Franca se aproxima dos 200 anos indo à luta para criar o futuro também através da força do esporte: postada no blog da gente esta reportagem está também sendo recebida por cerca de 5 mil pessoas através do mailling do jornal Verdade em PDF
|
Primeiros pais de nosso povo
|
Antônio de Pádua Silva Padinha*
A cidade já foi a terra do café, hoje é a capital nacional do basquete, no esporte se destaca também no futebol do interior pela Francana, tudo começou, a povoação e toda essa história do lado de lá do Rio Grande, na Serra da Canastra, Minas Gerais, a 100 km em linha reta de Franca (SP): os índios Kayapós no Cerrado e nos chapadões habitavam por aqui, por ali onde nasce o Rio São Francisco, por volta de 1700. E então estes guerreiros (expulsos da região na época dos Bandeirantes) são como ícones da valentia dos nossos jogadores de basquete de de futebol desses tempos de agora. Hoje, fantasmas, quase ninguém pesquisa e sabe destes fatos, quando reportam a fundação de Franca se lembram de Antônio Hipólito Pinheiro (o fundador oficial da cidade) mas se esquecem dos índios que se afastaram para o sertão com a chegada dos colonizadores. Fantasmas no passado, na verdade, explicam bem a raça desse povo do Cerrado que tem ainda na sua formação os negros africanos e os imigrantes italianos e espanhóis. E então, está explicado porque os francanos se vêm se destacando na guerra dos esportes até hoje.
|
Pedrocão, meca do basquete brasileiro...
|
|
...no Lanchão continua a luta da Francana...
|
|
...de guerreiros que vêm da Serra da Canastra...
|
|
...onde nasceu Franca que já foi a terra do índios Kayapós quando o nordeste paulista e o sudoeste mineiro eram sertão
|
|
José Chiachiri Filho me alertou sobre o contato dos Bandeirantes com os índios Kayapós na Canastra
|
No final dos anos 40 e na década de 50 a Associação Atlética Francana era conhecida como Feiticeira, ganhava até de grandes times que enfrentava, como Flamengo, São Paulo, Cruzeiro, Vasco, num time que tinha Tonho Rosa, seu irmão também craque de bola, Luizinho, Tim Tidão, Eca e outros jogadores de muito talento (entre eles, Luizinho Flores, goleiro, pai da cantora Vanusa que morreu agora recentemente): o time atuava no seu campo antigo, estádio Coronel Nhô Chico, ainda sede do clube na rua Simão Caleiro, tendo na época como presidente Manoel Messias Pinheiro Silva, o meu tio Manoel, que era meio médico e meio curandeiro, proprietário da Farmácia Modelo na praça central de Franca. Anos depois de muita luta, a Francana (já apelidada de Veterana por ser centenária e um clube que foi um dos fundadores da Federação Paulista de Futebol), com o goleiro Geninho, hoje treinador no sul do país, Assis, que brilhou em seguida no Fluminense do Rio de Janeiro, Zé Marcos, Antenor, Guimarães, Gasparzinho e bons atletas eram comandados pelo ex-jogador Eca que virou técnico e levou a Francana de volta à principal divisão do futebol paulista, sendo destaque nacional na bola do interior nos anos 80, quando para marcar época venceu o então super campeão Corinthians (de Sócrates, Casagrande, Zenon e etc) em pleno Pacaembu. Agora, com a crise do futebol business em especial para equipes fora do eixo Rio-São Paulo-BH-Porto Alegre, a nova Veterana se encontra na Série B do campeonato paulista tentando sobreviver e voltar aos bons tempos. Dá sinais disso, ao fim da primeira fase da Segundona a AAF liderava invicta e à frente de todos os 35 times que disputavam o campeonato da Série, buscando subir de novo para a Série A. Mas o sonho bateu na trave, mais uma vez, por falta de um gol. Vai Francana que a nossa fé te empurra, é o jargão do locutor Jovassi Correa Dias, a saga do time é narrada por locutores da Hertz, da Difusora, da Imperador rádios que também fazem parte ativa do futebol e da vida de nossa terra, nossa gente, assim como hoje a TV Record e a EPTV.
|
Paulinho MacLaren comanda a AAF de hoje
|
|
Formação histórica do basquetebol de arte made in Franca
|
|
Helinho Garcia, herdeiro e jovem líder do nosso basquete
|
|
Bandeirantes e índios na história de Franca
|
|
Jamaal Smith é nova contratação do Franca Basquete
|
|
Fundador de Franca, Antônio Hipólito Pinheiro
|
|
Mestre Pedroca fundou o basquete francano
|
|
Uma formação da maravilhosa Francana do passado
|
|
A terra do Café e capital dos Calçados...
