Em nosso país as leis e sistemas para evitar crimes digitais continuam ineficientes enquanto aumentam os cybercrimes, relatou matéria do The New York Times debatida pelo Diário do Grande ABC e pelo Til, canal de tecnologia do site Uol: confira alguns dados importantes nesta pauta no blog da gente porque o problema aumentou nesta época de home office
No país é precária a cibersegurança |
O Brasil tem uma boa infraestrutura de informática mas é carente em termos de sistema de segurança cibernética |
"Com um riso malicioso, Marcos
Flávio Assunção lê os quatro dígitos de uma senha de banco que havia acabado de
interceptar enquanto um repórter se comunicava, via laptop, com o suposto
seguro site de um banco. “Não importaria se você estivesse do outro lado do
mundo, na Malásia”, disse Assunção, 22 anos. “Eu ainda conseguiria roubar sua
senha”. Começava assim a reportagem do site dgabc
que debateu essa realidade. Apesar de impressionante, os talentos de hacker de
Assunção não são únicos no Brasil, onde as leis para prevenir os crimes
digitais são poucas e ineficazes. O país está se tornando cada vez mais um
laboratório para os cybercrimes, com os hackers se especializando no roubo de
dados e identidade, fraude de cartões de crédito, pirataria e vandalismo
on-line, a gente pode acrescentar a estes crimes os spans comerciais e as fake
news.
Um setor que precisa mudar e avançar a cibersegurança |
O Brasil tem sido a maior base para os hackers da Internet, de acordo com a mi2g Intelligence Unit, uma empresa de consultoria de risco digital de Londres. Nesta avaliação, os dez grupos mais ativos de vândalos e criminosos em ação na web no mundo eram brasileiros, de acordo com a mi2g, e incluíam organizações com nomes como Quebrando seu Sistema, Inferno Virtual e Observando Sua Administração. Mais de 96 mil ataques pela Internet – aqueles que são reportados, confirmados ou testemunhados – foram rastreados no Brasil. O número foi seis vezes o de ataques reportados pelo segundo colocado, a Turquia, segundo o mesmo levantamento. Já sobrecarregada em sua luta para conter crimes em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, policiais vêm tendo dificuldade para acompanhar o ritmo e a variedade dos ataques de hackers. Os 20 policiais que trabalham na divisão de crime eletrônico da Polícia Civil de São Paulo prendem cerca de 50 suspeitos de crimes virtuais por mês. Mas eles só representam uma fração do crescente número de crimes virtuais em São Paulo, a capital econômica do Brasil, segundo Ronaldo Tossunian, vice-representante do departamento. O esforço do departamento em São Paulo não é ajudado por uma vaga legislação que data de 1988, bem antes da maior parte dos brasileiros terem ouvido falar da Internet. Sob essa lei, os policiais não podem prender um hacker por invadir um site ou distribuir um vírus, a menos que possam provar que a ação resultou em um crime. “Não temos uma lei específica para esses crimes, como nos Estados Unidos e na Europa”, disse Tossunian: "Só entrar em um sistema não justifica uma prisão, o que significa que na prática não há um impedimento”
(Confira depois mais tarde na seção de comentários deste blog da cidadania mais dados ou situações, nesta edição do Folha Verde News vamos postar dois vídeos, um deles da CNN sobe fato recente no Brasil e outro do CanalTech sobre os casos mais famosos de hackers na história da Internet)
Nesta era da tecnologia existe um glamour em ser hacker? |
“Por que os hackers brasileiros são tão poderosos?. Porque eles têm
pouco para temer legalmente”, diz Marcos Flávio Assunção, acrescentando que os
hackers do país são sociáveis, e compartilham mais informação que os hackers de
países desenvolvidos. “É uma coisa cultural. Eu não vejo os hackers
norte-americanos tão dispostos a compartilharem suas informações”. E apesar de
o preço para se ter um computador ser uma forma de limitação para a maior parte
da população no país, obter informações sobre as ações dos hackers é simples. A
revista Hackers H4ck3r, disponível nas bancas de todo o país, vende cerca
de 20 mil cópias por mês. Alessio Fon Melozo, o diretor editorial da Digerati,
que publica a revista, rejeitou qualquer sugestão de que a H4ck3r ensina os brasileiros a cometerem crimes virtuais. “Há uma
linha muito fina, eu sei. Mas o que nos guia é o princípio da informação,
educar nossos leitores de uma forma responsável sobre o uso das novas
tecnologias". Um argumento que deixa bem explícita a situação, registrada no Til, canal de tecnologia do site Uol pelo repórter Felipe Oliveira: além de leis pouco severas, há ainda um analfabetismo digital no país e mais ainda, o Brasil não é ainda signatário do tratado internacional sobre cibercrimes, que existe desde 2001 e foi lançado em Budapeste, hoje adotado com sucesso pela maioria dos países.
Pesquisadores, estudantes, jornalistas, profissionais de instituições financeiras e consumidores tem sido vítimas constantes dos hackers |
Fontes: The NewYork Times -
Diário do Grande ABC - dgabc - Til do site Uol - CNN - CanalTech - folhaverdenews.blogspot.com
"O ataque cibernético ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pode ser o mais grave já dirigido contra uma instituição de Estado do Brasil. Foi dia 5 de novembro, o site O Bastidor publicou que o hacker responsável por invadir o sistema do STJ criptografou todo o acervo de processos do tribunal, além de ter bloqueado o acesso às caixas de e-mail de ministros. Backups de dados da corte também foram criptografados. O site do STJ ficou fora do ar por 48 horas quando foi identificado o ataque": comentário de Natália Bosco, jornalista, no jornal Correio Braziliense, site CB.
ResponderExcluir"Os técnicos do tribunal e peritos de empresas terceirizadas ainda não conseguiram quebrar a criptografia e pode ser que nunca consigam. A íntegra do acervo do tribunal está bloqueada e indisponível. A Polícia Federal foi chamada para investigar o caso, mais um de ataque cibernético": comentário de Ofail Figueiredo, editor do CB.
ResponderExcluir"Parece glamurosa, bacana, a ação dum hacker, isso até isso vir a ser uma ameaça à democracia, como é o caso dos ataques de ódio ou das fake news": comentário de Maria Alba, advogada, ligada à OAB em São Paulo.
ResponderExcluirMais tarde, mais comentários e você pode postar direto aqui a sua visão das coisas, se preferir envie o seu conteúdo (texto, foto, vídeo, charge, pesquisa, notícia etc) pro e-mail do nosso blog que depois divulgamos, mande para navepad@bol.com.br
ResponderExcluir