Estudos da Universidade Brown ou da UCL (University College London) envolveram centenas de pesquisadores e estão sendo divulgados na revista Nature também são tema de matéria no site El Pais: no blog da gente hoje um resumo desta informação de valor para
quem está a fim de escapar de doenças ou então de poder evitar novas pandemias como o
Coronavírus está sendo a tragédia de agora no
Brasil e em todo o planeta
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Em torno de qualquer desmatamento aumenta o risco de surgir novas epidemia
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As poucas áreas florestais que restam e que são vitais para a ecologia da natureza e a saúde humana
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Daniel Mediavilla escreve que em 1965, o ano em que nasceu o atual
diretor geral OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, a população do mundo era de
3,32 bilhões de pessoas. Delas, mais de 35% passavam fome. Durante a vida de
Adhanom, o planeta chegou a 7,8 bilhões de habitantes, multiplicando por mais
de dois sua população enquanto a porcentagem de famintos caiu para menos de
15%. Essa conquista teve seus custos. A transformação de milhões de hectares de
áreas selvagem em terras de cultivo também tornou mais provável o salto a
humanos de novas doenças. Um estudo da Universidade
Brown estimou que entre 1980 e 2010 o número de surtos epidêmicos de
doenças infecciosas triplicou. Outra análise faz uma ligação entre o uso de destruição
de florestas com o surgimento de doenças como a febre do Nilo e a doença de
Chagas.Ainda não está claro se esse risco maior de transmissão de patógenos de
animais a humanos se deve a mudanças ecológicas gerais relacionadas à
atividades humanas ou a situações específicas relacionadas a determinadas
doenças em contextos concretos. Para tentar compreender como essas interações
funcionam, uma equipe liderada pelo University
College London (UCL) compilou a conclusão de 184 estudos, que lhes permitiu
analisar 6.801 áreas naturais com mais de 7.000 espécies, das quais 376 têm
patógenos que também podem infectar humanos. Suas conclusões estão sendo publicadas
nesta semana agora na revista Nature, mostrando que quando a mata é
transformada para cultivo, isso favorece espécies mais acolhedoras para
microrganismos que podem causar doenças em pessoas. Diante da idéia de que o
vírus que provocará a próxima grande pandemia está no interior de alguma
espécie exótica como o Pangolim, em uma floresta remota, os autores mostram que
o perigo está justamente nos locais em que uma área natural se transformou em
terra de cultivo, pecuária ou em cidade. O avanço humano sobre a natureza, sem
controle ou visão sustentável, reduz a biodiversidade das espécies e neste
processo algumas espécies properam, como Ratos, Estorminhos, Morcegos que podem
infectar os seres humanos. Este efeito se agrava também porque desaparecem
neste processo outros animais que esses micróbios não infectam e o fazem com
mais dificuldade e que significam uma barreira a progressão de infecções.
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Maior parte das pesquisas indicam que a origem do Coronavírus foram agressões ao Pangolim e seu habitat
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Uma equipe liderada pelo University College London (UCL) compilou a conclusão de 184 estudos, que lhes permitiu analisar 6.801 áreas naturais com mais de 7.000 espécies, das quais 376 têm patógenos que também podem infectar humanos.
Estudos recentes encontraram uma
relação entre a perda de biodiversidade e um aumento na transmissão de doenças.
