, a matéria do El Pais, a ONU, o Banco Mundial e o Greenpeace fazem a advertência sobre o excesso de consumo de carnes de aves e de mamíferos |
Os especialistas apontam como uma das
atividades mais nocivas são as mudanças do uso do solo vinculadas ao desmatamento,
urbanização e expansão excessiva da agropecuária. Um outro ponto crítico, o
consumo da vida silvestre, provocando perda da biodiversidade, desequilíbrio
ecológico e doenças emergentes. No relatório há um dado alarmante: cerca de 24%
de todas as espécies de vertebrados terrestres silvestres já são comercializadas
em nível mundial. Na economia já foram mais de um trilhão de dólares de
prejuízo com a pandemia e outras zoonoses. Comparativamente, estimam em apenas
40 a 58 bilhões de dólares anuais os custos das estratégias preventivas das
pandemias. Hoje estamos todo mundo dependendo que as vacinas sendo
pesquisadas funcionem e elas já custaram de 8 a 16 trilhões de dólares até
agora. Uma das alternativas de prevenção é um comércio mais equilibrado ou
sustentável de alimentos ou de produtos de origem animal e até uma redução ou
um consumo mais responsável da carne, diminuição da violência e aumento da cultura da vida.
O bom senso indica que se mude a alimentação e também toda forma de violência contra animais |
Por essas e outras também cresce a opção pela alimentação vegetariana ou vegana cada vez mais |
Fontes: El Pais - IPBES - ONU
folhaverdenews.blogspot.com
Mais tarde, mais informação nesse tema aqui nesta seção, aguarde e venha conferir depois, amanhã.
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui a sua opinião, se preferir, envie o seu conteúdo (texto, foto, pesquisa, vídeo, notícia, charge etc) pro e-mail deste blog vaped@bol.com.br que depois mais tarde divulgaremos por aqui.
ResponderExcluirEste relatório, a pesquisa IPBES, a matéria do El Pais, a ONU, o Banco Mundial e o Greenpeace fazem a advertência sobre o perigo de novas pandemias a partir do excesso de consumo de carnes de aves e de mamíferos.
ResponderExcluir