Eleição americana de 2020 escancara a necessidade do Brasil buscar afirmação de independência e liderança mundial (para isso só com um desenvolvimento sustentável equilibrando economia com ecologia)
Esta é uma edição sem legendas, as charges falam |
Como mesmo com todas as informações da mídia está difícil cravar a vitória de Joe Biden ou a derrota de Donald Trump (que é o que no momento desejam os ecologistas em geral daqui e de todo o planeta) dentro do clima deste evento extraordinário destes dias para o rumo dos acontecimentos, também em especial para o clima e para o meio ambiente, aqui do lado de fora da festa, a minha opção de comentário é criticar hoje não a violência crescente ou o consumismo crônico e a falta de ecologia ou a questão Coronavírus versus States ou o sonho de termos como parceira a Europa, temos que enfocar o nosso próprio país, nos seus erros e limites, históricos ou atuais, na minha opinião, como ativista da cultura da vida. Traduzindo, como adepto e praticante da não violência através do movimento ecológico, de amor também à ciência e à entrega ou luta pela cidadania e por uma visão humanitária da realidade, com certeza, à distância, considero como positiva demais uma eventual vitória dos Democratas agora nas eleições gerais americanas, para mudar ao menos um pouco uma certa dependência doentia do Brasil aos Estados Unidos, algo ainda pior nesta era Trump, que se coloca como um líder antiambientalista das Américas e do mundo, em defesa de uma cultura de ódio, racista e que acaba por promover um atraso da história da humanidade, para os que pensam como eu penso, que a poluição, o petróleo e outros interesses fósseis estão condenando em suma a condição de vida terrestre. Biden dentro deste contexto cria um centro de esperança que esta situação possa mudar e avançar.
Tenho noção que uma vitória dos democratas americanos não irá mudar a estrutura da realidade porém avançará situações que podem ajudar uma recuperação da cultura e da ecologia da vida.
Desta forma, volto minha análise aos problemas do próprio Brasil, com o foco numa questão: creio ser prioritário mudar urgentemente de posicionamento, ao invés de se alinhar como parceiro ou auxiliar e até submisso aos Estados Unidos, nosso país deveria tomar o rumo de se afirmar como uma nação que pode se tornar líder mundial da sustentabilidade, aumentando a sua independência tanto política como econômica com uma revalorização da ecologia: temos na natureza brasileira a maior aliada para criar um futuro próspero e feliz para a população, no entanto, prevalece a injustiça ambiental e a negação do meio ambiente que hoje, para a ciência e para (quase) todo mundo é hoje em dia é um fator de desenvolvimento no mesmo grau que a economia. Negar este caminho óbvio de um equilíbrio necessário entre os interesses ecológicos com os econômicos não só está jogando fora nossos recursos naturais mas desperdiçando o nosso potencial de criação do futuro. (Antônio de Pádua Silva Padinha, editor deste blog e do Podcast da Ecologia)
Confira depois mais dados e informações relacionados a este tema e à eleição americana na seção de comentários deste blog, nesta edição do Folha Verde News vamos postar dois vídeos, um deles informações da Euronews com dados atualizados da eleição nos USA e a visão europeia desta questão, o outro vídeo, da BBC, uma análise sobre o que representa para o Brasil uma eventural vitória de Joe Biden.
Natureza é aliada e não inimiga do Brasil como tem sido enfocada pela gestão governamental: isso mudará? |
Fontes: BBC - Terra - Uol - AFP
folhaverdenews.blogspot.com
"A apuração das eleições no Estados Unidos se revela mais apertada do que as pesquisas estavam estimando. Às 6h desta quarta (04/11), tanto Joe Biden, quanto Donald Trump, ainda têm chances reais de atingir os 270 votos eleitorais necessários e vencer a eleição. Em qualquer das hipóteses, será apertado, mas, em tese, o democrata tem mais possibilidades do que o republicano para atingir o número mágico. Ao contrário de Trump, Biden não precisa ganhar a Pensilvânia para vencer a eleição – e isso porque o democrata venceu um voto eleitoral do segundo distrito de Nebraska, o que ajuda a trazer uma eventual vantagem para precisamente 270. Você pode testar os seus cenários no site 270towin.com"
ResponderExcluirMais tarde, vamos postar mais comentários aqui, inclusive um resumo de artigo do blog de Alberto Aggio, historiador, Unesp. Venha conferir mais tarde.
ResponderExcluirVocê pode postar já aqui com liberdade a sua opinião, se preferir, envie o seu conteúdo (texto, foto, charge, foto, notícia, pesquisa etc) pro e-mail deste blog ou o do nosso editor: navepad@bol.com.br e/ou padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluirDepois em seguida, mais informações, divulgaremos aqui o material sobre esta pauta urgentíssima.
ResponderExcluir"Sinceramente, para usar uma expressão que brasileiros entendem bem, me parece que Trump está "apelando" quando sente que seu adversário cresce na votação": comentário de Lúcia Helena Santos, de São Paulo, analista de sistemas.