Nos Estados Unidos se detectou uma forte correlação entre uma baixa diversidade
nas Aves de uma região e o aumento no risco de encefalite provocada pelo vírus
do Nilo Ocidental. O motivo é que se atribui a esses entornos de diversidade
reduzida o domínio por espécies que amplificam a expansão do vírus e não contam
com outras Aves que não são tão boas hospedeiras. Mas são problemas ainda em
análise e muito complexos: “Nossos resultados mostram que diferentes espécies
hospedeiras e diferentes tipos de doença podem responder de maneira diversa às
mesmas pressões ambientais”, diz Rory Gibb, pesquisadora do UCL e principal autora do estudo. “Por
exemplo, os riscos associados a doenças de Primatas podem ser superiores nas
proximidades das florestas em que as pessoas têm contato mais direto com eles,
mas inferior em entornos agrários, onde as doenças portadas por Roedores podem
significar um risco maior”. Uma das perguntas que ficam sem resposta é o motivo
pelo qual as espécies vencedoras da irrupção dos humanos e seu apetite pelas
terras de cultivo e urbanização são melhores hóspedes aos patógenos, tanto os
que infectam os humanos como os que não o fazem. Como proposta, os pesquisadores
colocam que as características que fazem alguns Roedores e Aves adaptáveis às
mudanças feitas pelos humanos, como uma vida rápida e prolífica, estejam
relacionadas com seu investimento em um sistema imunológico mais tolerante com
a presença de micróbios.
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A proximidade com roedores aumenta o perigo...
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...de transmissão de novas pandemias (também alguns insetos)
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Sobre o caso concreto da Covid-19,
estes estudos reconhecem que não há provas de que a exploração de áreas
selvagens tenha alguma influência em sua aparição, mas isso não significa que
não tenha ocorrido em outras epidemias anteriores e que possa vir a ter no
futuro. Nos próximos anos, como o aumento da população continuará, com ele
seguirá a necessidade de se destruir florestas e o risco de vírus passando de
animais a humanos. Rory Gibb e seus colegas reconhecem essa necessidade e
propõem incidir em alguns fatores controláveis. Esses fatores são geralmente
socioeconômicos e incluem a forma de conseguir o sustento, a qualidade das
moradias, o acesso à água limpa e saneamento e o acesso à saúde: “É sempre
possível reduzir esses riscos, melhorando o acesso à saúde e investindo no caso
de urbanização em áreas de matas em moradias de qualidade, boa infraestrutura
que inclui um mínimo de ecologia e um máximo de cuidados com a natureza".
Conclusão unânime dos pesquisadores, o desmatamento aumenta também a
possibilidade de novas pandemias.
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A pandemia mudou cenários, economia, mas mudará o modo de vida dos humanos?...
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Pode e deve haver formas de convivência harmônica entre a natureza e as pessoas...
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No interior cada vez mais as cidades invadem habitats de animais e áreas com matas (limite do perigo)
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(Confira
na seção de comentários deste blog
mais informações neste tema, como um estudo publicado na revista Science por Andrew Dobson: já postados dois vídeos no Folha Verde News hoje, um deles, da BBC, qual será a próxima pandemia? E o outro, Bono (U2) canta em Dublin contra a tristeza e a morte da pandemia, homenageando os profissionais de saúde na linha de frente contra o Coronavírus)
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Hoje no blog da gente Bono U2 canta contra o Coronavírus
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Fontes: El Pais/Nature/Science/Reuters/BBC
folhaverdenews.blogspot.com
"Importante um esforço de 20 a 30 bilhões de dólares (106 a 160 bilhões de reais) anuais para prevenir o desmatamento e regulamentar o comércio com animais selvagens como estratégia para reduzir a probabilidade de novas pandemias. Todos os anos, dois novos vírus que antes só infectavam animais passam aos humanos e essas medidas de controle, além de oferecer benefícios aos ecossistemas de todo o planeta e às populações humanas que vivem nas regiões em que o desmatamento é mais acelerado, podem reduzir a probabilidade de que essas transmissões ocorram": comentário em um artigo publicado na revista Science em 24 de julho feito por Andrew Dobson, da Universidade Princeton (Estados Unidos), citado na matéria de El Pais.
ResponderExcluirDepois mais tarde, amanhã, mais comentários e informações aqui nesta seção do blog da gente, venha conferir depois, OK?
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui sua opinião, se preferir, envie o seu conteúdo (texto, foto, vídeo, arte, charge, notícia, pesquisa) pro e-mail do nosso editor que mais tarde divulgará aqui todo o material: padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir"Muito bacana e sensível como sempre a música do U2, com Bono dando voz à resistência pela saúde e pela vida": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, editor do Folha Verde News. Participe você também com sua mensagem ou informação.
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