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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

ESTÁ SENDO FEITO O MAPA DAS ABELHAS NO PLANETA E TAMBÉM NO BRASIL ENTRE MILHARES DE ESPÉCIES FUNDAMENTAIS PARA A NATUREZA TAMBÉM HÁ O PERIGO DE EXTINÇÃO DELAS PELO MODO DE VIVER NA TERRA NESTES ÚLTIMOS 100 ANOS

Aqui, um resumo das pesquisas e descobertas do primeiro mapa global de abelhas (o mapeamento é essencial para garantir a vida no planeta onde elas e nós estamos ameaçados em nossa sobrevivência)


Agora mapeadas no Oriente e no Ocidente as Abelhas podem ser melhor protegidas no meio ambiente


ITO,ZESTIN SOH

Recebemos por e-mail matéria de Helen Briggs, correspondente de meio ambiente da BBC, nos informando que cientistas pela primeira vez conseguiram mapear a distribuição das 20 mil espécies de abelhas que existem no mundo, muitas delas praticamente ainda desconhecidas e outras sofrendo com o caos ambiental de hoje em dia. Este mapa global ajudará na conservação destes insetos dos quais a humanidade depende para a polinização das plantações e para a sobrevida da natureza, afirmam pesquisadores de Cingapura e da China. As abelhas enfrentam uma enorme pressão sobre o número de sua população devido à perda de habitat e uso de pesticidas. No entanto, pouco se sabe sobre a variedade de espécies que vivem em todos os continentes (exceto na Antártida). Desde as minúsculas abelhas sem ferrão até algumas do tamanho de um dedo polegar. as abelhas fornecem serviços essenciais para nossos ecossistemas e são os principais polinizadores de muitos de nossos alimentos básicos. Sem as abelhas o ser humano não vai sobreviver daí a importância do mapeamento também dos corredores ecológicos pelos quais as abelhas circulam. Até agora, não tínhamos dados para mostrar onde estava a maioria das espécies, diz Alice Hughes, da Academia Chinesa de Ciências em Yunnan: "Aqui combinamos milhões de registros para criarmos os primeiros mapas da riqueza global das abelhas. E entendermos por que vemos esses padrões. Esses mapas e nosso quadro de referência podem formar a base para trabalhos futuros, permitindo compreender melhor os padrões de riqueza das abelhas e garantir que sejam preservadas e asseim preservemos a vida futura".

 

O mapa define espécies, regiões e rotas das Abelhas pela Terra

DITO,CURRENT BIOLOGY

Algumas espécies de abelhas, como os zangões, em regiões como a Europa e América do Norte, são bem estudadas. Mas em outras regiões, como grande parte da Ásia e da África, a documentação é escassa. Embora ainda haja muito a ser aprendido sobre o que impulsiona a diversidade das abelhas, a equipe de pesquisa espera que seu trabalho ajude a conservar as abelhas como polinizadores globais: "Ao estabelecer uma linha de base mais confiável, podemos mapear com mais precisão o declínio ou sumiço das abelhas e distinguir melhor as áreas menos adequadas para elas de áreas onde elas deveriam prosperar, já que têm sido reduzidas por ameaças como pesticidas, perda de habitat natural e agricultura e pecuária excessiva", diz por sua vez John Ascher, da Universidade Nacional de Cingapura.

 

 

A rota das Abelhas...

 ...em busca do futuro da vida

Para criar o mapa, os pesquisadores compararam os dados sobre o aparecimento de espécies de abelhas com uma lista de verificação de mais de 20 mil espécies compilada por Ascher. Isso deu uma imagem mais clara de como as muitas espécies de abelhas estão distribuídas no mundo.

  • Existem mais de 16 mil espécies conhecidas de abelhas, em sete famílias distintas.
  • Algumas espécies, como as abelhas, zangões e abelhas sem ferrão, vivem em colônias, enquanto outras são insetos solitários.
  • Embora alguns grupos como os zangões sejam bem estudados, mais de 96% das espécies de abelhas são mal documentadas.
  • Muitas safras, especialmente em países em desenvolvimento, dependem de espécies de abelhas nativas, não de abelhas produtoras de mel.

Muitas plantações dependem de espécies de abelhas nativas para a polinização. O estudo confirmou que, ao contrário de outras criaturas, como pássaros e mamíferos, mais espécies de abelhas são encontradas em áreas secas e temperadas distantes dos polos do que em ambientes tropicais próximos ao Equador. Existem mais no hemisfério norte do que no sul, bem como em regiões quentes em partes dos Estados Unidos, África e Oriente Médio.