|
|
...virou a meca do basquete brasileiro
|
|
A Veterana quando estava entre os melhores times do país
|
|
A mais recente conquista do multicampeão Franca Basquete
|
|
Francana e Franca Basquete herdaram a saga guerreira dos índios Kayapós, primeiros pais do nosso povo
|
Por sua vez, o Franca Basquete, fundado em 10 de maio de 1959, pelo professor de Educação Física do IEETC, Pedro Morila Fuentes e seus amigos esportistas, como Juca Vilhena do cartório e o jornalista Alfredo Henrique Costa, o então jovem radialista Luiz Carlos Facury, saiu das quadras de cimento para o Clube dos Bagres: com os três irmãos, filhos do Cachoeira, Hélio Rubens Garcia, Totô e Fransérgio se tornou uma equipe mítica sob o comando emocionante do Mestre Pedroca. Pedro Morila Fuentes virou Pedroca e hoje é o nome do ginásio Pedrocão, meca deste esporte em Franca, considerada a capital nacional do basquetebol, que ao longo de 6 décadas conquistou o vice Mundial de Clubes, além de 12 títulos brasileiros, 14 paulistas, 4 panamericanos, 6 sulamericanos. Só falta o Mundial, quem sabe com a atualidade do Sesi Franca, liderado pelo Helinho Garcia, filho do Helião, campeoníssimo como armador e como técnico. Hoje, depois de vencer o Final Four, no NBB o basquete francano busca o 13º título nacional com apoio também do Magazine Luiza, da Unimed e do calçados Free Way entre outras empresas. Quem sabe agora seja a hora do Dream Team do Sesi Franca com o jovem maestro Helinho Garcia dando o ritmo para um jogo bem coletivo que equilibra alguns novos talentos (formados na base do clube) com alguns craques: Márcio, Edu Marília, Adyel Borges, Gui Abreu, Hubner, Fuzaro, André Goes, Elinho, Lucas Dias e chegando agora o americano Jamaal Smith. Esta geração coloca hoje seus nomes na história deste esporte no Brasil, honrando a capital do basquete que ajuda a luta e a imagem do interior do país, como um fator de desenvolvimento sustentável, vencendo a crise do Coronavírus e todos os desafios brasileiros da realidade aqui, agora.
(Fontes: Unesp - Google - Fundação Raoni)
|
Um dos maiores apoiadores do basquete de Franca foi o jornalista Luiz Carlos Facury
|
|
Herdeiro de Pedroca Hélio Rubens é história viva do nosso esporte
|
|
Franca dos Kayapós à Francana e ao Franca Basquete
|
* Antônio de Pádua Silva Padinha faz o blog Folha Verde News, é editor do Podcast da Ecologia, autor, roteirista e diretor em São Paulo, filho de Franca e de Jayme Pinheiro Silva (e Maria Marangoni), o pai farmacêutico pode até ter sido descendente longínquo de Antônio Hipólito Pinheiro, fundador da cidade, que está fazendo agora em 2020, 196 anos de lutas e de história de nossa gente, que por sua vez descende dos índios Kayapós dali da Canastra, onde tudo começou. Prima do repórter e ecologista Padinha, Helenice Pinheiro Trócoli fez estudo na Unesp Franca sobre suas raízes familiares, pela sua pesquisa, o primeiro Pinheiro da família veio de Portugal (cristão novo, de origem judaica), o médico Francisco Pinheiro que no Brasil foi para Diamantina e depois Desemboque, hoje aldeia fantasma na Canastra, seus descendentes se espalharam por Araxá (Minas) e Franca (São Paulo). é uma história comum a muitos do povo da cidade e da região, nosso povoamento e cidades começaram todas na Serra da Canastra, nas barrancas do Rio São Francisco.
|
Onde tudo começou...
|
Mais tarde vamos postar aqui mais informações nesta seção de comentários do blog Folha Verde News que para esta matéria especial fez uma parceria com o jornal VerdadeON Franca.
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui sua opinião, se preferir, envie o seu conteúdo (texto, foto, vídeo, pesquisa, notícia, charge, opinião, crítica, sugestão etc) pro e-mail deste blog da gente navepad@bol.com.br
ResponderExcluir"Um enfoque diferente da historia desta cidade dos sapatos, do café, do basquete agora": comentário de Fernando Salles de Araújo, de Ribeirão Preto (SP): foi o primeiro comentário que recebemos logo após postar esta matéria, depois, mais tarde e amanhã, divulgaremos ouras mensagens.
ResponderExcluir"Na minha opinião, essa foi a melhor matéria que li sobre a formação do povo de Franca e região, sempre repetem as mesmas informações, agora um ângulo novo na história da gente": comentário de José Luiz Sousa Neto, de Franca (SP), professor em Minas Gerais nesta região da Serra da Canastra.
ResponderExcluir"Com os e-mails enviados pela nossa equipe, a edição em PDF desta matéria sobre os Kayapós na história de Franca atingiu cerca de 30 mil pessoas em várias regiões, via online, essa foi uma boa parceria entre este blog e nosso jornal": comentário de Lázaro Reis, diretor comercial do Verdade ON.
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui sua opinião ou crítica, se preferir envie o conteúdo pro e-mail do editor do blog da gente padinhafranca603@gmail.com que vamos mais tarde divulgar mais material por aqui.
ResponderExcluir"No Podcast deste blog curti muito a música Don't Cry For Me, Argentina, muito oportuna para a situação, fui conferir lá no Youtube": comentário de Carlos Sanchez, de São Paulo, que é lá engenheiro eletrônico.
ResponderExcluir