O cenário do momento na visão de um ecologista qualquer
Além dos problemas do clima e do meio ambiente estarem chegando a uma situação limite em muitos países, colocando em risco o futuro da vida na Terra, há outro desafio quando se projeta mudar e avançar essa realidade. Os governos e políticos, com raras exceções, não têm uma gestão eficiente em relação aos recursos naturais e estamos longe de práticas de um desenvolvimento sustentável, capaz de equilibrar os interesses econômicos, sociais e ecológicos. Neste cenário, ainda mais com o Coronavírus, a saúde da população em geral também está dramática. Por exemplo, crescem ano a ano os índices de doenças e mortes pela poluição do ar nas cidades, devido em especial ao uso de combustíveis fósseis nos veículos. Em um país como o Brasil, outro exemplo, mais de 60% das cidades não contam com saneamento básico. A poluição da água, além de transmitir doenças e aumentar o drama da saúde pública, aumenta a dificuldade dos rios, ainda mais que a cada ano ficam mais secos e sem peixes. As nascentes, os rios, todas as águas com os desmatamentos crescentes estão secando. A realidade socioambiental ainda conta com o ingrediente da crise de emprego e da segurança alimentar. Os alimentos nem sempre têm a pureza orgânica por causa do excesso de agrotóxicos e das artimanhas do mercado de consumo, a alimentação não é saudável e não protege a qualidade de vida da maioria da população. Animais selvagens assim como toda a natureza não são respeitados nem protegidos. Os povos nativos, como os indígenas são dizimados ou exilados de suas terras tradicionais. A indústria da carne além de consumir água demais, envenena a relação dos seres humanos com os animais. Os interesses se sobrepõem aos sentimentos. Há mitos ou barreiras e rejeição em relação à opção por alimentos orgânicos, mais naturais, mais saudáveis, predomina uma espécie de ração industrializada. Os preconceitos só crescem também nas relações sociais e humanas (ou desumanas) os índices de violência aumentam no mesmo ritmo do que das doenças, não há na verdade investimentos na educação e na cultura numa estrutura de overdose de informação comercial e de consumismo. A liberdade das redes sociais conflita com as fakes news e nem todas as pessoas têm acesso aos avanços digitais, à banda larga, há uma tecnologia sem alma que se enquadra dentro do universo da cultura de consumo e da violência. Enfim, em resumo, um cenário de grandes desafios para o bem estar da maioria da população do país e do planeta: nesse contexto, o ser humano vai sobreviver e evoluir? Ou as mudanças climáticas e o caos do meio ambiente acabarão por destruir a natureza e toda a vida no Brasil e na própria Terra? (Texto de Antônio de Pádua Silva Padinha, ecologista, autor, repórter como diagnóstico da realidade socioambiental)
Humor não falta mas sobra horror |
(Confira na seção de comentários deste blog mais dados e informações da realidade aqui, agora sob o ângulo da ecologia perdida da vida, nesta edição, dois vídeos, um deles, a lição dos índios, na visão de Renato Soares,no programa Repórter Eco, TV Cultura SP, o outro, Chico César, no álbum Estado de Poesia, crítica da realidade na canção Os Reis do Agro)
Fontes: BBC - El Pais - Jornal da USP
folhaverdenews.blogspot.com
Logo mais vamos postar os dois vídeos indicados para esta edição e venha conferir também depois, aqui nesta seção, mais dados sobre a ecologia perdida da vida.
ResponderExcluir"A poluição mata 7 milhões de pessoas por ano no planeta": comentário extraído de emissão da BBC News.
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui nesta seção a sua opinião, se preferir, envie o seu conteúdo (texto, foto, arte, charge, pesquisa, notícia etc) pro e-mail deste blog ligado ao movimento ecológico, científico e de cidadania, mande para navepad@bol.com.br
ResponderExcluirVocê pode mandar a sua mensagem (como já fez Márcia de Abreu, do Rio de Janeiro) ta,bém, sobre esta postagem, pro e-mail do editor do blog, mais tarde vamos divulgar o material, mande já para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"O que mais curti foi um frasinha, legenda das charges, humor não falta, mas sobre horror, é isso mesmo o meu sentimento desta época": Márcia de Abreu, estudante da UFRJ.
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