 

 Big close up de espécie de Abelha menos conhecida

A produção do Mel e derivados como o valioso Própolis tem a ver com a economia, a ecologia e a saúde das pessoas de todos os lugares do mundo

 O site Deutsche Welle fez um panorama do drama das Abelhas e as suas consequências, confira aqui na seção de comentários do blog

Ecologistas de todo o mundo alertam sobre o drama das abelhas, aqui Gisle Bundchen e sua filha recentemente na Flórida


Fontes: BBC - Revista Current Biology - Deutsche Welle

               folhaverdenews.blogspot.com

 

7 comentários:

  1. "O Brasil enfrenta mortandade de colmeias em vários estados. Diminuição das espécies tem impactos na agricultura, meio ambiente e economia. Mas tema ainda é negligenciado": comentário extraído de matéria do site Deutsche Selles, que faz um panorama da situação das Abelhas em todo o planeta.



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  2. "A morte de abelhas não é um fenômeno recente: é observada por pesquisadores ao menos desde a década passada. No entanto, nos últimos meses, a mortandade alcançou números alarmantes no Brasil.A morte de abelhas não é só um risco para o Brasil, mas para o mundo todo. Quando se pensa em abelhas, se pensa em mel. O principal produto delas, porém, é a polinização, fundamental para todo alimento e para a vida",comentário de Fábia Pereira, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na área de Apicultura.

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  3. "Apenas nos últimos três meses, 500 milhões de abelhas foram encontradas mortas por apicultores no país, segundo um levantamento feito pela ONG Repórter Brasil em parceria com a Agência Pública. A grande maioria dos casos foi registrada no Rio Grande Sul, seguido por Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo": comentário ainda da matéria do site DW.

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  4. "Além da morte em massa de colmeias em apiários, cinco espécies nativas de abelhas estão ameaçadas de extinção – três delas habitam a Mata Atlântica, uma o Cerrado e outra o pampa gaúcho. Não há dados, porém, sobre a mortandade em comunidades selvagens. As abelhas são responsáveis pela polinização de cerca de 70% das plantas cultivadas para alimentação, principalmente frutas e verduras. Sua morte coloca em risco a agricultura e, consequentemente, a própria segurança alimentar. Sem elas, o ser humano enfrentaria uma mudança drástica na sua dieta, que ficaria restrita apenas a culturas autopolinizáveis, como feijão, arroz, soja, milho, batata e espécies de cereais": comentário também do panorama feito por matéria do site Deutsche Welle.

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  5. "Além da agricultura, as abelhas são ainda agentes fundamentais para a polinização de florestas nativas. Seu desaparecimento poderia desencadear a morte de ecossistemas inteiros. Se o homem parasse de fazer qualquer outra intervenção ambiental, e as abelhas apenas sumissem, haveria um desaparecimento da mata correspondente a entre 30% e 90% do que temos hoje, provocando um processo de extinção em cadeia até chegar em nós que estamos no topo": comentário de Fábia Pereira, Embrapa.

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  6. "Essa mortandade de abelhas tem ainda potencial para impactar a economia brasileira. O país é o oitavo produtor mundial de mel e as exportações passam de 121 milhões de dólares. A diminuição na produção diante da redução do número de colmeias resultaria numa queda nas vendas. Além disso, em caso de mortes causadas por agrotóxicos, resíduos destas substâncias possivelmente poderiam ser encontrados no mel, o que levaria compradores estrangeiros a rejeitarem o produto brasileiro": comentário extraído da matéria DW.

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  7. "A morte de abelhas começou a chamar a atenção mundial a partir da identificação do Distúrbio do Colapso das Colônias (CCD), em 2006 nos Estados Unidos, quando um forte surto dizimou milhares de colmeias. Na Europa, fenômenos semelhantes estão sendo observados desde o fim da década de 1990. Pesquisadores descobriram que, além das doenças e da redução do habitat das espécies, os agrotóxicos são um dos fatores que desencadeia essa mortandade. Além da toxicidade elevada de alguns defensivos agrícolas, contribui para esse cenário o uso incorreto destas substâncias. Elas são aplicadas durante o dia, quando as abelhas estão fora das colmeias, sem seguir parâmetros de segurança e sem comunicar apicultores para que possam deixar as caixas fechadas. No atual caso brasileiro, pesticidas à base de neonicotinoides e de fipronil foram os principais agentes causadores das mortes. O histórico da mortandades agudas que temos constatado deixa muito clara a sua relação com o uso de agrotóxicos": comentário que resume conclusão de especialistas ouvidos pelo site DW.

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