ResponderExcluirA seguir o texto de análise feito por Alberto Aggio, historiador, da Unesp.
ResponderExcluir"É indiscutível a importância dos EUA para o mundo. O século XX foi caracterizado, com razão, como o “século americano”. Depois do fim do comunismo, no início da década de noventa, isso ficou ainda mais claro. Depois de percorridas duas décadas do século XXI, nem mesmo o protagonismo assumido pela China conseguiu deslocar a importância dos EUA no mundo, se considerarmos as dimensões tecnológicas, econômicas, culturais, etc.. Ainda que se possa falar de um relativo arrefecimento do poder dos EUA, não resta dúvida a respeito do papel hegemônico que os EUA ainda jogam na cena mundial.
ResponderExcluirMesmo não sendo eleitores, nós brasileiros, assim como boa parte da população mundial, não temos como não expressar grande interesse sobre o embate que se trava nas eleições presidenciais norte-americanas. Depois dos quatro anos de Trump, há uma grande expectativa sobre o resultado destas eleições. Há muitas razões para ser assim, a começar pelo fato de que já se espera que o resultado não seja conhecido de imediato em razão tanto da polarização confrontacional que Trump instituiu ao processo eleitoral, com acusações de fraude e ameaça de não respeitar os resultados, que fica difícil antever quando se dará a conhecer o vencedor da eleição. De toda maneira, é inegável que os EUA ocupam o centro do sistema mundial atualmente existente. Direta ou indiretamente, as escolhas políticas feitas nos EUA invariavelmente repercutem de maneira global. E isso vale para problemas que os EUA acabaram gerando – como se observou na grave crise global de 2008-9, cujas repercussões ainda sentimos – quanto para decisões de governança que, sem a presença norte-americana, perdem em credibilidade e até mesmo em eficácia. Por outro lado, os EUA exercem um papel pedagógico sobre o mundo que não tem padrão de comparação com outros países. Assim, o que ocorrer lá repercute positiva ou negativamente numa dimensão global. A vitória de Trump em 2016 foi sinal verde para o avanço de lideres e governantes iliberais em diversos países, com o destaque infeliz de Bolsonaro não só para os brasileiros. É de se esperar, como apontam as pesquisas, que uma derrota de Trump nessas eleições corresponda a um efeito inverso, abrindo espaço para se restituir ou restaurar uma nova situação no cenário internacional de caráter mais colaborativo e de afirmação do multilateralismo. Isto porque, com Trump se pôde observar com mais clareza a fragilidade da ordem internacional": segue o comentário de Albeto Aggio.
"Nos últimos 4 anos houve um visível déficit de governança mundial, aprofundando uma lacuna entre a globalização e as instituições responsáveis por dirigi-la e governa-la. E isto gerou contradições e tensões bastante perigosas, voltando-se a favar em uma “nova guerra fria”. Como diz Mario del Pero, cientista político da CienciPo, de Paris, com Trump abriu-se um “fosso entre globalização e a globalidade”. Estas eleições são importantíssimas uma vez que a superação dessa situação demanda um empenho ativo dos EUA no interior da ordem mundial. Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente dos EUA, Donald Trump, em Davos, 21 de janeiro de 2020. Trump contaminou o cenário internacional com uma orientação reacionária inteiramente extemporânea. Enfraqueceu o lugar hegemônico dos EUA aos olhos do mundo, mas não a vitalidade da sociedade norte-americana em defesa de valores democráticos, humanistas e igualitários. Quis restituir os termos do antigo imperialismo a partir da lógica de “única potência”, coisa que já não é mais possível no mundo de hoje. O resultado é que, depois de 4 anos, lhe faltam tanto aliados sólidos e importantes, quanto um horizonte de futuro que possa ser compartilhado pelos demais países, especialmente pelos aliados tradicionais dos EUA como foram os países europeus desde o pós-guerra. Ao futuro de sociedades democráticas de perfil ocidental, em sentido gramciano, interessa vivamente uma recomposição da aliança entre EUA e União Europeia (UE), não o seu enfraquecimento como objetivou Trump. O conflito econômico mundial não foi abolido com o fim da URSS, ele apenas ganhou novos contornos que precisam ser governados a partir de critérios de interdependência, multilateralismo e democracia. Os problemas da EU, tais como um novo padrão de crescimento econômico, a imigração descontrolada, a luta contra o jiradismo mulçumano, o desemprego, etc., têm demonstrado uma resiliência muito grande e tudo o que a UE não precisa é da confrontação de tipo unilateral que Trump instituiu nos últimos anos. Por tudo isso, estas eleições se apresentam ao mundo todo como históricas. Serão dias e noites que europeus, latino-americanos e boa parte da população mundial estarão atentos ao que vai se passar nos EUA. O clima é de que se possa ultrapassar os descaminhos dos últimos anos": conclusão do comentário extraído do Blog do Aggio, texto do líder de cidadania e professor de História da Unesp, Alberto Aggio.
ResponderExcluir